VIDE: GÊNESE; NASCIMENTO; FILIAÇÃO; CRIAÇÃO; ORIGEM; NATUREZA; DIAS DO FILHO DO HOMEM
E terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento, (Lc 1:14)
Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural (genesis); (Tiago 1:23)
A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza (genesis), e é inflamada pelo inferno. (Tiago 3:6)
As palavras em grego para “nascimento”, “geração”, “dar à luz”, “aborto”, “regeneração”, têm a ver com o nascimento tanto literal como metaforicamente. Por exemplo, tikto significa “dar à luz”, “parir”. A palavra mais frequentemente usada, gennao significa tanto “dar à luz” como “gerar”. Emprega-se com respeito ao nascimento de Jesus e com o prefixo “ana” em João (anagennao), com respeito à renovação do homem através do novo nascimento no Espírito Santo; palingenesia, por sua vez, significa a regeneração tanto de um indivíduo como da ordem do mundo; ginomai, originalmente significava nascer, porém no NT este significado se enfraqueceu, e o verbo se emprega com o sentido geral de “vir a ser”, “acontecer”. Os substantivos genea (“raça, “geração”) e genesis, “nascimento”, “origem”, “genealogia”) derivam deste verbo. Por outro lado, ektroma significa “aborto”.
Mestre Eckhart: NASCIMENTO — GERAÇÃO — FILIAÇÃO
Jean-Claude Larchet Em sua criação, o homem já possuía uma certa perfeição; primeiramente aquela de suas faculdades espirituais, e particularmente: de sua inteligência, imitação daquela de Deus, capaz de lhe fazer conhecer seu Criador; de sua vontade livre criada à imagem daquela de Deus e tornando-o capaz de orientar todo seu ser em direção a Ele; de todos seus poderes de desejo e de atração, traços reproduzidos nele da caridade divina, lhe permitindo se unir a Deus.
Antonio Orbe: CRISTOLOGIA GNÓSTICA [AOCG]
Peratas, setianos y naasenos apuntaban más que desarrollaban. Su aparente confusión entre lo génito y el «mundo particular» o sensible encubre, por demasiado sabida, una rigurosa diferencia. El mundo particular (tò idikon) indica el cosmos sensible, hílico, receptáculo de lo «génito», así como lo génito (tò genneton) afecta derechamente a lo divino engendrado en el mundo. Uno y otro se confunden prácticamente, como el continente o receptáculo (= el cosmos) con el contenido más significado (= la simiente divina).
Tal génito, a diferencia del autogenes, aparece — es concebido y engendrado — en el mundo sensible como germen diseminado desde arriba para su desarrollo y madurez a merced de las leyes de la materia y del alma. Mientras el autogenes (= Cristo) nació del Ingénito, con perfecta independencia de medios extraños, como espontánea proyección de su idea (resp. economía internamente por El ideada).
Michel Henry: EU SOU A VERDADE [MHSV]
Aqui se fende o abismo que separa nascimento e criação. Que o homem seja Filho quer dizer, para ele como para o Arque-Filho, que ele não é criado. A tese segundo a qual Deus criou o homem a sua imagem significa logo duas coisas. Em primeiro lugar, que o homem não é precisamente criado — e é a razão pela qual ele não é um ser-do-mundo (O HOMEM ENQUANTO FILHO DE DEUS). Em segundo lugar, que ele não é uma imagem (eikon). Pois em termos de imagem só há no mundo, sobre o fundo desta disposição em imagem original que é o horizonte do mundo em sua fenomenalização extática. Se o homem fosse uma imagem, se fosse criado à maneira pela qual o mundo é criado, não poderia precisamente mais ser a “imagem” de Deus, portar nele a mesma essência, a essência da Vida — não seria mais e não poderia ser um vivente. As prescrições de uma fenomenologia do nascimento não sofrem exceção, o que elas implicam ou excluem vale universalmente. Não há mais Filho no mundo senão Arque-Filho. Para a inteligência disto que é o homem em sua essência verdadeira, a fenomenologia do mundo deve ser dispensada como ela o foi para o Cristo ele mesmo — e por ele.
ENCARNAÇÃO [MHE]
Conocemos las proposiciones iniciáticas del Prólogo de Juan que nos permiten comprender la unidad del punto de vista transcendental de las Escrituras. Esta unidad se manifiesta claramente cuando la idea de creación deja sitio a la de generación. El hombre sólo puede ser comprendido a partir de la idea de generación. La generación del hombre en el Verbo (señalamos que la creación bíblica se produce ella misma en el Verbo, en la Palabra de Dios, que es la Palabra de la Vida: «Dios dice […]») repite la generación del Verbo en Dios como su auto-revelación. Esta homogeneidad entre la generación del Verbo y la del hombre explica por qué el Verbo, al encarnarse para hacerse hombre, no ha venido al mundo, sino a una carne, «a los suyos» — entre aquellos que han sido generados en Él y le pertenecen desde siempre —. Sin embargo, cuando tratamos de comprender todo esto, hemos abandonado la historia, ya no hemos de seguir el desarrollo cronológico de las Escrituras, cuya perspectiva también se invierte. El concepto de generación da su sentido exhaustivo y adecuado a la creación; el Prólogo de Juan nos permite comprender el Génesis.