Nascimento de Cristo

LITURGIA — HINÓGRAFOS BIZANTINOS

Tradução Monsenhor Pedro Arbex
O NASCIMENTO DE CRISTO
Segundo Hino

Este hino foi composto provavelmente para o dia 26 de dezembro, especialmente consagrado à Virgem Mãe. Distingue-se do Primeiro Hino, pelo fato de ser a Virgem o personagem central: no primeiro, os Magos vieram adorar Cristo recém-nascido; no Segundo, Adão e Eva vieram implorar a Maria; menos felizes que os Magos, não chegaram até o Salvador, mas ficaram na entrada da gruta enquanto Maria foi sozinha transmitir a seu filho suas súplicas. O estribilho também não menciona Deus, nem Jesus, mas a Virgem, “cheia de graça, kekharitomené”.

Adão e Eva aparecem nele menos como personagens históricos do que como símbolos da humanidade decaída, celebrando o mistério da sua Redenção.

O poeta insiste sucessivamente sobre todos os aspectos da participação da Virgem na obra da Redenção: concepção sobrenatural, maternidade virginal e aceitação da paixão do Filho. Todo o hino destina-se assim, a mostrar a Mãe de Deus em sua função de corredentora e de medianeira universal. Não é um hino narrativo ou dramático, por isso, parece um pouco seco. Não se pode deixar,porem,de admirar a grandeza do diálogo que Maria e seus primeiros antepassados travam através do tempo,através do abismo que separa o mundo visível da Morada dos mortos (Hades).

SEGUE: PRÓLOGO E CANTOS 1-10; CANTOS 11-18