Máximo o Confessor [HBLC]

Obra muito citada sempre que o tema é o pensamento de Máximo o Confessor


BALTHASAR, Hans Urs von. Liturgie Cosmique. Maxime le Confesseur. Paris: Aubier, 1948 / Cosmic Liturgy. The Universe According to Maximus the Confessor. San Francisco: Ignatius Press, 2003

RESUMO

  • I Introdução
    • 1. A mente livre
      • 1. Abrindo a tradição
      • 2. Entre o imperador e o papa
    • 2. O oriente e ocidente
      • 1. A religião e revelação
      • 2. O escolasticismo e misticismo
    • 3. A síntese
      • 1. Os conteúdos e níveis
      • 2. O Cristo e a síntese
    • 4. A cronologia de sua vida e obra
  • II Deus
    • 1. A radiância escura
      • 1. A dialética da transcendência
      • 2. A dialética da analogia
    • 2. O divino desconhecer
    • 3. Uma unidade três-vezes-louvada
      • 1. A imagem frustrada
      • 2. A frutificação oculta
    • 4. As transformações do uno
      • 1. Os elementos da tradição
      • 2. O número o que está além
  • III As ideias
    • 1. As ideias em Deus: uma crítica de Pseudo-Dionísio
      • 1. A abordagem ontológica
      • 2. A abordagem epistemológica
    • 2. As ideias e o mundo: uma crítica do origenismo
      • 1. Corrigindo o mito
      • 2. A verdade do mito
  • IV A síntese do cosmos
    • 1. O ser e o movimento
      • 1. O “éon”
      • 2. A extensão
      • 3. A realização e a graça
      • 4. Entre oriente e ocidente
    • 2. Generalidade e particularidade
      • 1. O ser em movimento
      • 2. A essência em movimento
      • 3. Um equilíbrio de movimentos contrários
    • 3. O sujeito e objeto
    • 4. O intelecto e a matéria
      • 1. O macrocosmo
      • 2. O microcosmo
  • V A humanidade e o pecado
    • 1. A história e a parusia
    • 2. O paraíso e a liberdade
    • 3. A passividade e a decadência
    • 4. A existência e a contradição
    • 5. As dialéticas da paixão
    • 6. A síntese sexual
  • VI O Cristo, a síntese
    • 1. Estabelecendo a questão
    • 2. A terminologia
    • 3. A pessoa sintética
      • 1. Paralelos na criação
      • 2. De Leontius a Máximo
      • 3. A síntese livre
      • 4. A cristologia da essência e a cristologia do ser
      • 5. Além de Antioquia e Alexandria
    • 4. A cura como preservação
      • 1. A troca de propriedades
      • 2. O significado da doutrina das duas vontades
      • 3. O drama da redenção
    • 5. A síntese da redenção
  • VII A síntese espiritual
    • 1. A realização cristã
    • 2. A síntese das três faculdades
    • 3. A síntese das três leis
      • 1. A natureza e a escritura fundamentadas em cristo
      • 2. A relação entre lei natural e bíblica
      • 3. Os pontos essenciais de tensão
      • 4. A contemplação da natureza
      • 5. A lei escriturária
      • 6. A síntese de cristo
    • 4. A síntese dos três atos de adoração
      • 1. A adoração eclesial e sacramental
      • 2. A adoração de mente e espírito
      • 3. A adoração de amor
    • 5. A síntese dos três atos
      • 1. A ação e a contemplação
      • 2. O amor como unidade
    • 6. O agora e a eternidade
      • 1. As centúrias sobre o conhecimento
      • 2. O movimento e o repouso
      • 3. A restauração

Prefácio (francês)

Pour ce travail valent les mêmes directives que celles que nous avons exposées dans la préface du volume sur Grégoire : ce que nous voudrions, c’est préparer une mise en valeur du fonds si riche, mais malheureusement encore en friche, de la pensée patristique. Ce but ne saurait être atteint par un pur enthousiasme superficiel. Il y faut une étude approfondie, sereine et patiente. A mesure qu’avance cette étude, l’idée qu’on se faisait des Pères se transforme. Ils apparaissent à la fois grandis et diminués, plus proches et plus lointains qu’au premier abord. Diminués, parce qu’en dépit de leur fécondité, ils ne sont que le commencement de l’histoire de la pensée chrétienne, parce qu’aussi l’essentiel de ce qui, par la suite, fut reconnu d’importance fondamentale n’y est contenu qu’à l’état embryonnaire ou bien reste confus, ou encore n’est présenté que sous un faux jour. Ils apparaissent plus lointains parce que la situation des Pères en leur temps était complètement différente de celle où nous nous trouvons. Ils se trouvaient, tout au moins en tant que penseurs, devant un hellénisme spiritualisé tandis que nous avons affaire à un naturalisme terrestre. Du même coup, aucune parcelle de la pensée patristique ne peut être transposée telle quelle dans notre temps. D’ailleurs la Tradition peut-elle jamais nous dispenser de nous engager totalement, nous épargner l’effort personnel et créateur ? Il faut au contraire que, à partir de fondements demeurés si vivants, tout soit assimilé et reçoive une nouvelle empreinte.

Les Pères nous apparaissent grandis dans l’étude qu’on en fait parce que c’est seulement lorsqu’on a pénétré avec amour leurs écrits que se dessinent leurs vrais horizons et ceux de la théologie ; les images, plates jusqu’alors, prennent un relief insoupçonné et livrent des figures et des destinées d’une étrange grandeur. Ils nous paraissent enfin plus proches parce que ce n’est qu’à une certaine profondeur et en elle que nous prenons conscience que le combat qu’ils menaient est celui que nous menons. Certains problèmes de la philosophie existentielle par exemple ne se dressent-ils pas en face de Grégoire de Nysse ? Tout aussi directement, d’autres problèmes posés par l’idéalisme allemand renvoient à Maxime le Confesseur, tandis que certaines questions du catholicisme d’aujourd’hui reçoivent d’Origène une exhortante lumière.