Ar-Ruh

SUFISMO — AR-RUH

VIDE: RUAH

René Guénon: ER-RÛH


Daryush Shayegan: Hinduísmo e Sufismo
O espírito é de dois tipos: o espírito (ruh) e abol arwah «Pai dos espíritos», os quais são ditos, na linguagem dos místicos indianos, atman e paramatman. Quando a Ipseidade pura (dhat-e baht) se determina e se limita, seja sobre o plano sutil (be-litafat), seja sobre o plano grosseiro (be-kithafat), é denominado espírito (ruh) ou Atman, devido sua separação da matéria (mojjarad budan) no plano sutil, e sarir = sarira (quando desce) no plano grosseiro e material. A Essência que foi determinada pela pré-eternidade (azal) é o espírito supremo, o qual está situado com a Essência provida de todos os atributos ao nível da unidade absoluta (ahadiyat). E a Essência na qual estão contidos todos os espíritos é designada pelo nome paramatman e abol-arwah. A relação da água à onda é como aquela que liga o corpo ao espírito, e o sarira ao Atman. A totalidade das ondas, em razão de sua universalidade, se assemelha ao abol-arwah e ao paramatman; ao passo que a água enquanto tal simboliza a presença do ser, ou do sudh = sudha e da cetan = cetana.

Toufy Fahd: Génies, anges et démons, trad. Antonio Carneiro

O mais alto colocado entre eles é o anjo chamado ar-Rûh, o Espírito. É mencionado no Corão ao lado dos anjos e como diferente deles. Segundo Qazwînî (p. 56), seu nome provém do papel que ele assume; com efeito, é o espírito da vida, uma vez que toda parcela de seu sopro torna-se a alma de um ser vivente. Deus lhe confia o governo das esferas celestes, o movimento dos planetas e os três reinos (mineral, vegetal e animal) existindo no mundo sublunar.

Ele é maior e mais poderoso que a esfera (das esferas), superior em todos pontos aos seres corporais e capaz de parar o movimento das esferas como de as mover, com a permissão de Deus.



Figurações – Personagens