Anjos

COSMOLOGIA — ANJO — ANJOS

VIDE: aggelos; anjo do senhor; anjo da morte; anjo da guarda; anjos das nações; anjos caídos; arcanjos; ar-ruh; asuras; demônios; devas; djinn; Iblis; kerubim; nephilim; serafim; shaytan; mamom; príncipe do mundo; hierarquia angélica; atividade dos anjos, forma e número dos anjos, papel dos anjos, queda dos anjos, substância anjos, visões de anjos,

PERENIALISTAS: Perenialistas Anjos

La palabra hebrea malak designa a un mensajero o embajador (Gn 32,4-7), de igual manera en griego angelos (y en latín angelus), de ahí «ángel». Ver también la palabra «evangelio»: ev-angelion: buena noticia. Este sentido profano también puede designar a mensajeros divinos: un profeta (Is 44,25), un sacerdote (Mal 2,7), el Siervo de Dios (Is 42,19) o incluso los vientos (Sal 104,4).


Esta noção provém do grego angélos que é a tradução do hebraico mal’ak. Comumente o anjo é uma “criatura espiritual” cujo nome dá ênfase a sua função de comunicação. É antes de mais nada um “mensageiro” encarregado de estabelecer uma ligação entre a esfera humana e a esfera divina, entre o natural e o sobrenatural — encarregado de transmitir a palavra divina junto aos homens, ele apresenta suas demandas junto a Deus. Nas religiões monoteístas, o anjo tem um estatuto paradoxal. A eles se nega a qualidade divina — a unicidade de Deus não podendo ser contestada nem partilhada — e no entanto ele pertence à esfera divina. A angelologia bíblica (Ex XII, 21; Deut VIII, 15-19) por um lado e os desenvolvimentos teológicos sobre a questão (Boaventura). por outro ressaltaram esta problemática. Uma angelologia muito escrupulosa e desenvolvida encontra uma objeção fundamentada em nosso contemporâneos quanto a sua credibilidade e sua utilidade. No entanto, um pensamento que se queira rigoroso não pode se desvencilhar muito rapidamente do problema complexo da comunicabilidade de Deus. (excertos de “Les Notions philosophiques, PUF, 1990)

Para Philippe Faure (Les anges. Cerf, 1988), embora os anjos estejam hoje em dia apenas nos textos espirituais e teológicos, na iconografia e ornamentação das igrejas, nas mentalidades religiosas, na expressão popular, ou em títulos de livros e filmes, enquanto referência cômoda à beleza perfeita ou a pura inocência, toda a história comparada das religiões testemunha ao contrário da força e da universalidade da noção de poder mediador entre o Absoluto e o homem. Esta noção de fato corresponde a uma necessidade profunda, a de uma manifestação do Absoluto que seja acessível ao homem e o torne participante ao conhecimento divino.

O estudo das três tradições monoteístas mostra que elas não podem ser concebidas sem uma angelologia. É preciso dar ao conceito de anjo toda a sua densidade: o anjo não é simplesmente o mensageiro, segundo a aceitação corrente, ele é fundamentalmente a condensação de uma energia divina, uma inteligência celeste e o protótipo de uma realidade criada. Também o mundo angélico aparece como o fundamento da ordem universal que ele rege e mantém na duração, e como aquilo que assegura a ligação espiritual entre todos os graus da realidade.

Antoine Faivre dirigiu, juntamente com Frédérick Tristan, um caderno sobre anjos, dentro da notável série Cadernos do Hermetismo, onde reconhece sua tentativa pioneira na atualidade, de uma aproximação da angelologia, e de sua necessidade. Com a contribuição de pensadores de peso como Henry Corbin, Marie Madeleine Davy, Bernard Gorceix. Jean-Louis Vieillard-Baron e outros, consegue abordar alguns aspectos da maior relevância para o estudo dos anjos.

Peter Lamborn Wilson também nos oferece um estudo lindamente ilustrado sobre os anjos, Angels (Thames and Hudson, 1980). As imagens comentadas ao longo do texto nos transportam para um mundo angélico, ao mesmo tempo que o texto trata seriamente a temática, investigando-a em várias tradições. Peter Wilson apresenta os anjos atuaram como intermediários o reino humano e divino não somente no judaísmo e no cristianismo, mas também no hinduísmo, budismo e islamismo. Nos mitos da antiga Grécia, nas lendas dos Nativos Americanos e nos escritos dos santos sufis, seja como musas, anjos protetores ou adversários.

1 talvez seja o pesquisador acadêmico que mais profundamente estudos os anjos, na tradição judaico-cristã. Seu livro Anges, astres et cieux : Figures de la destinée et du salut, os dois seguintes sobre o diabo (diabolos), reúnem uma imenso material crítico sobre a temática. Não apenas tenta apresentar quem são os anjos, mas dedica boa parte ao estudo do papel dos mesmos, culminando com uma articulação entre anjos e astros, enquanto seres vivos e inteligentes nas tradições.

Henry Corbin: Sohravardi
Os Anjos, relacionados com a hierarquia de luzes ou substâncias angelicais, localizam-se entre este mundo de sombras e a Luz Suprema, e ocupam uma posição central na doutrina de Ishraq. O anjo é ao mesmo tempo o sustentáculo deste mundo, o instrumento de conhecimento, aquele que o homem busca tornar-se e aquele a quem ele procura em sua vida terrestre. Suhrawardi confia fortemente na angeologia Mazdeana ao descrever as várias ordens de anjos e usa sua terminologia, que sobreviveu no calendário Persa até os dias de hoje, para nomear várias luzes angelicais, enquanto fazendo uso também da terminologia islâmica tradicional derivada do Corão. É sempre a beleza e o domínio do anjo que reluzem no cosmos Ishraq e que encantam os olhos daquele que empreende a tarefa de alcançar esta visão.

Suhrawardi não limita os anjos a qualquer número específico para corresponder com os céus visíveis, como o fez Farabi e Avicena; nem estabelece um limite para seu grau de liberdade em três aspectos de intelecção, como entre os Peripatéticos. De fato, ele critica seus predecessores por ter limitado a hierarquia angelical desta maneira. Para Suhrawardi, o número dos anjos é igual não aos dez céus da astronomia medieval, mas ao número de estrelas fixas; isto é, para todos os propósitos práticos, este número é indefinido e está além de nossa habilidade de enumerar. E os modos em que os anjos recebem a irradiação divina e são iluminados por ela não estão limitados a qualquer padrão lógico preconcebido. [[S.H. Nasr 1964. Three Muslim Sages. Caravan., tr. Instituto Nokhooja]


Pierre Riffard. Dictionnaire de l’ésotérisme

-* (sentido original do grego). Enviado, delegado pelo qual Deus diz ou faz algo, por vezes Deus Ele mesmo quando se manifesta.
-* (sentido amplo). Espírito imortal celeste, seja santo e incorpóreo, seja mal e decadente.
-* (sentido reduzido). Espírito bom, que glorifica Deus, lhe serve de intermediário junto aos demônios, homens, mundo, que guia os seres.
-* (sentido estreito). Categoria de espíritos bons, os mais próximos da natureza humana: terceira ordem da terceira hierarquia em Dionisio Areopagita, segundo sua Hierarquia Celeste.
-* ser incorpóreo emanado de do homem (e não mais enviado por Deus).


Antonio Orbe: O HOMEM
Del ángel a Dios no hay tanta distancia física como del barro. Bastante impersonales ya entre los hebreos, los ángeles aparecían entre los gnósticos como destellos del Verbo. ‘Coetáneos’ y consustanciales con el Logos, tenían igual espíritu que El, desde el primer instante de su aparición cuasi-personal.

No es preciso levantarse a Dios para concebir una procesión que desde el primer momento alcance en su fruto la semejanza perfecta o igualdad con el emitente. Tal ocurre en las emisiones de elementos simples y uniformes, como el aire, o el fuego, o la luz. Una luz venida de otra, o una lámpara encendida en otra, tiene perfecta semejanza desde el momento de origen.

Entre los propios eclesiásticos, hay algo en el ángel que por su simplicidad y nobleza de natura le dispone hacia la semejanza de Dios. Un ángel ‘hecho a imagen y semejanza del Altísimo’ sería también un ‘factus’ destinado a las alturas del ‘infectus’. Y en la común estimación, más proporcionado a tal destino que no el hombre terreno. Era el pensamiento implícito en la mente de Filón y Orígenes al aplicar Gen 1,26s a la creación del nous.


Simbolismo: Breve nota sobre los ángeles; Ângeles y Monstruos

Isidoro de SevilhaSobre os Anjos

Bíblia Anjos

Steinsaltz Sobre os Anjos


  1. wp-fr:Bernard Teyssèdre 

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