“Quando a razão externa comanda as coisas deste mundo; como o infortúnio recai sobre o piedoso e o descrente, e como todas as coisas estão condenadas à MORTE e à destruição — se a razão acreditar que nada salvará o virtuoso do pesar e da dor, mas que tanto ele, como o fraco entra, dolorosamente, no vale da MORTE, então a razão do homem pensa que todas as coisas se devem ao puro acaso, e que não há Deus para cuidar daqueles que sofrem”. (Contemplation, I,1).
“Quando meu espírito, cheio de sofrimento, movimentando-se como que numa grande tormenta, sinceramente surgiu em Deus, carregando consigo todo o meu coração e minha mente, com todos os meus pensamentos e com toda a minha vontade; quando eu não podia mais parar de lutar contra o amor e a misericórdia de Deus, a menos que sua Benção descesse sobre mim — ou seja, a menos que Ele iluminasse minha mente com Seu Espírito Santo, para que eu pudesse compreender a Sua vontade e me livrar de minha dor, então a luz do Espírito rompeu das nuvens. Enquanto que em meu fervor, lutava poderosamente contra os portais do inferno, como se tivesse mais forças do que as que estavam em minha posse, desejando arriscar a própria vida (que teria sido insuportável, sem o auxílio de Deus); após duras lutas contra os poderes das trevas, meu espírito rompeu as portas do inferno, e penetrou a essência mais íntima da Divindade recém-nascida, onde foi recebida com grande amor, tal qual aquele oferecido por uma noiva ao receber seu amado noivo. As palavras não podem expressar a grande satisfação e triunfo que experimentei então; tampouco poderia comparar tal satisfação com qualquer outra coisa, senão com o estado no qual a vida nasce da MORTE, ou com a ressurreição do morto. Durante este estado, meu espírito imediatamente viu através de todas as coisas, e reconheceu à Deus em todas as coisas, até mesmo nas ervas e nas pragas, e soube o que era Deus e qual era a Sua vontade. Então, minha vontade cresceu rapidamente nessa luz, e recebi um forte impulso de descrever o estado divino.” (Aurora, XIX. 4).
“A fonte do amor é uma detentora e mantenedora da corrente colérica, um superar do poder áspero, pois a brandura afasta o comando do poder duro e pungente do fogo. A luz da paz mantém as trevas aprisionadas e reside nas trevas. O poder rigoroso deseja unicamente o colérico e o aprisionamento na MORTE; mas a brandura emerge como um doce crescimento, ela desabrocha e supera a MORTE, dando a vida eterna”. (A Vida Tríplice…, II 92).
“Observe como toda vida, no mundo externo, atrai para si o seu alimento. Irás reconhecer como a vida origina-se da MORTE. Não pode haver vida sem que aquilo de onde a vida se expressa, surja em suas formas. Todas as coisas tem que entrar num estado de angústia para reter o raio de luz, e sem isso não haverá ignição”. (Encarnação de Cristo…, II. 5).
“O fogo, atraindo para si a humilde essencialidade da luz, emana, através da cólera da MORTE, o humilde espírito que ali estava, o qual contém em si as qualidades da natureza”. (Tilken…, I. 171).
“O mysterium magnum é o Caos de onde se origina o bem e a mal, luz e trevas, vida e MORTE. É o fundamento ou ventre de onde emanam almas, anjos e todos os tipos os outros tipos de seres, e onde estão contidos como numa causa comum, comparável à uma imagem que está contida num pedaço de madeira antes que o artista a corte”. (Clavis, VI 23).
“No raio de luz, a quarta forma da natureza, está a origem da vida, ela contém a perfeição na constância do fogo. Aqui, no objeto da divisão, nasce o espírito, que pode voltar e penetrar com sua imaginação em sua mãe, o mundo de trevas, ou ir em frente, e através da MORTE afundar-se na angústia do fogo, e explodir na vida. O espírito é livre, e, portanto cada um desses dois caminhos estão dentro de sua escolha”. (Pontos Teosóficos, VII. 2).
“Antes dos tempos da cólera, havia no lugar desse mundo as seis fontes espirituais, gerando a sétima de forma suave e doce, como ainda acontece no céu, e não crescia ali nem sequer uma gota de cólera. Tudo o que existia era luz e transparência, sem a necessidade de outra luz, pois a fonte do amor com o coração de Deus estava iluminando tudo. A natureza era então muito etérea, e tudo permanecia num grande poder. Mas tão logo se deu o início da guerra dos demônios orgulhosos, tudo tomou uma outra forma e modo de ação. A luz se extinguiu na geração externa; consequentemente, o calor tornou-se aprisionado na corporalidade, não podendo mais gerar sua própria vida. Por causa disso, a MORTE penetrou a natureza e a natureza se degenerou. Uma nova criação da luz se fez necessária, sem o que a terra teria permanecido na MORTE eterna”. (Aurora, XVII. 2 IV.15).
“O mesmo salitre (a base material ou fundação), que no tempo da ignição da cólera pereceu na MORTE, é elevado no raio de fogo, na regeneração. Não que tenha se tornado algo novo, mas apenas adquiriu outra forma de corporalidade, que no momento se encontra num estado de MORTE” (sua existência é relativa, como a matéria bruta)”. (Aurora, XXII.80).
“A água da vida separou-se da água da MORTE, de tal forma que no tempo deste mundo elas encontram-se unidas como o corpo e a alma. Mas o céu, tendo sido feito da parte do meio da água, é como um abismo entre os dois, de modo que a água concebível é a MORTE, mas a inconcebível é a vida”. (Aurora, XXI. 7).
“Quando a luz apareceu novamente no exterior, não concebível, o Verbo fez surgir a vida da MORTE, e o salitre corrupto produziu frutos novamente; mas isso tinha que ocorrer em certa relação com o estado depravado existente na cólera, e como a produção dos frutos veio da terra, tinham que ser bons e maus”. (Aurora, XXI 19).
“Até o terceiro dia depois da ignição da cólera de Deus no mundo, a natureza permaneceu na ansiedade, e era um vale de trevas na MORTE; mas no terceiro dia, quando a luz das estrelas começou a se acender na água da vida, a vida rompeu a MORTE, e uma nova geração teve início”.(Aurora, XXIV. 41).
“Depois que o céu foi feito, para a distinção entre a luz de Deus e o corpo corrupto deste mundo tudo mudou; o mundo corrupto era uma vale de trevas, sem luz, onde todos os poderes encontravam-se capturados, como que na MORTE; era uma situação muito difícil, até que se tornasse iluminado no meio de todo o corpo. Mas quando isso ocorreu o amor na luz de Deus rompeu aquele céu da divisão e acionou o calor”. (Aurora XXV 68).
“Na MORTE, no centro, no corpo ou ainda na substância corporal da terra, Deus despertou a tintura, com seu brilho, esplendor e luz, onde está contida a vida da terra; mas na profundeza acima do centro Ele deu o sol, que é uma tintura de fogo, e que com seu poder, alcança a liberdade fora e além da natureza, e de onde a natureza recebe seu esplendor. Ele é a vida de todo o círculo das estrelas, e todas essas estrelas são Seus filhos. Não que ele contenha suas essências, mas a vida deles surgiu de seu centro, no princípio”. (A Vida Tríplice… IV. 27).
“O firmamento do céu, feito do meio das águas, é uma geração que penetrou através da geração congelada e externa, quer dizer, através da MORTE, trazendo à tona a vida sideral, tais como animais, homens, pássaros, peixes e vermes”. (Aurora, XX. 60).
“A previsão divina reconheceu que o demônio estava preste a separar a humanidade, introduzindo-a no desejo demoníaco; portanto, Deus colocou diante dela a árvore da vida e a do conhecimento do bem e do mal; com isso deu-se início à ruptura (MORTE) do corpo externo. Ele assim o fez para que o homem buscasse o centro do mundo de trevas”58 (Mysterium, XVII 38).
“Assim Adão tornou-se vítima da magia, e sua magnificência se foi. Sono significa MORTE e entrega. O reino terrestre o conquistou e o dominou”. (Encarnação de Cristo…, I 5).
“A terra está girando porque possui dois fogos, o fogo frio e o quente, e aquilo que está embaixo sempre deseja elevar-se em direção ao sol, porque a terra recebe espírito e poder unicamente do sol. Portanto, ela está girando. O fogo, seu desejo de luz, a faz girar, pois ela deseja ser inflamada e ter vida própria. Tendo, contudo que permanecer na MORTE, até que deseje e atraia a vida que está acima, abrindo seu centro para sempre receber a tintura e fogo do sol”. (A Vida Tríplice… XI 5).
“Os quatro elementos surgiram do elemento único, que possui uma única vontade; eles existem agora num único corpo, havendo entre eles muita luta e disputa. O calor está contra o frio, o fogo contra a água; o ar está contra a terra e cada um causa a MORTE e o rompimento do outro”. (Assinatura… XV 4).
“Antes da queda, o paraíso florescia por todas as árvores e frutos que Deus criou para o homem. Mas quando a terra foi amaldiçoada, essa maldição penetrou todos os frutos, tornando todas as coisas boas e más. Houve MORTE e podridão em tudo o que anteriormente encontrava-se na única árvore, chamada de árvore do conhecimento do bem e do mal”. (A Vida Tríplice… IX 15).
“Os frutos da terra não estão inteiramente na cólera de Deus, pois a palavra incorporada, sendo imortal e imperecível, estava florescendo novamente no corpo da MORTE, produzindo frutos do corpo mortificado da terra”. (Aurora, XXI 24).
“Nós, pobres filhos de Eva, temos que sentir em nós mesmos, num grande sofrimento, pesar e miséria, como que a cólera nos movimenta, guia e atormenta, a ponto de não mais caminharmos junto ao amor de Deus, mas, cheios de veneno, inveja, assassínio e animosidade, perseguimos uns aos outros, denunciando, desonrando e maldizendo, desejando MORTE e todo tipo de mal uns aos outros, apreciando a miséria do outro”. (Tilk I 4).
“Se a matéria deste mundo (o imaginário da natureza externa) fosse rompida, como será um dia, no futuro, a alma permaneceria na MORTE eterna, nas trevas. A bela criatura (a imagem viva) seria capturada pelo reino do inferno, e o demônio triunfaria sobre ela”. (A Vida Tríplice…, VIII 38).
“Aquilo que a imaginação do espírito penetra se torna expresso na forma corporal através da impressão do desejo espiritual. Portanto, Deus ordenou a Adão, quando ele ainda estava no Paraíso, para não se alimentar, com sua imaginação, da árvore do conhecimento do bem e do mal, para que não mergulhasse no sofrimento e na MORTE, morrendo para o reino do céu, como tem ocorrido atualmente”. (Baptism I 22).
“Deus deseja que toda a humanidade seja salva. Ele não deseja a MORTE do pecador, mas que ele se transforme, e volte-se novamente para Deus, encontrando Nele a vida”. (Três Princípios…, Preface, I 6).
“A razão (superficial) representa Deus como um ser sem misericórdia, ensinando que Ele lançou sua cólera sobre o homem, e o amaldiçoou com a MORTE, pois descobriu no homem a desobediência. Não se deve acreditar nisso. Deus é amor e bondade. Nele não há pensamento de raiva. O homem estaria bem se não tivesse punido a si mesmo”. (Três Princípios…, X 24).
“Não havia outra salvação para a imagem divina no homem a menos que a divindade se movimentasse de acordo com o segundo princípio, ou seja, de acordo com a luz da vida eterna, e pelo poder do amor reascendendo a substancialidade (da alma) que estava aprisionada na MORTE”. (Encarnação de Cristo…, I II 22).
“O nome Jesus foi incorporado na imagem da eternidade como um futuro Cristo, a fim de que pudesse se tornar um redentor dos homens, e da MORTE da cólera pudesse regenera-los em puros seres do poder paradisíaco e divino”. (Cons. Stiefel…, II 74).
“Depois da queda, Iahweh pronunciou o nome de Jesus em Adão numa vida real; ele o manifestou no ser celeste, enfraquecido por conta do pecado. Em consequência desse pronunciamento, houve um despertar da MORTE espiritual ou do estado de MORTE, onde Adão havia mergulhado; um desejo divino foi novamente despertado, era o princípio da fé. Esse mesmo desejo separou-se da qualidade do falso desejo, formou uma imagem e Abel veio à existência; mas Caim era o produto da qualidade da alma de Adão, de acordo com sua luxúria terrestre”. (Grace, IX 101).
“O assassinato do corpo externo de Abel, por Caim, simboliza que o homem externo tem que ser mortificado na cólera de Deus. A cólera tem que matar e consumir a imagem externa que cresceu na cólera, mas de sua MORTE surgiu a vida eterna”. (Mysterium, XXVIII 14).
“As palavras do anjo, ‘O Espírito de Deus cairá sobre ti, e serás revestida pelo poder do Supremo’, significa: O Espírito Santo abrirá o centro fechado interno, na semente moribunda e a Palavra de Deus penetrará com substancialidade vivificante e celestial naquela que se encontrava enclausurada na MORTE, tornando-se com ela uma só carne”. (Três Princípios…, XXII 41).
“Deus revelou-se na semente externa (princípio) de Maria, pois o Cristo não se diferenciou, enquanto esteve sobre a terra, de outros seres humanos, em forma, substância ou aparência externa. Naquela semente externa Ele não tomou a divindade; Sua forma externa era mortal, e através disso ele anulou a MORTE”. (Cons. Stiefel…, II 203).
“Como consequência do pecado, não havia salvação para o homem; a menos que o Verbo eterno, coração de Deus, se tornasse humano e penetrasse o terceiro princípio, a carne e o sangue humano e tomasse para si (o estado de) uma alma humana, penetrando a MORTE de uma alma destituída, através da qual pudesse afastar da MORTE o seu poder e do inferno a sua picada terrível, conduzindo assim a alma para fora da MORTE e redimindo-a do inferno”. (A Vida Tríplice…, VII 39).
“A alma de Adão havia se afastado de Deus e morrido com relação a essencialidade da luz. O segundo Adão trouxe novamente a alma para o fogo, ou seja, na fonte da cólera, e acendeu novamente a luz na MORTE. A luz foi portanto novamente manifestada nas trevas, e a MORTE morreu, e para a cólera ou inferno foi criada uma praga”. (Tilk I. 513).
“Como nos afastamos da liberdade do mundo angélico e adentramos a tortura escura, o poder e o verbo da luz tornou-se homem, e nos conduziu para fora das trevas, através da MORTE no fogo para a liberdade da vida divina, na essencialidade divina. O Cristo tinha que morrer e penetrar a essencialidade divina através do inferno e através da cólera da natureza eterna, para abrir um caminho para a nossa alma através da MORTE e através da cólera, onde devemos entrar com Ele pela MORTE, na vida divina”. (Encarnação de Cristo…, I 3, 7).
“O Verbo tomou nossa própria carne e sangue na essencialidade divina, e quebrou o poder que nos mantinha aprisionado na cólera da MORTE e fúria. Ele quebrou aquele poder na Cruz, ou seja, no centro da natureza (a quarta forma natural, cujo símbolo é a Cruz), e inflamou novamente em nossa alma (que havia se tornado trevas) um fogo-luz branco e ardente”. (Encarnação de Cristo…, II 6 9 ).
“Tudo o que seduziu e tornou Adão prisioneiro, na MORTE das trevas, foi oferecido ao Salvador na ocasião da tentação”. (Assinatura…, VII 46).
“Quando o Cristo resistiu à tentação, no lugar de Adão, o recém introduzido Ens celestial quebrou a espada na MORTE do corpo externo de Cristo; através da santa substância Ele trouxe o corpo externo, tomado da semente de Maria, para o estado santo, pela espada da cólera Neste mesmo poder o corpo externo surgiu da MORTE, conquistando tanto a MORTE como a espada ígnea”. (Mysterium, XXIV 24).
“Após o demônio ter falhado por duas vezes, ele se aproximou com a última e poderosa tentação (dizendo) que lhe daria todo o mundo se ajoelhasse e o adorasse. Adão já havia estado ansioso pela possessão deste mundo; ele desejou torná-lo seu; mas ao proceder desta forma, Adão afastou-se de Deus e foi capturado pelo espírito deste mundo. Agora, o segundo Adão havia que se submeter à essa tentação do primeiro Adão. Havia que ser testado se a alma permaneceria com o homem novo, santo e celestial, vivendo na graça de Deus ou no espírito deste mundo. Mas a alma de Cristo disse ao demônio: “Afasta-te de mim, Satã! Pois está escrito: ‘Deves adorar ao Senhor teu Deus, e Servir à Ele unicamente!’. Assim, o valente guerreiro conquistou, e o demônio teve que partir; tudo o que é terrestre foi superado pelo Cristo. Agora o Senhor está acima da lua, e tem todo o poder no céu e no inferno; Ele é Mestre da vida e da MORTE. Ele deu início ao Seu reino sacerdotal com sinais e milagres. Ele transformou a água em vinho, tornou são o doente, fez com que o cego enxergasse, e o coxo andasse e até despertou o morto para a vida. Ele se sentou na cadeira de Davi e passou a ser o verdadeiro sacerdote na ordem de Melquisedeck”. (Três Princípios…, XXII 3).
“Cristo, o homem interior, tomou nossos pecados para Si, e deixou o corpo, no qual havia derramado a maldição de Deus, pendurando na Cruz como uma maldição de Deus. Assim Ele morreu, e em Sua MORTE espalhou Seu sangue, o sangue do homem santo, na essência do homem externo, onde reside a MORTE. Mas quando seu sangue santo penetrou a MORTE (com a essência externa), então a MORTE se tornou terrificada diante da vida santa, e a cólera, terrificada diante do amor, e caiu em seu próprio veneno, como que morta ou aniquilada”. (Cons. Stiefel…, II 205).
“Quando o Verbo pronunciado de Deus na qualidade humana aprisionou-se no Redentor, a essencialidade que havia morrido em Adão, mas que se tornou novamente viva em Cristo, clamou juntamente com a alma: ‘Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonastes?’ Isso significa que a cólera de Deus havia penetrado, através da qualidade da alma, a imagem da essencialidade divina, e que havia absorvido a imagem de Deus, porque era essa a imagem da serpente na alma ígnea, a cabeça da cólera de Deus, para transformar seu poder ígneo na vida-sol eterna. Como uma vela se extingue ao queimar-se, e assim como desta MORTE surge a luz e o poder, da mortificação e da MORTE de Cristo havia que surgir o sol divino e eterno na qualidade humana. Assim, havia que morrer, neste caso, não só o egoísmo da qualidade humana, ou seja, a vontade-própria da alma com relação à (seu desejo pela) vida no poder do fogo, e se perder na imagem do amor; mas, essa mesma imagem do amor havia que penetrar a cólera da MORTE, a fim de que tudo mergulhasse na MORTE e através da MORTE e da humildade perfeita, e na vontade e misericórdia de Deus, surgisse novamente na substancialidade paradisíaca, a fim de que o espírito de Deus pudesse ser tudo em tudo”. (Assinatura…, XI 87).
“A crença de que o Cristo teve uma MORTE natural em Sua qualidade humana não deve ser compreendida como se Sua alma criada houvesse morrido, e menos ainda que Ele houvesse perecido em Seu aspecto de ser divino, ou com relação à Sua essencialidade celeste e tintura celeste. Ele morreu unicamente com relação à Sua egoidade, ou seja, com relação à vontade e regime do mundo externo que governava no homem. Ele morreu com relação à vontade própria e aos poderes próprios da egoidade criada. Ele entregou tudo isso inteiramente nas mãos do Pai, o fim da natureza, o grande mistério do Pai; mas não para que isso fosse a MORTE, mas para que o Espírito de Deus estivesse ali, com toda a sua vida, e o poder divino existisse na personalidade de Cristo”. (Assinatura…, XII I).
“De fato, o Cristo assumiu a substância terrestre, mas em Sua MORTE, ou seja, como Ele superou a MORTE, o ser divino fez com que o estado terrestre desaparecesse tirando dele a sua supremacia. Não que o Cristo tenha colocado algo de lado (o que Ele não fez), mas aquele ser externo fora conquistado, e por assim dizer, consumido”. (Encarnação de Cristo… I 8 II).
“A verdadeira essencialidade em Cristo não afastou a consciência terrestre, mas a penetrou como senhor e conquistador. A verdadeira vida deveria ser a primeira a ser conduzida à MORTE e à cólera de Deus. Isso ocorreu na Cruz, ocasião em que a MORTE foi destruída e a cólera aprisionada e extinta pelo amor, consequentemente conquistada”. (Encarnação de Cristo…, IX 16).
“Quando Jesus venceu a MORTE em (Sua) humanidade e afastou o sentido do ego, Ele não descartou a qualidade humana, onde residia a MORTE e a cólera de Deus, mas as aceitou na plenitude de sua extensão; isso quer dizer, foi só neste momento que Ele extraiu o reino externo do interno”. (Assinatura…, XI 41).
“Quando o Cristo derramou Seu sangue celestial, o desejo ígneo aceso na humanidade transformou-se em desejo-amor, e da angústia da MORTE nasceu a alegria e a força do poder divino”. (Assinatura…, XI 5).
“É errôneo supor que a alma de Cristo havia deixado o corpo e descendido ao inferno, e que ali, havia, no poder divino, atacado os demônios, atando-os com correntes, destruindo com isso o inferno. É melhor compreender que no momento em que o Cristo prostou o reino deste mundo, Sua alma penetrou a MORTE e a cólera de Deus, e com isso a cólera foi reconciliada no amor. Os demônios e todas as almas descrentes na cólera foram aprisionadas em si mesmas, e a MORTE foi rompida; mas a vida floresceu através da MORTE”. (Três Princípios…, XXV 76).
“A MORTE estava lutando com o homem externo (com a vida do), pensando que agora, a alma deveria permanecer na Turba; mas havia um forte poder na alma, ou seja, o Verbo de Deus. Esse verbo capturou a MORTE e a destruiu, extinguindo a cólera. Trava-se de um grande veneno para o inferno quando a luz o penetrou, e o Espírito de Cristo aprisionou o demônio, conduzindo-o da alma-fogo para as trevas, trancando-o ali, na dureza colérica e no amargor”. (Quarenta Questões…, XXXVII 13 — 15).
“Os santos, que colocaram sua fé no Messias, receberam então o elemento puro para um novo corpo, de acordo com a promessa. Pois, como o herói prometido penetrou a MORTE através da vida, suas almas se revestiram do corpo de Cristo, como num novo corpo, e viveram Nele através de Seu poder. Eram eles os santos patriarcas e profetas, que neste mundo foram ungidos no poder do Verbo de Deus, esmagando a cabeça da serpente e quem, pelo poder do Verbo havia profetizado e realizado milagres. Eles tornaram-se vivos no poder de Cristo”. (Três Princípios…, XXIV 52).
“Como as prisões do mundo de trevas deveriam ser destruídas na MORTE de Cristo, a terra tremeu e o sol se tornou negro, simbolizando que, como a luz eterna havia renascido, a luz temporal havia que deixar de existir”. (Grace, VII 8).
“A cólera do pai havia que consumir a vida de Cristo, na MORTE; mas quando a cólera engoliu a vida na MORTE, a vida santa do mais profundo amor de Deus movimentou-se na MORTE e na cólera, engolindo a cólera. Então a terra começou a tremer, as pedras rolaram e as tumbas dos santos foram abertas”. (Mysterium, XXVIII 123).
“Depois que o Pai trouxe a alma do redentor, que havia penetrado Sua cólera, de volta ao amor, ou seja, na imagem do Paraíso, que havia desaparecido, o mundo tremeu no terror da MORTE, como se fosse um terror de alegria, alegria que penetrou os corpos mortos daqueles que haviam esperado pela vinda do Messias, e os despertaram para a vida. Foi esse mesmo terror que rasgou a cortina do Templo, ou seja, o véu de Moisés, pendurado diante da clara face de Deus, a fim de que o homem não visse à Deus”. (Assinatura…, XI 71).
“Para se produzir um verdadeiro Cristão, não basta satisfazer-se com uma crença meramente histórica e científica, no Filho de Deus, que um dia viveu sobre a terra. Não seremos recompensado por uma espécie de Deus externo, que nos atribuirá retidão, por conta de nossa confissão em tal crença; mas, o reconhecimento da verdade divina deve nascer e ser recebida dentro de nós de forma pueril. A carne está condenada à MORTE, e temos que nos tornar como uma criança que nada sabe, mas que se apega (instintivamente) a mãe que lhe deu à luz. Da mesma forma, a vontade do Cristão deve morrer para a sua vontade própria e auto afirmação, tornar-se como uma criança em Cristo. Então, se a vontade e o desejo da alma é dirigido unicamente à sua fonte, irá surgir do espírito de Cristo uma nova vontade e obediência na justiça divina, a partir da MORTE da vontade-própria; não mais será uma vontade pecadora”. (Regeneração, I).
“A pobre alma aprisionada, encerrada nas trevas da MORTE, é um fogo mágico faminto, que atrai da encarnação de Cristo, a substancialidade reaberta de Deus, e deste engolir ou nutrição, produz um corpo similar ao da Divindade. Assim, a pobre alma será revestida com um corpo de luz, comparável ao fogo de um pavio”. (Cartas, XI 21).
“Se uma pessoa está na ansiedade do inimigo, e a picada da MORTE e da raiva move-se dentro dele, tornando-o avarento, invejoso, raivoso e irritável, não se deve permanecer na essência maligna; é preciso parar, considerar e atrair (da fonte eterna) uma outra vontade, ou seja, a vontade de sair da malícia e penetrar na liberdade de Deus, onde há perpétuo repouso e paz. Se sua angústia provar da liberdade, então a tortura da angústia ficará terrificada, e neste terror de MORTE, será destruída; pois esse terror serve de grande satisfação e consiste num assassinar a vida de Deus. Por esse intermédio, o ramo de pérolas aparece, e o homem permanece numa alegria trêmula, mas também em grande perigo, pois a MORTE e a tortura da angústia são sua raiz; do mesmo modo, a angústia na natureza externa possui a qualidade que sai do demônio, ou seja, da angústia nasce grande vida. Da natureza, por exemplo, um belo ramo verde cresce, tendo, é claro, uma constituição, um odor e um estado diferente (de vida) daquele que o produziu” (Encarnação de Cristo…, XI 8).
“Não é a alma mortal, mas a alma interior (espiritual) do eterno Verbo de Deus a que se casa com Sophia. A alma exterior está casada com a constelação (funções mentais) e elementos. Essa alma externa raramente lança um só olhar para a Sophia, pois contém em si a MORTE e a mortalidade. Passado este tempo ela deve ser novamente transformada na primeira imagem que Deus criou em Adão”. (Mysterium, Lii 13).
“Há dois tipos de vontade a serem distinguidas na constituição do homem. Uma surge com o lírio e cresce no reino de Deus; a outra afunda nas trevas da MORTE e desejos pela terra, sendo ela sua mãe. Essa irá lutar contra o lírio, constantemente, e o lírio voa para longe de sua aspereza. Um broto cresce da terra, e assim a substância da qual é formada voa da terra e é atraída para a luz do sol até se tornar uma planta ou uma árvore. Então o Sol divino atrai o lírio humano, ou seja, o novo homem em seu poder, fora da substância do demônio, até que ele finalmente se torne uma árvore no reino de Deus. Ele deixa a árvore má ou a casca cair na terra, sua mãe que tanto busca, para deixar crescer a nova árvore”. (Encarnação de Cristo…, XI 8).
“O reino celeste nos santos é ativo e consciente em sua fé, por onde sua vontade se integra a Deus; mas a vida natural é cercada pela carne e pelo sangue e está relacionada, ao contrário, à cólera de Deus. Assim, a alma está sempre na angústia quando o inferno precipita-se sobre ela, desejando nela se manifestar; mas ela mergulha na esperança da graça divina, e permanece como uma bela rosa entre os espinhos, até que na MORTE do corpo o reino deste mundo dela se afasta. Só então, quando não há mais nada que a obstrua, ela será plenamente manifestada no reino de Deus”. (Vida Suprasensual…, XXXIX).
“Não me alegro por viver em meu próprio senso do eu, mas porque no meu eu estou na MORTE de Cristo e estou morrendo perpetuamente, e desejo morrer inteiramente com relação ao meu egoísmo, e viver inteiramente em Deus, a fim de nada ser, senão um instrumento de Deus, e não querer saber mais nada sobre meu eu (separado)”. (Cons. Stiefel…, XI 527).
“No fim, todas as coisas devem ser uma e a mesma coisa para o homem. Ele deve ser um com a fortuna e com o infortúnio, com a pobreza e com a riqueza, com a alegria e com o pesar, com a luz e com as trevas, com a vida e com a MORTE. O homem passa então a ser um nada para si mesmo, pois está morto com relação a tudo em sua vontade. Deus está em tudo e através de tudo, e, no entanto, Ele é um nada, e nada pode compreendê-Lo. Tudo se torna manifestado através Dele, e Ele próprio é tudo. No entanto ele nada tem (objetivamente), porque aquilo que está diante Dele, nada é em sua compreensão, pois não O compreende. Este será o estado de uma pessoa segundo sua vontade submetida, caso ela se renda totalmente à Deus. Então sua vontade irá recuar para a vontade insondável de Deus, de onde surgiu no princípio, adquirindo a forma da vontade insondável, onde Deus reside e realiza Sua vontade”. (Mysterium, LXVI).
“Na MORTE os quarto elementos separam-se do elemento único. Então a tintura, junto com a sombra daquilo que constituía o homem, dirige-se ao éter e permanece com a raiz daquele elemento que originou os elementos, e do qual emanaram”. (Três Princípios…, XIX 14).
“Quando uma pessoa neste mundo morre aparece diante do anjo que em sua espada carrega a MORTE e a vida, o amor e a cólera de Deus. Ali sua alma passa pelo julgamento, nos portais do paraíso. Se foi capturada pela cólera de Deus, não será capaz de passar pela porta, mas se é uma criança da virgem, nascida da semente da mulher (celestial), então ela passará. O anjo irá cortar de sua natureza, aquilo que fora gerado pela serpente, e a alma irá então servir a Deus em seu santo templo no Paraíso, esperando ali pela ressurreição de seu corpo (celestial)”. (Mysterium, XXV 2).
“Durante sua vida terrestre a alma pode mudar swa vontade, mas após a MORTE do corpo nada permanece no seu poder através do qual possa mudar sua vontade”. (Tilk I 267).
“O que quer que a alma receba em sua vontade. Durante sua vida terrestre, e seja com o que for que ela se envolva, isso irá levar com sua vontade após a MORTE do corpo; ela não pode mais se livrar disso, pois ela nada mais tem do que aquilo em que se meteu, e que agora constitui seu próprio ser. Mas durante a vida terrestre ela pode destruir aquilo em que envolveu sua vontade”. (A Vida Tríplice…, XII 25).
“Enquanto uma pessoa permanece numa vontade estranha a sua verdadeira natureza, e não quer ser curada, penetrando o Verbo santo, esse ser estranho vai tomando substância e mantendo a essência celestial na sujeição; essa permanece aprisionada após a MORTE e não pode alcançar o reino de Deus, e disso resulta a MORTE eterna”. (Mysterium, XXIV 13).
“Cada um precisa simplesmente examinar sua própria qualidade e ver em que direção é carregado pela sua vontade. Então saberá a que reino pertence e se é realmente um homem (na imagem de Deus), como ele fantasia ou pretende ser, ou uma criatura do mundo de trevas, um cachorro raivoso, um pavão vaidoso, um macaco luxurioso ou uma cobra venenosa. Se, então, a essência dos quatro elementos o deixarem na MORTE, nada irá permanecer com ele senão a consciência interna, má e envenenada”. (Seis Pontos Teosóficos…, VII 37).
“Se o espírito permanece não regenerado com seu princípio original, então irá aparecer na ruptura da forma tal criatura correspondente à qualidade da vontade (caráter) adquirido durante a vida terrestre. Se, por exemplo, durante a vida se tem a invejosa disposição de um cão, rancoroso com tudo e com todos, então este caráter do cão irá encontrar sua expressão numa forma correspondente após a MORTE do corpo; pois de acordo com isso, a alma (animal) toma (assume) sua forma, e esse tipo de vontade permanece contigo na eternidade, pois as portas das profundezas que levam à luz de Deus são então fechadas diante de ti”. (Três Princípios…, XVI 50).
“Se a alma-fogo não se tornou substancial no Espírito de Deus, nem buscou esta substância em seu desejo, é então um fogo negro, queimando em grande angústia e terror, pois há em sua constituição apenas as quatro qualidades inferiores da natureza. Se a vontade nada tem do poder divino da verdadeira humildade, não poderá haver em nela penetração da vida através da MORTE; a alma fica como uma roda viva furiosa, buscando continuamente elevar-se, enquanto se afunda cada vez mais do outro lado. Há neste estado, com certeza, uma espécie de fogo, mas não uma combustão, pois ali governa uma severa dureza e amargor. O amargor busca o fogo e quer aumentá-lo; mas a acidez o mantém aprisionado, o que resulta uma terrível ansiedade que assemelha-se a uma roda viva, girando perpetuamente em torno de si mesma”. (Quarenta Questões…, XVIII 14).
“A alma origina-se de três princípios; ela vive, portanto numa angústia ternária, e está presa por três laços. O primeiro laço liga a alma à eternidade e alcança o abismo do inferno (a vontade ígnea); o segundo é o reino do céu; o terceiro é a região das estrelas com os elementos. O terceiro reino não é eterno, mas tem um certo período de existência; no entanto, é o reino que faz o homem crescer, dotando-o de hábitos, vontade e desejos relacionados ao bem e ao mal. Ele lhe confere beleza, riqueza e honras, e o torna um rei terrestre. Este reino permanece com ele até o fim de seu tempo, depois o abandona; da mesma forma que o auxilia a obter a vida, o auxilia na MORTE, libertando-o da alma astral”.
“A alma, em sua vestimenta astral, flutuando nas portas da profundeza, passa por grandes dificuldades, devido ao seu estado terrestre, e pelo poder que pertence à sua constituição astral, ela pode reaparecer em sua forma corpórea prévia, pedindo algo, tal como era seu desejo antes da MORTE, buscando obter repouso; ela pode também ir a lugares assombrados e tentar manifestar sua presença na luz, de acordo com seu espírito sideral, produzindo ruídos de várias espécies”.
“Nem no céu, nem na terra; nem dentre as estrelas ou elementos, podemos encontrar algum caminho que nos leve ao repouso. Mal entramos na vida, e depois disso é o fim, quando nosso corpo nascerá de volta na terra e todas as nossas obras, trabalhos, ciências e glórias serão herdadas por outros, que também se incomodam por um tempo, com as mesmas coisas, e então nos seguem (para a MORTE). Isso ocorre desde o princípio do mundo até o seu fim. Durante nossa miséria nunca poderemos saber onde permanece nosso espírito quando o corpo cai e se torna cadáver, a menos que sejamos recém-nascidos, fora deste mundo; de modo que, embora vivamos neste mundo, em nosso corpo, habitamos na nossa alma e espírito em outra vida, nova, perfeita e eterna. Ali, um novo homem será encontrado em nosso espírito e alma, e ali deverá ele viver eternamente. Somente nesta nova forma aprenderemos a conhecer o que somos e onde está nossa verdadeira casa”. (Princípios, XXII 5).