O cego de nascença (Jo IX)

MILAGRES DE JESUS — O CEGO DE NASCENÇA (Jo IX)

EVANGELHO DE JESUS: Jo 9


Tomás de Aquino: Catena aurea


Roberto Pla: Evangelho de ToméLogion 34

Antonio Orbe: Parábolas Evangélicas em São Irineu

Deus plasmou a Adão por inteiro, do barro da terra, e formou os olhos do cego de nascimento fazendo barro com sua saliva.O Verbo único do Pai modelou o corpo de Adão e curou os olhos do cego. A Ele, não a outro, toca a dispensação da saúde humana. Mão do Pai, segue plasmando-nos no ventre materno escondidamente, como plasmou a Adão visivelmente. De ordinário nos forma por inteiro. No caso do cego evangélico omitiu plasmar algo de nosso corpo, para fazer visíveis as obras de Deus e o autor delas.
Uma vez que deu de encontro com o cego de nascimento como com a ovelha perdida e a remediou, ordenou-o a banhar-se em Siloé, A saúde reclama o batismo celeste no Espírito (ou águas) de vida, redil e, ao mesmo tempo, piscina.

Michel Henry: EU SOU A VERDADE [MHSV]

Quando, nesta espécie de “história” que conta o Evangelho, esta afirmação intervém (“É de Deus que saí e que venho”, Jo 8,42), o texto se tenciona subitamente, como na polêmica que opõe os Fariseus ao cego de nascença curado por Jesus: «Nós somos os discípulos de Moisés! Sabemos, nós, que Deus falou a Moisés; mas este nós não sabemos de onde ela sai”. O homem replicou e lhes disse: “Eis bem o que é surpreendente: que vós não sabeis, vós, de onde ele sai, enquanto ele me abriu os olhos (…) Se este não viesse de Deus, não poderia nada fazer” (Jo 9,29-30). Mas é naquilo que é apresentado como a última ou uma das últimas orações do Cristo que a afirmação deste, segundo a qual ele foi enviado pelo Pai, retorna como um leitmotiv obsessivo. «… Para que o mundo creia que és tu que me enviastes… para que o mundo reconheça que és tu que me enviaste… e estes conheceram que és tu que me enviou… eles reconheceram em toda verdade que eu vim junto de ti e eles creram que tu é aquele que me enviou» (Jo 17, 21.23.25.8)


Maurice Nicoll: MAURICE NICOLL COMENTARIOS VOLUMEN III Quaremead, Ugley, 9 de marzo de 1946

Esto significa que ha alzado sus ojos espirituales y vio que se enfrentaba con una espada — esto es, que se enfrentaba con la verdad espiritual que es lo contrario del camino que quería seguir — . A veces solemos tener una experiencia semejante cuando alzamos nuestros ojos en este sentido. Vemos que seguimos un camino completamente contrario a la verdad del Trabajo — que andamos con nuestro pie cuando tendríamos que andar con nuestros ojos — . El hecho mismo de decir de mirar hacia arriba (alzó los ojos) significa que ya no mira más sus pies. Percibe otra senda a la que debe seguir, muy diferente de la que hubiera seguido si mantenía los ojos fijos sobre sus pies. El Recuerdo de Sí es alzar los ojos. David decía: “Alzaré mis ojos a los montes; ¿De dónde vendrá mi socorro?” (Salmo 121). Alzar los ojos en el Trabajo es recordarse a sí mismo — esto es, discernir su significado — porque los ojos espirituales están dentro, no fuera. Hablamos en el Trabajo de los sentidos interiores. Cuando un hombre se recuerda a sí mismo recoge a su alrededor todo el Trabajo que descansa en él y toda su comprensión del Trabajo. Esta es la forma más suprema de Recuerdo de Sí. Ve la cuestión con nuevos ojos y todo el fango que cubría el pie — a saber, todo aquello con lo cual estaba identificado y que tomaba personalmente, todos sus resentimientos de vida y cargos internos y sufrimiento inútil, y todo el resto. Todo ello desaparece como si fuera una nada cuando es visto con los ojos espirituales, el discernimiento espiritual. Desde el punto de vista del esoterismo estamos todos ciegos, mirando nuestros pies. Cuando Cristo curó al ciego no sólo significaba algo meramente literal sino también psicológico. “Que habiendo yo sido ciego, ahora veo.” Pablo tuvo que ser cegado antes que pudiera ver. El Trabajo se propone hacernos ver. Primero es preciso ver el propio pie, por eso empieza con la observación de sí. Por medio de Smith que observa a Smith, quien es su pie, y dividiéndolo, entra en otro orden de influencias y quizá pueda ponerse en contacto con las influencias del Trabajo. Este es el trabajo práctico. Pero es preciso mantenerlo separado de los pies, y las manos nunca deben llevar el fango de los pies a los ojos.


Annick de Souzenelle: RESSONÂNCIAS BÍBLICAS

Quando os discípulos de Jesus demandam a seu mestre, que acaba de curar de sua cegueira o cego de nascença, se este opróbrio vinha da falta deste homem ou daquela de seus pais, Jesus responde: «Não há pecado nem dele, nem de seus pais, mas as obras de Deus devem se manifestar nele. » Nenhuma «vingança» não estigmatiza portanto o estado deste homem, mas evidentemente se atualiza nele a objetivação do pecado da humanidade totalmente cega em sua interioridade e em seu devir divino, para que nele as maravilhas de Deus se cumpram. Jesus não responde senão em relação ao devir. O passado é imediatamente perdoado naquele que vem a Deus, que, da visão interior que desenvolveu em sua cegueira ao mundo, viu Jesus e é então visto dEle. O nome da piscina não qual Jesus envia o homem para se lavar para que recupere totalmente a vista depois de ter aplicado sobre seus olhos a lama feita de terra e de saliva divina é Shaloah. Esta palavra é o verbo «enviar» ou «remeter», «expulsar»; pode ser compreendido como designando o homem que é «enviado» pela humanidade, o bode expiatório da humanidade cega; pode também designar o batismo de água deste homem, pelo qual Jesus «remete», «expulsa» o pecado.

Joaquim Carreira das Neves: ESCRITOS DE SÃO JOÃO [CNEJ] — SINAL DO CEGO DE NASCENÇA