Ampla e profunda exposição de Borella, do que se poderia considerar um debate com aqueles que pretendem realizar uma “crítica da razão simbólica”. Para Borella a erradicação do mythos (tudo que se refere ao simbólico) conduz inevitavelmente à negação do logos — a inteligência que em nós fala. Ora, o logos não pode ser negado. Logo o mythos não pode ser expulso do espírito. Deste modo é estabelecido contra Kant e de facto, a solidariedade da metafísica e do simbolismo.
Restaurando a legitimidade de uma intelectualidade simbólica e sagrada, este notável professor de filosofia, põe em questão três séculos de filosofia europeia, lança as bases de uma necessária metafísica da cultura e recusa o divórcio da razão e da fé tornando manifesta a abertura nativa da inteligência à luz salvadora do Símbolo. (texto adaptado da apresentação do livro).
Índice
- Introdução geral
- Primeira Parte — A negação do referente ou a destruição do mitocosmo
- I Da mitocosmologia tradicional
- II A destruição do mitocosmo
- Segunda Parte — A subversão do sentido ou a neutralização da consciência religiosa
- Terceira Parte — O reino do significante ou o apagamento do símbolo
- VI O estruturalismo como “anti-metafísica”
- VII Estruturalismo e superficialismo
- VIII A cultura mediadora
- Quarta Parte — O princípio semântico ou a evidência primeira do logos
- Introdução
- IX O paradoxo de Epimenedes
- X Teofania da inteligência
- Quinta Parte — O princípio hermenêutico ou a conversão da inteligência ao Símbolo
- Introdução: Irredutível Símbolo
- XI Do princípio hermenêutico na sua essência
- XII As três figuras do princípio hermenêutico
Excertos