PHILOKALIA-TERMOS — PROSBOLE = SUGESTÃO, PROVOCAÇÃO, INCITAÇÃO INICIAL AO MAL
VIDE: PEIRASMOS Interessante notar que segundo Henri Crouzel, Orígenes emprega frequentemente o termo prosbole para designar a "intuição conhecedora" (seria a intuição intelectual de René Guénon?), referindo-se ao conhecimento que podemos ter de Deus e das realidades inteligíveis contidas no Filho. Este sentido totalmente oposto ao uso como "sugestões diabólicas", demonstra a dualidade das provações divinas, segundo a decisão que tomamos para o bem ou para o mal, para o crescimento ou para a decadência espiritual. ESTÍMULO (prosbole): estímulo o asalto es el impulso inicial al mal (kakon). Si, mediante la fuerza de la oración (euche) constante, y la "custodia del corazón," (phylake kardias) el mismo es inmediatamente rechazado (antirrhesis), la tentación (peirasmos) es erradicada de raíz. Padres da Igreja — em nosso site francês
Versão em inglês da Philokalia Marcos o Asceta a define como um "estímulo no coração (kardia), sem imagens (eikon)"; se as imagens não se apresentam ainda não há qualquer culpa no homem. Não há como se prevenir destas provocações, só se pede vigilância (nepsis).
Vigilante (nepsis) se é possível rejeitar a provocação assim que emerge na consciência, e deste modo cortar na raiz o processo de tentação (peirasmos).
Tradução francesa da Philokalia Sugestão, no sentido da ação de "lançar em direção", significando o acometimento à vigilância (nepsis), a agressão dos pensamentos (logismos) do mal (kakon). Vide synkatathesis e antirrhesis.
Ruzbehan de Shiraz: Excertos de seu Léxico do Sufismo no TRATADO DO ESPÍRITO SANTO) A sugestão é o estado do pensamento mobilizado pelo que aparece no coração proveniente do mundo invisível. Ela não se prolonga quando outras sugestões vêm aí se apresentar. A sugestão fundamental são as realidades invisíveis que sobrevêm no coração por meio da aparição súbita, e não quando ele está tranquilo, a fim de lhe buscar a compreensão do mundo do mistério (ghayab).
Comentário: De fato, a sugestão é um pensamento que vem ao coração sem se estabelecer, e que não provém necessariamente do mundo espiritual. Certas sugestões são louváveis, outras são nefastas. Segundo wp-fr:Junayd, primeiro analista desta questão, a psicologia sufi classifica as sugestões em cinco grupos principais: sugestões satânicas, sugestões da alma, sugestões angélicas, sugestões do coração, sugestões de Deus. Existe certamente numerosas variantes, o essencial sendo aprender a discernir entre as sugestões, tarefas incumbidas ao diretor espiritual. Esta temática é particularmente desenvolvida no Qut de Makki e os opúsculos iniciáticos de Najmoddin Kubra (1221). O tema do discernimento das sugestões ocupa um lugar importante na literatura ascética dos Padres do Deserto. Como pensamento súbito que agita o coração, as sugestões podem se adonar da consciência e desviar da meta. A prática da oração perpétua, quer se trate do dhikr do coração dos sufis ou da Oração de Jesus dos monges hesicastas, ajuda precisamente à "afastar as sugestões".