KRINO

PHILOKALIA-TERMOSKRINO = DISTINGUIR, DECIDIR, DELIBERAR, JULGAR, CONDENAR, PUNIR; KRISIS = JUÍZO, JULGAMENTO

VIDE: justiça; discernimento; exame; castigo

Evangelho de Jesus

Pois assim como o Pai tem vida em si mesmo, assim também deu ao Filho ter vida em si mesmos; e deu-lhe autoridade para julgar [[krise], porque é o Filho do homem. Jo 5:26-27)

Perguntavam-lhe então: Quem és tu? Respondeu-lhes Jesus: Exatamente o que venho dizendo que sou. Muitas coisas tenho que dizer e julgar [[krino] acerca de vós; mas aquele que me enviou é verdadeiro; e o que dele ouvi, isso falo ao mundo. Jo 8:25-26)

Clamou Jesus, dizendo: Quem crê em mim, crê, não em mim, mas naquele que me enviou. E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou. Eu, que sou a luz, vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. E, se alguém ouvir as minhas palavras, e não as guardar, eu não o julgo; pois eu vim, não para julgar [[krino] o mundo, mas para salvar o mundo. Jo 12:44-47)

Dicionário Teológico do Novo Testamento, Coenen, Beyreuther, Bietenhard

kríma = acordo, juízo; kríno = discernir, ajuizar, julgar; anakrínó = investigar, examinar; krísis = sentença; krith = juiz; synkríno = comparar, ajuizar; katákrima = castigo, condenação; katakrínó = condenar; katákrisis = condenação, condena; kataginoskó = condenar

No NT krino e kríma se empregam com muita frequência em um sentido estritamente jurídico. Krino tem então o sentido de julgar; na voz passiva: condenar, castigar; na voz media: litigar.

Manter a abertura é o caráter específico do humano. Isso não significa arrancar o homem de sua circunstância para o instalar fora-de ou além-de. Significa viver a circunstância negativamente, isto é, com aquele poder crítico que nos faz ver que o efetivamente dado ou realizado não é ainda o humano.

Criticar (krínein) significa discernir, julgar. Em geral se critica a partir de um padrão, de uma norma, de um código ou juízo formulado. Em seu sentido primeiro, porém, krínein (criticar) significa discernir no que aparece uma profundidade que se esquiva a toda sentença. Ver no-que-está-aí aquela estranha profundidade é ter espírito crítico. O poeta vive dialogando com o estranho. Por isso o poeta é sempre crítico. Sua obra é julgamento, apreciação do-que-está-aí a partir de uma abertura que ainda não é. [[Arcângelo Buzzi]

PÁGINAS: Kant: Crítica da Razão Pura

Citações: