NILO JUDEUS
Nilo do Sinai — DISCURSO ASCÉTICO
Nem os judeus.
- Quanto aos judeus que abraçaram este gênero de vida, sao todos descendentes de Jonadab que, querendo viver da mesma maneira, habitam sempre tendas, se abstêm de vinho e de todas as refeições sofisticadas, e não têm senão um alimento reduzido, limitado à necessidade do corpo. Têm a maior preocupação com as disposições morais e ocupam a maior parte do tempo com a contemplação (theoria), daí denominados essênios, exprimindo sua sabedoria, e a meta de sua filosofia é absolutamente irrepreensível sob todos os pontos de vista, suas ações não o contradizem de maneira alguma. Mas que frutos retiram de seus combates e de sua penosa luta, eles que fizeram morrer o Cristo, o mestre da luta? Para eles igualmente, a recompensa das penas é suprimida, posto que recusam aquele que concede os prêmios e a verdadeira vida. Também se perdem fora da filosofia. Pois a filosofia é a retidão dos costumes com o conhecimento da verdadeira doutrina a respeito Daquele que é. Os judeus como os pagãos se perderam, tendo rejeitado a Sabedoria descida do céu e tendo empreendido um filosofar sem o Cristo que é o único a traduzir em obras e em palavras a verdadeira filosofia.