eso anthropos

ESO ANTHROPOS = HOMEM INTERIOR


Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. (2Co 4:16)


CRISTOLOGIA
Paulo Apostolo: HOMEM EXTERIOR E INTERIOR

Padres da Igreja: Citações em nosso site francês

Jean Daniélou: PLATONISMO E TEOLOGIA MÍSTICAANACHORESIS


PHILOKALIA
Um tema constante na Philokalia, segundo Richard Temple, é a dualidade do homem composta dos sentidos e percepções sensoriais em sua vida exterior e visível, e de uma alma ou vida interior e invisível. O mundo exterior pertence a matéria perecível; o mundo interior pertence a Deus.

A capacidade do homem de “conhecer a criação visível” depende do crescimento e sustentação de suas faculdades interiores. Diferentemente de sua natureza animal que desenvolve-se por si mesmo, o lado espiritual do homem vem a ele incompleto e apenas como uma possibilidade. Um universo inteiramente novo existe além daquele que ele conhece através da percepção física, mas ele tem de descobri-lo por ele mesmo. Nos excertos de alguns autores da Philokalia, onde se apresenta claramente a ideia do mundo interior e exterior do homem, a palavra “intelecto” (nous) não deve ser tomada como significando a função de pensar. O intelecto tem o sentido encontrado na filosofia platônica onde significa “inteligência superior” ou espírito.

Máximo o Confessor:
Dado que o homem é composto de alma e corpo ele está sob a ação de duas leis, seja a lei da carne seja a lei do espírito; a lei da carne tem uma ação sensorial e a lei do espírito tem uma ação mental ou espiritual. Entretanto, agindo de uma maneira sensorial a lei da carne habitualmente liga o homem com a matéria, enquanto a lei do espírito, agindo mentalmente ou espiritualmente, leva à direta união com Deus.
Não é fora deles mesmos que aqueles que buscam o Senhor devem procurar, mas neles mesmos.

Simeão o Novo Teólogo:
Único em toda criação visível e invisível o homem é criado dual. Ele tem um corpo composto de quatro elementos, os sentidos e a respiração, e tem uma alma invisível, insubstancial, incorpórea, juntada ao corpo de alguma maneira inefável e desconhecida; eles se interpenetram e ainda assim não compõem, combinam e ainda não coalescem. Eis porque o homem é tanto mortal quanto imortal, tanto visível quanto invisível, tanto sensorial quanto intelectual (i. é, espiritual), capaz de ver o visível e conhecer a criação invisível.
Há dois mundos, o visível e o invisível… Dois sóis brilham nestes dois mundos, um visível e o outro intelectual. No mundo visível dos sentidos há o sol, e no mundo invisível do intelecto há Deus, que é chamado, e é, a verdade. O mundo físico e tudo mais nele é iluminado pelo sol físico e visível, mas o mundo do intelecto e aqueles que nele estão são iluminados pelo sol da verdade no intelecto. Assim sendo coisas físicas são iluminadas pelo sol físico e coisas do intelecto pelo dol do intelecto separadamente um do outro — nem o físico com o intelectual nem o intelectual com o físico.

Gregório Palamas:
Colete a mente que está dispersa pelos sentidos e a introduza dentro de si.
Ouça como persistentemente aquele padres sempre aconselham os homens a conduzir a mente dentro de si mesmos e mantê-la lá.

Calisto e Inácio:
Esforce-se para entrar tua câmara interior e verás a câmara do céu, pois as duas são a mesma e a única entrada leva a ambas.


ASCETISMO E MISTICISMO
Mestre Eckhart: SERMÃO LI
Debe saberse además, que San Jerónimo dice, y también los maestros en general lo hacen, que todo hombre, desde el comienzo de su existencia humana, tiene un espíritu bueno, (o sea) un ángel y un espíritu malo, (o sea) un diablo. El ángel bueno da consejos empujando continuamente hacia aquello que es bueno, que es divino, que es virtud y celestial y eterno. El espíritu malo aconseja al hombre empujándolo siempre hacia aquello que es temporal y perecedero, y que es vicioso, malo y diabólico. Este mismo espíritu maligno charla continuamente con el hombre exterior y por intermedio de él persigue en secreto (y) en todo momento al hombre interior, de la misma manera que la serpiente charlaba con la señora Eva y por intermedio de ella con Adán, su marido. (Cfr. Génesis 3, 1 ss.). El hombre interior, éste es Adán. El varón en el alma es el árbol bueno que da sin cesar frutos buenos y del cual habla también nuestro Señor (Cfr. Mateo 7, 17). Es también el campo en donde Dios ha sembrado su imagen y semejanza, y donde siembra la buena semilla, la raíz de toda sabiduría, de todas las artes, de todas las virtudes, de toda bondad, (o sea la) semilla de la divina naturaleza (2 Pedro 1, 4). Semilla de divina naturaleza, esto es el Hijo de Dios, la Palabra de Dios (Lucas 8, 11). TRATADOS — DEL HOMBRE NOBLE 3

Johannes Tauler: HOMEM INTERIOR E EXTERIOR


PERENIALISTAS
Frithjof Schuon: HOMEM INTERIOR


GNOSTICISMO
Antonio Orbe: ANTROPOLOGIA DE SÃO IRINEU

Na síntese de Orígenes das duas criações, com a aparição do homem essencial, resolve a existência do mundo inteligível, constituído por mentes (noes) ou homens-homens (anthropoi anthropoi). Não é um cosmos, morada de anjos e homens, mas algo exclusivamente integrado por mentes, em estado anterior a todo diferença entre homem, anjo, arcanjo, alma… No entanto com a criação sui generis do homem sensível justifica a existência do cosmos sensível, habitação do homem material. Aqui o mundo está constituído por mais do que homens, pela infinidade de outros elementos sensíveis, em benefício do homem.

No centro de ambos os mundos reside o anthropos: o noético no anthropos inocente e indiferenciado; o sensível, no anthropos pecador e diferenciado pelo corpo.

A ordem paulina — primeiro o homem animal, logo o espiritual — não embaraçaria demasiado a Orígenes; mas tampouco o favoreceria.

Orígenes modificou algumas premissas de Fílon, enriquecendo-as com ajuda de São Paulo e enredando-as com suas próprias, autônomas especulações; igual ocorreu em seguida entre os origineanos.

Da dupla criação vem as duas naturezas paulinas (Segundo Rom 7,22s): o homem interior, que se deleita na Lei, e o exterior, sensível ao cativeiro de seus membros sob a lei do pecado. A alma — homem interior — feita a imagem de Deus, contrasta com o corpohomem externo — formado da terra. O homem se compõe por esta via de duas naturezas, cuja origem se situa em duas ações divinas.

Por muito que tenha perdido entre os Padres ocidentais a doutrina origeneana, retém um elemento comum de bastante importância. O mais específico do homem e, segundo fórmulas de Santo Ambrósio, o único essencial nele seria a alma, fruto da primeira criação. A herança platônica passou de Fílon a Orígenes, e de ambos a São Hilário e São Ambrósio, pondo — assim parece — o epicentro na alma, como se ela somente constituísse a essência do anthropos a título de imagem exclusiva de Deus.