Isaac o Sírio — Seis tratados sobre o comportamento de excelência
Do comportamento de excelência (I)
O temor de Deus é a fundação de excelência; pois excelência é dita ser o broto da fé. É semeado no coração do homem, quando permite sua mente confinar os impulsos vagabundeantes à continua meditação na ordem de coisas a vir, longe das distrações do mundo. Quanto à fundação de excelência, o primeiro entre seus elementos peculiares é a concentração do si mesmo, pela libertação dele das coisas práticas, sobre o verbo iluminado dos caminhos retos e sagrados, o verbo que pelo Salmista inspirado é chamado de mestre.
É raro ser encontrado um homem que seja capaz de suportar honras, ou talvez tal homem não exista; porque o homem é fadado a errar, mesmo se for um anjo em seus modos.
A fundação do caminho da vida consiste em acostumar a mente às palavras de Deus e à prática de paciência. Pois a desgraça decorrente da primeira é uma ajuda para aquisição da perfeição na segunda; e, além do mais, o maior desenvolvimento na realização da segunda, causará um desejo intenso da segunda. E a ajuda provida por ambas trará rapidamente a ascensão de toda construção.
Ninguém é capaz de se aproximar de Deus a não ser aquele que está longe do mundo. Pois não chamo separação o afastamento do corpo, mas das coisas corporais.
Excelência consiste assim em que um homem em sua mente seja um vazio a respeito do mundo. Enquanto os sentidos estão ocupados com coisas (exteriores), não é possível para o coração cessar de imaginá-las. Nem as afeições cessam, nem os maus pensamentos terminam exceto no deserto e na selva.
Enquanto a alma ainda não se tornou embriagada pela fé em Deus, no sentido que recebeu uma impressão de seus poderes, a fraqueza dos sentidos não pode ser curada e não é capaz de ceder à força a matéria visível que é uma projeção do que está dentro e não percebido (pelos sentidos).
A razão é a causa da liberdade (Este termo tem quase sempre o significado de livre arbítrio) e o fruto de ambos responsabilidade pelo erro. Sem a primeira, a segunda não pode ser. E quando a segunda falha, há a terceira destinada como é com halters.
Quando a graça é abundante no homem, então o medo da morte é desprezada por conta do amor da retidão. Ele encontra muitos argumentos em sua alma (provando) que é consequente suportar problemas pelo bem do temor a Deus. E aquelas coisas que supostamente fazem mal ao corpo, e rechaçar a natureza injustamente, que consequentemente são de uma natureza que causa sofrimento, são reconhecidos em seu olhar como nada em comparação com o que é esperado ser. E sua mente o convence firmemente do fato que não é possível reconhecer a verdade sem ganhar experiência das afeições, e que Deus confere grande cuidado ao homem, e que ele não está abandonado ao azar. Especialmente aqueles que são treinados em orar para Ele e que suportam sofrimento por Seu bem, vêem (estas verdades) claramente (como se pintadas) em cores. Mas quando a pequena fé se enraiza no coração então todas estas coisas são sentidas como em oposição, não como servindo para nos testar.
E que não somos sempre bem sucedidos na confiança em Deus, e que Deus não te cuida como se supõe, frequentemente se insinuam por aqueles que montam emboscadas e atiram suas flechas no escuro.
A fundação da verdadeira vida do homem, é o temor de Deus. E isto nãoa concede em morar na alma enquanto lá existe a distração das coisas (exteriores). Pois o coração, pelo serviço dos sentidos, está desviado da delícia em Deus.