SANTÍSSIMA TRINDADE — ESPÍRITO SANTO
«El Espíritu Santo en el hombre es un órgano sutil celestial. Cuando le es prodigada la potencia concentrada de la energía espiritual, alcanza el Cielo y el Cielo se sumerge en él. O más bien el Cielo y el Espíritu son una sola y misma cosa. Y este Espíritu no deja de volar, crecer y aumentar hasta que adquiere una nobleza por encima de la nobleza del Cielo. O también podríamos decir: hay en el ser humano piedras preciosas de todo tipo de minas, y todo lo que aspira a encontrar su propia mina original es homogéneo con ella» (§ 59). Pero Najm precisa: hace falta voluntad y esfuerzo para poner en libertad esa energía atractiva. «Nunca he contemplado el cielo por debajo de mí mismo ni en el interior de mí mismo, sin que antes no haya habido en mí un esfuerzo y haya surgido esta queja: ¿por qué no estoy ahora en el Cielo o soy más grande que el Cielo? Pues entonces las nobles piedras preciosas expatriadas experimentan una devoradora nostalgia de su hogar original y acaban por alcanzarlo» (§ 59).
Es pues la meta de esta reunión lo que la orientación asegura: las tierras y los cielos de lo suprasensible, del más allá cuyo umbral es el polo. «Sabe que la apercepción visionaria es doble: está la de abajo y la de arriba. La de abajo es la visualización de todo lo que la tierra — y por tierra entiendo aquí la tierra que está en lo suprasensible (Tierra lucida), no la que está en el mundo físicamente visible — contiene: colores, océanos, luminarias, desiertos, paisajes, ciudades, pozos, fortalezas, etc. La de arriba es la visualización de todo lo que el cielo contiene: sol, luna, astros, constelaciones zodiacales, moradas de la luna. Ahora bien, tú no ves y no percibes una cosa, cualquiera que sea, sino por medio de lo que es semejante a ella (o por una parte de ella misma): la piedra preciosa no ve más que la mina que fue su origen, no tiene anhelo y nostalgia sino de ella. Cuando visualices un cielo, una tierra, un sol, o astros, o una luna, sabe que es porque en ti mismo ha devenido pura la partícula que proviene de esa mina» (§ 60). Sigue la advertencia que hemos leído precedentemente (supra III, 3 in fine) y que condiciona toda la experiencia de lo suprasensible: sea cual sea el cielo contemplado, hay siempre otros cielos más allá, sin límite. (Corbin Homem Luz)
Segundo o terceiro evangelista, quando Jesus tomou a palavra na sinagoga de Nazaré, disse: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu” (Lc 4, 18; Is 61,2). Com seu “recurso” ao AT através do texto de Isaías, dava testemunho Jesus de que a unção recebida do Espírito Santo, a qual o convertia em Cristo (ungido), era um ato próprio do Espírito, e como tal Cristo foi conhecido desde o princípio, e não só em Abraão, senão também em Isaías, quando este “viu sua glória e falou de Cristo”, e por ele foi enviado.
Talvez por isso, na parábola do Amigo Importuno, Jesus propõe “buscai e encontrareis”, o que sempre encontrará o homem, em sua busca, é o Espírito Santo, pois segundo se afirma em Lucas, o Espírito é o que o Pai não nega nunca aos que lho pedem.
*Com certo eufemismo, Mateus chama o Espírito Santo, em lugar paralelo, “coisas boas”: “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?” (Mt 7:11).
Mas que significa isso de “receber” o Espírito Santo? Segundo se conta no evangelho joanico, os discípulos de Jesus “receberam” o Espírito Santo ao tempo que eram “enviados”, porém não se diz ali se o Espírito pousou sobre eles e os ungiu, tal como ocorreu com Jesus no Batismo.
No que se refere ao Espírito, o ensinamento do evangelho é muito comprimido e difícil, mas para apreender o duplo sentido do Cristo, que pode ser oculto e manifesto e que o quarto evangelho enfrenta, devemos aprofundar em seu estudo. Poderemos “ver” então que o duplo sentido em que pode ser “indicado” o Cristo não significa dualidade; senão em todo caso a pluralidade de raios com que pode se oferecer o Cristo oculto.
Em uma passagem de inestimável valor didático diz Paulo Apostolo que “o Espírito se une a nosso espírito para dar testemunho de que somos filhos de Deus” (Rm 8,16). O que sem dúvida quer dizer o Apóstolo é que o espírito, a essência de todo homem, é da mesma natureza do Espírito de Deus; e é esta identidade de natureza com o Espírito a que uma vez consumada nos qualifica a todos os homens como filhos de Deus. Pelo contrário, quando a alma, a consciência psíquica, ignora sua própria essência e não consuma a realidade dessa identidade de natureza com o Espírito, só se pode dizer desse homem psicofísico que é o filho adotivo de Deus.
*Esta é a interpretação que se pode dar a Rm 8,15 que seguimos: “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes com temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Abba, Pai!”.
Em ocasiões, esse homem de consciência psíquica “se volta” para o espírito que é ele, seu verdadeiro Ser, mas que não conhece. Então o busca, o invoca, para acalmar sua angústia de solidão. No curso dessa tribulação queima a alma todos os materiais grosseiros que a conformam por aderência, em uma fogueira na qual o único incombustível é a essência, o espírito. É este o ponto em que o Espírito se une ao espírito, como o mar reúne a uma única gota de sua mesma água em seu seio. Com isto recebe a alma ao Espírito de Deus, e com ele, o testemunho de sua filiação divina. Por isto diz Paulo: “Todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, são filhos de Deus” (Rm 8,14). ( Roberto Pla: Evangelho de Tomé – Logion 44; Evangelho de Tomé – Logion 92 )