Biblioteca de Nag Hammadi (BNH) – Códices

CÓDICE I

Este codex, llamado también Codex Jung, comprende sucesivamente una Oración del apóstol Pablo (en la página de guardas A,1-B,10, seguida de un colofón B, 11-12); la Carta apócrifa de Santiago (1, 1-16, 30); el Evangelio de verdad (16, 31-43, 24); el importante Tratado sobre la resurrección (43, 25-50, 18) y el voluminoso Tratado tripartito (51, 1-138, 25). [KDNH]


CÓDICE II

Este codex es el más grueso y uno de los mejor conservados de los descubiertos en Nag Hammadi. Comprende por orden: el Apócrifo de Juan (p. 1, 1-32, 9); el Evangelio según Tomás (p. 32, 10-51, 28); el Evangelio según Felipe (p. 51, 29-86, 19); la Hipóstasis de los arcontes (p. 86, 20-97, 23); el tratado Del origen del mundo, llamado también Escrito sin título (p. 97, 24-127, 17); la Exégesis del alma (p. 127, 18-137, 27); el Libro de Tomás el atleta (p. 138, 1-145, 23). Esta lista revela, por sus mismos títulos, la importancia del codex. [KDNH]


El Códice II ha sido ya también totalmente publicado. En la Pistis Sophia se dice que Tomás, Felipe y Matias fueron los apostoles a los que Jesus transmitió lo más puro de su doctrina. Este Códice nos entrega, justamente un Evangelio de Felipe, otro de Tomás y un Libro de Tomás. [FGBG]


CÓDICE III

En este codex III encontramos una versión del Apócrifo de Juan (p. 1, 1-40, 11), que vimos ya en el codex anterior bajo una forma más larga; el Evangelio de los egipcios (p. 40, 12-69, 20); Eugnosto el bienaventurado (p. 70, 1-90, 13); la Sabiduría de Jesucristo (o Sofía de Jesucristo) (p. 90, 14-119, 18); y el Diálogo del Salvador (p. 120, 1-149, 23).


La llamada Epístola de Eugnostos el bienaventurado, un documento que se conserva en los Códices III y V, en desigual estado de conservación y que especula fundamentalmente sobre las realidades del mundo trascendente, como el verdadero cosmos, por oposición al inferior o infraogdoádico que es por esencia caótico o desordenado. Nos ofrece esta familiar descripción de la Divinidad Suprema: “Aquel que es indescriptible, ninguna potencia, ni autoridad, ni jerarquia, ni criatura de ningún tipo le ha conocido, desde el establecimiento del mundo, sino sólo Él. Porque es inmortal, eterno e inengendrado … etc.” (71,14-20). Y antes frente a las soluciones filosóficas comunes ante el mundo, el autor del escrito ha sostenido que sólo el que encuentra otra tesis que tiene que ver con el conocimiento del Dios verdadero y lo que le concierne, alcanza la inmortalidad (71,5-10). El régimen emanativo se encuentra en esta fuente bien subrayado, pero en definitivas Cuentas, aqui como en Basilides, el móvil fundamental de la doctrina, su peculiaridad gnóstica, la constituye la novedad radical que aporta ese mencionado conocimiento del Dios de la Verdad, el que recrea al hombre y con él el sentido del mundo que se define por su incorruptibilidad y que es el que se lleva el fuerte de la exposición, desde el Primer Entendimiento, Padre en sí, Autogenerador y Antopós hasta el último de los vestígios del Hijo del Hombre. El sello expositivo del platonismo alejandrino es muy acentuado en éste como en algunos otros documentos de los diversos códices en copto. [FGBG]


CÓDICE IV

Os dois textos do Códice IV já foram utilizados anteriormente: trata-se do Apócrifo de João (p. 1,1-49,28) e do Evangelho dos Egípcios (p. 50,1-81,2). Esta nova versão do Evangelho dos Egípcios é mais corrompida do que a do Códice III, mas talvez seja mais segura: ela permite preencher as lacunas apresentadas no Códice III e chegar a texto mais ou menos completo[[Cf. a edição de A. Boehlig e F. Wisse, The Gospel of the Egyptians (III, 2 and IV,2) (Col. Nag Hammadi Studies, n. 4), E. J. Brill, Leida, 1975.]]. Quanto à nova e terceira versão do Apócrifo de João, longa como a do Códice II, serve para confirmar o papel privilegiado desse escrito entre os textos gnósticos. Sem dúvida, é a visão platônica do divino e do destino, que esse texto apresenta, que faz a originalidade dessa “Bíblia Gnóstica”. Devido às suas opções platônicas, esse catecismo cristão, na realidade, se desligou de sua fonte bíblica. [KDNH]


EUGNOSTO, O BEM-AVENTURADO, o primeiro tratado deste códice, já apareceu no Códice III: aqui, trata-se de uma nova versão do mesmo texto (p. 1,1-17,18). Em seguida, o códice apresenta um interessante agrupamento de apocalipses, os três primeiros de contornos cristãos, o último de inspiração diferente. Trata-se do Apocalipse de Paulo (p. 17,19-24,9), do 1.° APOCALIPSE DE TIAGO (p. 24,10-44,10), do 2.° APOCALIPSE DE TIAGO (p. 44,11-63,33) e do Apocalipse de Adão (p. 64,1-85,32). [KDNH]


CÓDICE V

Este códice apresenta os Atos de Pedro e dos Doze Apóstolos (p. 1,1-12,22), a Bronté ou Trovão (p. 13,1-21,32), o Authentikos Logos (p. 22,1-35,24), o Conceito de Nossa Grande Força (p. 36,1-48,15), República 588b-589b (p. 48,16-51,23), Octoade e Eneade (p. 52,1-63,32), a Prece de ação de graças (p. 63,33-65,7) seguida de nota do escriba e Asclépio copta 21-29 (p. 65,15-78,43). [KDNH]


CÓDICE VI

Trata-se da Paráfrase de Sem (p. 1,1-49,9), do Segundo Tratado do Grande Set (p. 49,10-70,12), do Apocalipse de Pedro (p. 70,13-84,14), dos Ensinamentos de Silvano (p. 84,15-118,7), seguidos de colofão, e das Três Estelas de Set (p. 118,10-127,27), com colofão final. [KDNH]


CÓDICE VII


CÓDICE VIII

Este codex está compuesto por dos tratados: Zostriano (p. 1, 1-132, 9) y la Carta de Pedro a Felipe (p. 132, 10-140, 27). [KDNH]


CÓDICE IX

Este códice apresenta três tratados: Melquisedec (p. 1,1-27,10), Noreia (p. 27,11-29,5) e Testemunho de Verdade (p. 29,6-74,31). [KDNH]


CÓDICE X

Marsano (p. 1,1-68,18), único tratado deste códice X, é longo mas muito mal conservado. O que dele resta parece corresponder bastante ao que Irineu diz dos ensinamentos de Marcos, o Mago, em sua Nota contra as heresias. Marsano é apocalipse atribuído a profeta gnóstico, Marsano. O princípio e o fim do texto encorajam os gnósticos, mostrando-lhes a proteção com que Deus os cerca:

Eles vieram para conhecer: eles o encontraram com coração puro e não foram afligidos pelo mal por ele. Aqueles que vos receberam escolherão a provação[[Provavelmente, a provação do martírio.]] e ele afastará o mal deles (p. 1,11-19).

O profeta sobe progressivamente ao céu e, durante o caminho, descobre os diferentes níveis da realidade e certa aproximação à entidade divina, expressa em termos neoplatônicos:

Quando me informei dessas coisas, percebi que ele havia agido em silêncio. Ele existe desde o princípio no meio daquilo que existe verdadeiramente, aquilo que é parte do Um que existe. Lá há outro que existe desde o princípio, pertencente ao Um que age no Um silencioso. E o Silêncio (…) agiu. Esse Um agiu no silêncio que pertence ao Um incriado entre (os Eões e desde) o princípio ele não teve substância (ousia) (p. 7,1-15).

Após algumas páginas mal conservadas (p. 13-22) ou perdidas (p. 23-24), o autor se lança em uma interpretação mística das letras do alfabeto, expressões da alma humana e dos nomes angélicos (p. 25-42). Este curto exemplo das consoantes basta para ilustrar esse tipo de surpreendentes relações[[cf. Clemente de Alexandria, Stromata, VI, 131,1ss.]]:

E as consoantes existem com as vogais. E, individualmente (ou “parcialmente” ou “por seu turno”), recebem ordens e se submetem. Elas são a denominação dos anjos. E as consoantes existem por si mesmas e, mudando, submetem os deuses ocultos por meio da medida, da altura (do som), do silêncio e da abordagem. Elas chamam as semivogais, que são todas submetidas em acordo (ou “de comum acordo”?). Somente as (consoantes) duplas, imutáveis, subsistem com as vogais (p. 30,3-25).

O tratado termina com novas páginas.danificadas, que parecem tratar da recompensa dos gnósticos, comparada com a alegria de mulher em trabalho de parto que finalmente dá à luz. Em conclusão, este texto tão mal conservado e impenetrável parece um apocalipse, não-judaico ou cristão que insistiria na escatologia com a intenção de revelar o mistério de Deus através das entidades filosóficas e das relações misteriosas das letras e dos números. [R. Kuntzmann e J.-D. Dubois, trad. de Álvaro Cunha]


CÓDICE XI

Este códice abrange os seguintes textos: a Interpretação da Gnose (p. 1,1-21,35), a Exposição Valentiniana (p. 22,1-39,39), seguida de Unção (p. 40,8-29), o Batismo A (p. 40,30-41,38), o Batismo B (p. 42,10-43,20), a Eucaristia A (p. 43,20-38), a Eucaristia B (p. 44,14-37). E dois outros tratados concluem este códice: o Alógeno (p. 45,4-69,20) e o Hypsiphrone (p. 69, 21-72,33). [KDNH]


CÓDICE XII

Este códice, provavelmente copiado por volta de meados do século IV como os demais textos de Nag Hammadi, abrange as Sentenças de Sexto (p. 15,1-34,28), faltando o começo e o fim, o Evangelho da Verdade (p. 53,19-60,30), já encontrado no Códice I, e fragmentos difíceis de interpretar. [KDNH]


CÓDICE XIII

Este códice contém a Protenoia Trimorfe (p. 35,1-50,24) e o texto Sobre a Origem do Mundo (p. 50,25-34), cujo final está perdido, mas que já se encontra no Códice II. Talvez o conjunto fosse precedido de outra edição de Apócrifo de João, bastante aparentado à Protenoia Trimorfe. [KDNH]