DIVINO — VERBO — PALAVRA
VER TAMBÉM: ANDRÉ PADOUX — VAC
É preciso examinar o difícil termo grego logos, e conjecturas sobre um possível desvio na justa interpretação do Evangelho de João, ao se fazer a tradução latina de Logos como Verbum, que veio em seguida a ser traduzido nas línguas ocidentais por Palavra. Em nosso entendimento literal atual, supomos uma referência ao falar de Deus, até mesmo um comando verbal, como o Fiat Lux, o que dificulta ainda mais a compreensão de No princípio era o Verbo.
PERENIALISTAS
René Guénon: VERBO E SÍMBOLO
Si el Verbo es Pensamiento en lo interior y Palabra en lo exterior, y si el mundo es el efecto de la Palabra divina proferida en el origen de los tiempos, la naturaleza entera puede tomarse como un símbolo de la realidad sobrenatural. Todo lo que es, cualquiera sea su modo de ser, al tener su principio en el Intelecto divino, traduce o representa ese principio a su manera y según su orden de existencia; y así, de un orden en otro, todas las cosas se encadenan y corresponden para concurrir a la armonía universal y total, que es como un reflejo de la Unidad divina misma. Esta correspondencia es el verdadero fundamento del simbolismo, y por eso las leyes de un dominio inferior pueden siempre tomarse para simbolizar la realidad de orden superior, donde tienen su razón profunda, que es a la vez su principio y su fin.
René Alleau: ASPECTS DE L’ALCHIMIE TRADITIONNELLE
O Prólogo do Evangelho de João testemunha da continuidade do ensinamento dos mistérios pela diferença estabelecida entre as três «Palavras», a saber entre as três hipóstases do Logos. A primeira Palavra equivale à «palavra interior ao Princípio» ou ao inconcebível pois ela enuncia, simultaneamente, a temporalidade, «No princípio» e a eternidade do Verbo, «era a Palavra». A segunda Palavra se refere à «Palavra concebível»: «e a Palavra estava com Deus». A terceira Palavra é a «Palavra concebida»: «e a Palavra era Deus». Esta tripla diferença é igualmente indicada nos «Provérbios»:
É pela Sabedoria que o Eterno fundou a Terra.
É pela Inteligência que afirmou os céus.
É por sua Ciência que os abismos se abriram.
E que as nuvens distilaram o orvalho.
No simbolismo cristão, a «Sabedoria» pertence ao «Pai», a «Inteligência» ao «Filho» e a «Ciência» é o dom do «Espírito Santo».
O esoterismo extremo-oriental observa distinções análogas entre o «Tao» inconcebível, o «Tao» manifestado ou o «Ming» que não é somente o «Nome» mas também a «Luz verbal» e a manifestação formal regida pelo «Khi» que se poderia traduzir, aproximadamente, pelo termo de «energia formadora».
Mais especialmente, o domínio próprio às «ciências tradicionais», no Oriente como no Ocidente, se refere constantemente à terceira hipóstase do Logos cuja dupla natureza é indicada pelo simbolismo das duas «Serpentes» e dos poderes da «chaves», do «solve et coagula», do manejo do «khi do yin» e do «khi do yang».
O termo «Logos», o verbo, a palavra, repousa provavelmente na raiz indo-europeia «Leuk», brilhar, ser luminoso, do qual derivam o nome de «Deus», o latin «dies», o dia, o sânscrito «divyah», celeste, o grego «dios», divino. A raiz «Leuk» se encontra em «lux», «luz», «luci», velho eslavo, luz, «loche», irlandês, clarão, «lug», gálico, brilhante. O «Logos» parece portanto a luz e o fogo, por excelência, o princípio da manifestação, em sua tri-unidade, «lógica» e «cosmo-lógica». Assim o conhecimento verdadeiro, a ciência verdadeira, são e não podem ser senão iluminativas, o que testemunha a tradição.
SUFISMO
Ibn Arabi: Realidade das Realidades
FILOSOFIA
Michel Henry: ARQUE-GERAÇÃO
GURDJIEFF: THEOMERTMALOGOS