Climacus

PHILOKALIA-AUTORES — SÃO JOÃO CLIMACUS OU CLÍMACO

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Monge do monte Sinai durante meio século, deve o cognome que lhe deram à sua Escada (Klimax), verdadeira súmula da vida espiritual, concebida principalmente para solitários e contemplativos, mas atraente pelo caráter prático e metódico de sua psicologia. A Escada foi abundantemente lida e comentada no Oriente, e depois, no Ocidente. Ela inspirou a iconografia.

Ausente da Filocalia de Macário e de sua tradução eslavônica, aparece sob a forma de extratos na Dobrotolubiye russa. Justa reparação, pois a obra de Clímaco, além de resumir de modo excelente o espírito da Filocalia, é a intérprete mais original da chamada “espiritualidade sinaíta” e a inspiradora menos contestada da renovação hesicasta dos séculos XIII-XIV. Para Clímaco, assim como para Evágrio, a oração (euche) é a mais alta expressão da vida solitária. Ela se desenvolve sobre a eliminação das imagens (eikon) e dos pensamentos (logismos). Daí, a necessidade da monologia, a invocação curta, incansavelmente repetida, que paralisa a dispersão do espírito e alimenta a lembrança constante de Jesus (Kyrie Eleison), verdadeiramente entronizado no coração (kardia). Essa lembrança e sua expressão devem confundir-se com a respiração. Imagem surpreendente ou descrição? é difícil decidir.

Clímaco lembra princípios evidentemente conhecidos de seus leitores e passa adiante. Sua posteridade, Hesíquio e Filoteu, vai mostrar-se mais insistente.

Além da edição greco-latina da P.G. t. 88, cc. 631-1210, será proveitoso reportar-se a L’Échelle sainte ou les degrés pour monter au ciel. traduzida do grego por Mr Arnauld d’Andilly, Paris, 1652. A paráfrase não exclui, nesse trabalho, um grande esforço de fidelidade. Existe, por outro lado, uma tradução italiana recente, acompanhada do texto grego (Scala Paradisi, trad. P. Trevisan, Turim, 1941, 2 vols.).
Jean Gouillard — Pequena Filocalia
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