Sentidos:
- A QUEM YHWH ADICIONA
- YHWH DEVE AUMENTAR
- ELE DEVE AUMENTAR PROGRESSIVAMENTE (DA IMPERFEIÇÃO À PERFEIÇÃO)
Citações: Mt 1:18-25; Mt 2:13-15; Mt 2:19-23; Lc 1:26-38; Lc 2:1-52.
Estas poucas passagens mencionam José, desde a figura de esposo de Maria até a de protetor e responsável, sempre guiado pelos anjos, por Maria e Jesus no princípio de sua manifestação. O que representa esta figuração e este papel no quadro dramático do nascimento de Jesus interiormente em cada um?
Segundo Lincoln Ramos, organizador de uma edição dos Apócrifos em português, a qualificação de “carpinteiro”, dada a José tem um histórico. Os evangelhos canônicos não afirmam explicitamente que José fosse carpinteiro. A expressão grega “techton” e a tradução latina “faber”, que aparecem em Mt 13,55 e em Mc 6,3, designam pessoa que exerce um ofício manual, sem indicar o ramo de trabalho. A especificação do ofício era feita com o acréscimo do termo apropriado e restritivo: faber lignarius = carpinteiro (cf. o italiano falegname); faber marmoris — escultor em mármore; faber ferrarius = ferreiro ou serralheiro, etc.
É muito antiga, no entanto, a tradição de que José e também Jesus tenham sido carpinteiros. A “HISTÓRIA DE JOSÉ” reflete a tradição anterior,
O “PROTO-EVANGELHO DE TIAGO“, escrito apócrifo, provavelmente do fim do séc. XI, informa que José se dedicava à construção de casas (IX,3 e XIII,1).
São Justino (séc. II) afirma no Diálogo com Trifão que Jesus fazia arados (de madeira) e jugos ou cangas de bois (Diálogo 88,18).
De acordo com Orígenes (séc. III), o pagão Celso sabia que Jesus exercera a profissão de carpinteiro (CONTRA CELSO 6,34-36).
O “EVANGELHO DO PSEUDO-TOMÉ“, também do fim do séc. II, diz no XIII: “Seu pai (José) era carpinteiro. Fabricava, naquela época, arados e jugos”.
Os modernos intérpretes dos evangelhos, seguindo a tradição, atribuem à “techton” o sentido preciso de “carpinteiro”.