Jean Tourniac — A Prova do Fogo
*A provação pelo fogo purgativo ou infernal.
*O fogo, veículo ígneo da vida, é o elemento caracterizando o carro que conduz o profeta Elias aos céus sem que passe pela morte corporal. O fogo só não atinge aquilo que não é de mesma natureza que ele; razão pela qual o fundo do inferno dantesco é uma glaciação de extrema densidade. Símbolo da luz e do calor, da inteligência e do amor.
*Dois aspectos: luminoso e calórico.
*A prova de fogo corresponde a sofrimento interior, uma aspiração do amor insatisfeito, uma purificação das obscuridades onde se manifestam a “comunhão dos santos” e a “memória dos defuntos”.
*Fogo melhora a qualidade do metal; consome a corrupção mas também devera o ser corrompido.
*Representante da “Luz de Deus na natureza” segundo as antigas tradições rosacruzes.
*Reabsorção das “alma” e dos “elementos até a quintessência do Corpo glorioso, do inferior ao superior:
||Enrolamento pneumo-anímico da “carne espiritual” póstuma| | |Essências constitutivas do estado humano|Reabsorção no corpo glorioso (de baixo para cima)||V|Yehidah|o unitivo|Éter quintessência|5||IV|Hayah|a vivente eternamente|Fogo|4||III|Neschamah|a espiritualizante|Ar|3||II|Ruah|a repousante sobre as águas límpidas sopros animadores do Espírito divino|Água|2||I|Nephesh|a corporificante informante|Terra|1|| |Gouf|o corpo apodrecível|a matéria grosseira|1 (estado corporal||
*O corpo quintessencial glorioso é aquele do Verbo — (“e o Verbo se fez carne” — ressuscitado. Sua “carne” espiritual e pura, virginal ou incorruptível, é aquela da Virgem, materia prima. Ela corresponde, entre as essências alquímicas, ao Éter “supra substancial” (fórmula do Nosso Pai no Novo Testamento em língua grega: nos dai hoje nosso pão supra substancial”).
*Quanto à “carne de corrupção” que desaparece enquanto tal, sua realidade “informante” (“in-formare”, o que dá forma) é “inclusa” no desígnio “ideal” ou perfeito da Nephesh matricial ordenada às camadas superiores pneumo-anímicas paradisíacas.