“Por que não podemos ver a Deus? Este mundo e o demônio (bem pervertido) na cólera de Deus nos impedem de ver com os olhos de Deus. Não há outro impedimento. Se alguém diz: ‘Não posso ver nada divino’, precisa compreender que a carne e o sangue e as artimanhas do demônio (desejos pervertidos) consistem um obstáculo e impedimento para ele. Se ele pretende penetrar a nova VIDA, caminhar sob a cruz de Cristo, é preciso ter certeza de ver o Pai, seu redentor, o Cristo e também o Espírito Santo”. (Encarnação de Cristo…, II,7).
“Não há centelha de VIDA divina naquele que está sem Deus. Não se deve culpar à Deus por isso, mas a própria pessoa. Tais pessoas tem a si mesmas, e por vontade própria, entraram em tal estado, abafando a consciência elevada, enquanto que a jóia preciosa, embora desconhecida deles, continua oculta no centro. Deixe, portanto, que eles saiam novamente da ignorância intencional ou malignidade, por vontade própria, e entrem novamente na vontade de Deus”. (Encarnação de Cristo…, 3, 5).
“Tua própria audição, vontade e visão te impede de ver e ouvir à Deus. Através do exercício de tua vontade própria tu te separas da vontade de Deus; pelo exercício de tua visão própria, tu vês apenas dentro de teus próprios desejos, enquanto que teu desejo obstrui a tua audição, fechando teus ouvidos com aquilo que pertence as coisas materiais e terrestres. Tudo isso te encobre, de modo que não podes ver o que está além de sua própria natureza humana e supersensual. Mas se ficares quieto, desistir de pensar e sentir com seu próprio ser pessoal, então a audição, a visão e a palavra eterna serão revelados a ti, e Deus irá ver e ouvir e perceber através de você”. — (VIDA Suprasensual…, 1-5).
“O único e verdadeiro caminho através do qual Deus pode ser percebido em Sua Palavra, Essência e Vontade, é quando o homem alcança um estado de unidade consigo mesmo, e quando — não só em sua imaginação, mas em sua vontade, possa deixar tudo o que é eu pessoal, ou o que pertence ao eu: dinheiro e bens, pai e mãe, irmão e irmã, esposa e filhos, corpo e VIDA, quando o seu próprio eu se transforma num nada. Ele deve entregar tudo e se tornar mais pobre que um pássaro no ar, que possui um ninho. O homem não deve ter um ninho para o seu coração neste mundo. Não que se deva fugir de casa, abandonar esposa, filhos ou parentes, cometer suicídio, ou jogar fora suas propriedades, a fim de não estar corporalmente presente; deve-se matar e anular a vontade própria, aquela que clama por todas essas coisas como sua possessão. O homem deve entregar tudo isso ao seu Criador, e dizer com todo consentimento de seu coração: ‘Senhor, tudo é seu’! Sou indigno de governar tudo isso, mas como Tu me colocastes ali, devo cumprir meu dever entregando minha vontade a Ti, de forma total e completa. Aja através de mim da forma que quiseres, a fim de que a Sua vontade seja feita em todas as coisas e em tudo que eu seja chamado a fazer para o benefício de meus irmãos, a quem sirvo segundo o teu mandamento. Aquele que penetra neste estado de resignação suprema entra em união divina com Cristo, a fim de ver ao Próprio Deus. Ele fala com Deus e Deus fala com ele, ele sabe qual é a Palavra”, a. “Essência, e a Vontade de Deus”. (Mysterium, XLI. 54-63).
“É de se lamentar como os homens são guiados de forma tão cega por aqueles cegos, e que a verdade é impedida de se manifestar em sua glória e pureza por causa de nossas concepções das formas e figuras externas; pois quando o poder divino em todo o seu esplendor se torna manifesto e ativo no fundamento interior da alma, a ponto do homem desejar sinceramente abandonar os caminhos desprovidos de Deus e sacrificar todo o seu ser por Deus, então toda a Divindade trina estará presente na VIDA e na vontade da alma, e o céu, onde Deus reside, se abrirá para essa alma.” (Mysterium Magnum…, LX. 43).
“A nossa visão e o nosso conhecimento estão em Deus. Ele revela a todos neste mundo, segundo a Sua vontade, e na medida em que sabe ser útil para ele. Não estamos em possessão de nosso próprio ser. Nada sabemos sobre Deus. O Deus Propriamente dito é o nosso conhecimento e visão. Não somos nada, a fim de que Ele possa ser Tudo em nós. Devemos ser cegos, surdos e mudos, e não saber nada, não tomar conhecimento de VIDA que seja propriedade nossa, a fim de que Ele possa ser a nossa VIDA e a nossa alma, e a fim de que nossa obra possa ser a Sua”. (Encarnação de Cristo…, II. 7,9).
“Quando meu espírito, cheio de sofrimento, movimentando-se como que numa grande tormenta, sinceramente surgiu em Deus, carregando consigo todo o meu coração e minha mente, com todos os meus pensamentos e com toda a minha vontade; quando eu não podia mais parar de lutar contra o amor e a misericórdia de Deus, a menos que sua Benção descesse sobre mim — ou seja, a menos que Ele iluminasse minha mente com Seu Espírito Santo, para que eu pudesse compreender a Sua vontade e me livrar de minha dor, então a luz do Espírito rompeu das nuvens. Enquanto que em meu fervor, lutava poderosamente contra os portais do inferno, como se tivesse mais forças do que as que estavam em minha posse, desejando arriscar a própria VIDA (que teria sido insuportável, sem o auxílio de Deus); após duras lutas contra os poderes das trevas, meu espírito rompeu as portas do inferno, e penetrou a essência mais íntima da Divindade recém-nascida, onde foi recebida com grande amor, tal qual aquele oferecido por uma noiva ao receber seu amado noivo. As palavras não podem expressar a grande satisfação e triunfo que experimentei então; tampouco poderia comparar tal satisfação com qualquer outra coisa, senão com o estado no qual a VIDA nasce da morte, ou com a ressurreição do morto. Durante este estado, meu espírito imediatamente viu através de todas as coisas, e reconheceu à Deus em todas as coisas, até mesmo nas ervas e nas pragas, e soube o que era Deus e qual era a Sua vontade. Então, minha vontade cresceu rapidamente nessa luz, e recebi um forte impulso de descrever o estado divino.” (Aurora, XIX. 4).
“Não sou um mestre da literatura ou das ciências deste mundo, mas um homem de mente simples. Nunca desejei aprender ciência alguma, mas desde tenra idade busquei a salvação de minha alma, e descobrir como poderia herdar ou possuir o reino do céu. Encontrei em meu interior um poderoso contrarium, ou seja, os desejos pertencentes ao corpo e ao sangue; Ingressei numa árdua batalha contra a minha natureza corrupta, e com o auxílio de Deus, decidi superar a vontade demoníaca que havia herdado, vencê-la e penetrar totalmente no amor de Deus no Cristo. Daquele momento em diante, resolvi considerar-me como um morto quanto a minha forma herdada, até que o Espírito de Deus tomasse forma em mim, para que Nele e através Dele, pudesse conduzir a minha VIDA. Isso era praticamente impossível, mas permaneci firme em minha sincera resolução, travando uma dura batalha contra mim mesmo. Enquanto buscava e lutava, com o auxílio de Deus, uma luz maravilhosa surgiu em minha alma. Era uma luz completamente estranha à minha natureza descontrolada; nela reconheci a verdadeira natureza de Deus e do homem, a relação existente entre eles, algo que nunca havia compreendido, e que nunca teria buscado”. (Tilken… 20-26).
“Não temos porque falar que Deus é três pessoas, nesse ponto, mas Ele é ternário em sua evolução eterna. Ele dá nascimento a Si mesmo na trindade; nesse desdobramento eterno continua sendo um ser, nem o Pai, nem o Filho, nem o Espírito Santo, mas unicamente a VIDA eterna ou Deus. A vontade ternária torna-se compreensível em Sua eterna revelação, só quando Ele revela a Si mesmo por meio da natureza eterna — ou seja, na luz através do fogo”. (Mysterium, VII 9 — 12).
“A corporalidade de Deus resulta de Sua essencialidade. Essa essencialidade não é espírito, mas é como se fosse uma impotência, se comparada com o poder onde o Três reside. Essa essencialidade é o elemento de Deus, onde está a VIDA, mas não a inteligência”. (A Vida Tríplice…, V . 53).
“A vontade é como uma VIDA insensível, mas encontra o desejo, e querendo o desejo se constitui num ser. A vontade é superior ao desejo, pois embora o desejo seja uma causa excitante para a vontade, a vontade é uma VIDA sem uma causa e é também inteligência. É, portanto, senhor do desejo. Ela rege a VIDA do desejo e o usa como convém. Essa vontade-espírito eterna, sabemos ser Deus, mas a VIDA ativa do desejo é a natureza eterna”. (Inner Mysterium Magnum…, I I, III 2).
“A fonte do amor é uma detentora e mantenedora da corrente colérica, um superar do poder áspero, pois a brandura afasta o comando do poder duro e pungente do fogo. A luz da paz mantém as trevas aprisionadas e reside nas trevas. O poder rigoroso deseja unicamente o colérico e o aprisionamento na morte; mas a brandura emerge como um doce crescimento, ela desabrocha e supera a morte, dando a VIDA eterna”. (A Vida Tríplice…, II 92).
“A Essência eterna, desejando revelar-se a si mesma (para obter auto consciência), teve que conceber em si uma vontade; mas como em si mesma não havia objeto para sua vontade ou desejo, exceto o Verbo poderoso, que na eternidade tranquila não existia, os sete estados da natureza eterna tiveram que nascer ali. Daí procede então, de eternidade em eternidade, o Verbo poderoso, o poder, o coração e a VIDA da eternidade tranquila e de sua sabedoria eterna”. (A Vida Tríplice…, III 21).
“Cada uma dessas formas divinas de VIDA deseja governar; cada uma possui sua vontade própria. Ao contrário não haveria nem sensibilidade, nem perceptividade, apenas uma eterna tranquilidade. Nenhuma delas faz pressão, a fim de manifestar-se mais do que as outras, todas estão em perfeita harmonia”. (Cons. Stiefel…, II. 348). 38
“Nesse estado não há VIDA ativa ou inteligência; trata-se meramente do primeiro princípio da substancialidade, ou o primeiro começo do transformar-se”. (Três Princípios…, VII . II).
“O movimento divide e atrai o desejo, causando a diferenciação, o que acaba despertando a verdadeira VIDA”. (Clavis, VIII.30).
“Disso resulta a sensibilidade na natureza, e aqui está a causa da diferenciação. A dureza (solidez) e o movimento da VIDA são opostos. O movimento rompe a solidez (expande) e através da atração, também causa dureza (contrai)”. (Tabulae Princip., I.34).
“A terceira qualidade, a angústia, é desenvolvida da seguinte maneira: a adstringência é fixa, o movimento é volátil; uma qualidade é centrípeta, outra centrifuga; mas como são um, e não podem se separar uma da outra (nem do seu centro) tornam-se como uma roda giratória, onde uma força para cima e a outra força para baixo. A solidez fornece substancialidade e peso, enquanto o “amargor” (desejo em movimento) fornece espírito (vontade de liberdade) e VIDA volátil. Tudo isso causa uma circulação dentro e para fora, sem no entanto, ter um destino. Aquilo que a atração do desejo faz com que se torne fixo, torna-se novamente volátil através da aspiração por liberdade. Ocorre então a grande inquietude, comparável a uma loucura furiosa, de onde surge uma terrível angústia”. (Mysterium, III. 15).
“Os três primeiros princípios não são Deus propriamente dito, apenas a Sua revelação. O primeiro destes três estados, sendo um princípio de toda força e poder, origina-se da qualidade do Pai; o segundo, sendo a fonte de toda atividade e diferenciação, surge da qualidade do Filho; e o terceiro, sendo a raiz de toda VIDA, origina-se na qualidade do Espírito Santo”. (Grace, VI. 9).
“Observe como toda VIDA, no mundo externo, atrai para si o seu alimento. Irás reconhecer como a VIDA origina-se da morte. Não pode haver VIDA sem que aquilo de onde a VIDA se expressa, surja em suas formas. Todas as coisas tem que entrar num estado de angústia para reter o raio de luz, e sem isso não haverá ignição”. (Encarnação de Cristo…, II. 5).
“Se algo se torna àquilo que não era antes, isso não se constitui um princípio; um princípio está onde uma forma de VIDA e movimento começa, o qual não existia anteriormente. Desta forma, o fogo é um princípio, assim como a luz que nasce do fogo, mas que, contudo, não é uma qualidade do fogo, mas tem uma VIDA própria.” (Seis Pontos Teosóficos…, II. I).
“Os primeiros três princípios são meramente qualidades condutoras da VIDA; o Quarto é VIDA propriamente dita, mas o quinto é o verdadeiro Espírito. Toda vez que esse poder se envolve do fogo, vive em todos os outros e transformando-os em sua própria natureza doce, de modo que a dor e a inimizade não podem ser encontradas ali, de forma alguma”. (Tabulae Principice, I. 46).
“A Quinta Qualidade é o verdadeiro fogo-amor, que na Luz separa-se do fogo doloroso, e onde o amor divino aparece como um ser substancial. Ele tem consigo todos os poderes da sabedoria divina; é o tronco ou o centro da árvore da VIDA eterna, onde Deus, o Pai, revela-se em Seu Filho através do Verbo pronunciado”. (Grace, III. 26).
“A Sexta forma da natureza eterna é a VIDA inteligente ou som. As qualidades estando num estado de equilíbrio na luz (a Quinta), agora se regozijam e tornam-se audíveis. Com isso, o desejo da unidade entra num estado de (consciência) querendo e atuando, percebendo e sentindo”. (Tabulae Principice, I. 48).
“Para constituir a VIDA audível, ou o som dos poderes, é necessário solidez e brandura, o compacidade, delgadeza e movimento. Para constituir o sexto princípio, portanto, se faz necessária a presença de todas as outras qualidades da natureza. A primeira forma fornece a aspereza, a segunda o movimento, através do qual a terceira divisão ocorre. O fogo transforma a aspereza da essência concebida ao consumi-la num ser espiritual, representando delicadeza e suavidade, e esta se forma num som, de acordo com as qualidades que contém”. (Mysterium, V. II).
“O Pai Eterno manifesta-se no fogo; o Filho manifesta-se na luz do fogo; o Espírito Santo manifesta-se no poder da VIDA e no movimento que emana do fogo e da luz”. (Assinatura…, XIV 34).
“Ele gera a si mesmo num aspecto ternário, e nessa geração eterna deve-se compreender uma única essência e geração; nem o Pai, nem o Filho; mas unicamente a VIDA eterna, ou Deus”. (Myst. Magn., VII . II).
“A semelhança de Deus, tendo sido vista na sabedoria de Deus desde toda eternidade, e na qual Deus criou o Homem, era sem VIDA e sem substancialidade antes do princípio dos tempos deste mundo. Era um mero reflexo da imagem onde Deus viu como Ele seria numa imagem”. (Stief, II. 123).
“A cólera (o fogo) é a raiz de todas as coisas e a origem de toda VIDA; nela está a causa de toda força e poder, e dela emanam todas as maravilhas (manifestação de poder). Sem aquele fogo não haveria consciência, mas tudo seria um mero nada”. (Três Princípios… XXI. 14).
“O mysterium magnum é o Caos de onde se origina o bem e a mal, luz e trevas, VIDA e morte. É o fundamento ou ventre de onde emanam almas, anjos e todos os tipos os outros tipos de seres, e onde estão contidos como numa causa comum, comparável à uma imagem que está contida num pedaço de madeira antes que o artista a corte”. (Clavis, VI 23).
“Ainda hoje, o ato de criação continua, e não terá fim até a chegada do Julgamento de Deus. Então, aquilo que cresceu na santa árvore da VIDA irá separar-se das ervas e espinhos”. (Três Princípios… XXIII.25).
“Há uma VIDA superior à VIDA neste mundo, na eternidade. O espírito deste mundo (a mente terrestre) não pode conceber a sua natureza. Ela contém em si todas as qualidades desta VIDA terrestre, mas não em essências inflamadas como no último. Verdadeiramente, ela também contém um fogo, e muito poderoso, mas que queima de forma diferente; ele é doce, humilde e sem dor; ele não consome, mas causa majestade e esplendor vivo, seu espírito é puro amor e alegria”. (A Vida Tríplice…, VIII. I).
“Cada anjo que deseja viver na luz e poder de Deus deve abandonar o egoísmo da dominação do fogo no desejo; deve render a si e tudo o que lhe pertence à vontade de Deus; deve morrer com relação à sua vontade própria e desdobrar-se na luz do amor, como um fruto do amor divino, a fim de que a vontade-espírito (a vontade espiritual) de Deus comande sua VIDA”. (Stiefel 11. 49).
“No raio de luz, a quarta forma da natureza, está a origem da VIDA, ela contém a perfeição na constância do fogo. Aqui, no objeto da divisão, nasce o espírito, que pode voltar e penetrar com sua imaginação em sua mãe, o mundo de trevas, ou ir em frente, e através da morte afundar-se na angústia do fogo, e explodir na VIDA. O espírito é livre, e, portanto cada um desses dois caminhos estão dentro de sua escolha”. (Pontos Teosóficos, VII. 2).
“A VIDA da criatura eterna era em seu princípio inteiramente livre, porque estava em temperatura harmoniosa e apropriada. Os anjos foram criados pelo céu, e mesmo se o mundo de trevas, com o reino da fantasia estivessem contidos ali, era numa condição latente, e não manifesta. Pela ação da vontade livre nos anjos caídos o mundo das trevas tornou-se objetivo neles; porque estavam inclinados para a fantasia (especulação), e consequentemente essa tomou posse deles, surgindo em essência”. (Graça, IV. 45).
“Se nos lançarmos no desejo terrestre, seremos por ele capturado, e a angústia do abismo será o nosso senhor. Mas se pelo poder de nossa vontade nos elevarmos acima deste mundo, então o mundo da VIDA irá capturar nossa vontade, e Deus será nosso Senhor”. (Pontos Teosóficos, VI.5)
“Antes dos tempos da cólera, havia no lugar desse mundo as seis fontes espirituais, gerando a sétima de forma suave e doce, como ainda acontece no céu, e não crescia ali nem sequer uma gota de cólera. Tudo o que existia era luz e transparência, sem a necessidade de outra luz, pois a fonte do amor com o coração de Deus estava iluminando tudo. A natureza era então muito etérea, e tudo permanecia num grande poder. Mas tão logo se deu o início da guerra dos demônios orgulhosos, tudo tomou uma outra forma e modo de ação. A luz se extinguiu na geração externa; consequentemente, o calor tornou-se aprisionado na corporalidade, não podendo mais gerar sua própria VIDA. Por causa disso, a morte penetrou a natureza e a natureza se degenerou. Uma nova criação da luz se fez necessária, sem o que a terra teria permanecido na morte eterna”. (Aurora, XVII. 2 IV.15).
“A água da VIDA separou-se da água da morte, de tal forma que no tempo deste mundo elas encontram-se unidas como o corpo e a alma. Mas o céu, tendo sido feito da parte do meio da água, é como um abismo entre os dois, de modo que a água concebível é a morte, mas a inconcebível é a VIDA”. (Aurora, XXI. 7).
“Quando a luz contida na água doce penetrou o espírito amargo, o raio de luz, inflamando-se na água, na qualidade morta, dura e amarga, provocou um movimento em todas as coisas, surgiu a mobilidade (a VIDA) na existência, não somente no céu acima da terra, mas também na terra. A VIDA começou a ser gerada em todas as coisas, e a terra produziu as plantas, ervas e árvores; dentro da terra se formaram a prata, o ouro e os metais de vários tipos”. (Aurora, XXI. 132; XX. 6).
“Quando a luz apareceu novamente no exterior, não concebível, o Verbo fez surgir a VIDA da morte, e o salitre corrupto produziu frutos novamente; mas isso tinha que ocorrer em certa relação com o estado depravado existente na cólera, e como a produção dos frutos veio da terra, tinham que ser bons e maus”. (Aurora, XXI 19).
“Até o terceiro dia depois da ignição da cólera de Deus no mundo, a natureza permaneceu na ansiedade, e era um vale de trevas na morte; mas no terceiro dia, quando a luz das estrelas começou a se acender na água da VIDA, a VIDA rompeu a morte, e uma nova geração teve início”.(Aurora, XXIV. 41).
“Há na terra, acima de tudo, a qualidade amarga. Esta contrai o salitre e solidifica a terra, tornando-a um ser corporal, formando corpos de vários tipos, tais como rochas, metais e múltiplas raízes. Na ocasião desta formação, não há VIDA que permita o crescimento e a expansão. Mas quando o calor do sol age sobre o solo, várias formações prosperam e crescem na terra”. (Aurora, VIII. 41).
“Na morte, no centro, no corpo ou ainda na substância corporal da terra, Deus despertou a tintura, com seu brilho, esplendor e luz, onde está contida a VIDA da terra; mas na profundeza acima do centro Ele deu o sol, que é uma tintura de fogo, e que com seu poder, alcança a liberdade fora e além da natureza, e de onde a natureza recebe seu esplendor. Ele é a VIDA de todo o círculo das estrelas, e todas essas estrelas são Seus filhos. Não que ele contenha suas essências, mas a VIDA deles surgiu de seu centro, no princípio”. (A Vida Tríplice… IV. 27).
“Assim como o sol é o coração da VIDA e origem de todos os espíritos no corpo deste mundo, Saturno é o princípio de toda corporalidade e tangibilidade. Desta forma, seu princípio e descendência não vêm do sol; sua origem é a intensa, azeda e severa ansiedade de todo corpo deste mundo”. (Aurora, XXVI I).
“O Mercúrio é agitador, barulhento e retumbante; mas ainda não possui a verdadeira VIDA. Essa se origina no fogo. Assim, ele deseja a essência tempestuosa e penetrante, para fazer com que surja o fogo, que é Marte”. (A Vida Tríplice… IX 78).
“Quando o sol se inflamou, o terrível raio de fogo saiu da localidade do sol para uma região superior como um furioso rompimento de relâmpago, que se torna Marte. Este é um tirante, um elemento de atrito, aquele que coloca em movimento todo o corpo do mundo, para que toda VIDA tire dele sua origem”. (Aurora, XXV 72).
“Tão logo os espíritos de movimento e de VIDA, através da ignição da água, surgiram da localidade do sol, a brandura, sendo a base da água, penetrou e envolveu com o poder da luz, numa direção inferior, do modo da humildade, o que trouxe à existência o planeta Vênus”. (Aurora, XXVI 19-33).
“Quando o terror ígneo fora capturado pela luz, esta, através de seu próprio poder e sendo uma VIDA doce e de exaltação, elevou-se ainda mais das profundezas, até chegar no lugar duro e frio da natureza. Ali permaneceu, e deste poder veio à existência o planeta Júpiter” (Aurora, XXV 76-82).
“O firmamento do céu, feito do meio das águas, é uma geração que penetrou através da geração congelada e externa, quer dizer, através da morte, trazendo à tona a VIDA sideral, tais como animais, homens, pássaros, peixes e vermes”. (Aurora, XX. 60).
“Todas as criaturas, foram criadas da VIDA de baixo e da VIDA de cima. A matriz da terra forneceu o corpo e as estrelas, o espírito”. (A Vida Tríplice… XI 7).
“Os anjos são criados de dois princípios, mas a alma com o corpo da VIDA exterior é criada de três princípios. Portanto o homem é superior aos anjos, contanto que permaneça em Deus”. (Quarenta Questões… I 263).
“Na VIDA do homem há três estados que devem ser distinguidos um do outro — primeiro, o mais interno, ou seja, Deus eternamente oculto no fogo; segundo, a parte do meio, que desde a eternidade permanece como uma imagem ou semelhança nas maravilhas de Deus, comparável a uma pessoa que se vê no espelho; terceiro, essa imagem viva que recebe ainda um outro espelho na criação, onde se observou, ou seja, o espírito do mundo externo, ou o terceiro princípio, que também é uma forma (estado) do Eterno”. (A Vida Tríplice…, XVIII. 4)
“Se Moisés diz que Deus criou o homem de um monte de barro, e que soprou nele o sopro da VIDA, não se deve compreender com isso que Deus tenha atuado de maneira pessoal — como se fosse um homem tomando um punhado de barro para fazer um corpo; mas o Fiat, ou seja, o desejo do Verbo, estava contido no modelo do homem percebido eternamente, que permaneceu no espelho da sabedoria, e que extraiu os Ens (o princípio) de todas as qualidades da terra (matéria) num corpo, e essa era a quinta-essência feita dos quatro elementos”. (Grace, V. 27).
“Os espíritos originais, no todo, não podiam ser imediatamente inflamados pela alma, pois a alma era apenas uma semente no todo, oculta no coração de Deus em seu céu, até que o criador expandisse o todo pelo Seu sopro. Então os espíritos originais inflamaram a alma, fazendo com que corpo e alma vivessem imediatamente. A alma realmente possuía sua VIDA antes que o corpo existisse; mas ela encontrava-se no coração de Deus, oculta no todo e no céu, e nada mais era do que uma semente santa, um centro de poder em Deus”. (Aurora, XXVI. 126).
“Todos os seres humanos são fundamentalmente somente um homem. Este Homem é o tronco, o resto são os ramos, recebendo todo seu poder do tronco, e produzindo fruto de uma mesma raiz. Que loucura é isto, então, se o ramo quer ser uma árvore ele mesmo, como se o ramo próximo a ele não fosse do mesmo tronco. Deus deu ao homem somente uma VIDA, e a VIDA de todos os homens vêm deste único Homem”. (Mysterium Magnum, XXIV, 15).
“Deus criou Adão para (desfrutar) a VIDA eterna, no Paraíso, num estado de perfeição paradisíaca. O amor divino iluminava o seu interior, assim como o sol ilumina o mundo” (Cons. Stiefel…, I. 36).
“No Paraíso existe a VIDA perfeita, sem distúrbios, e o dia perpétuo; o homem paradisíaco é claro como um vidro transparente, plenamente penetrado pela luz do sol divino”. (Assinatura…, XI.51).
“O homem primordial ainda fixo no Paraíso, encontrava-se num estado tal como o tempo está diante de Deus e Deus no tempo. Assim como o tempo é um mero espetáculo diante de Deus, a VIDA externa do homem era um espetáculo diante do homem santo e interior, a verdadeira imagem de Deus”. (Mysterium, XVI 8).
“’Éden’, quer dizer a localidade, mas ‘Paraíso’ é o fluxo ou a VIDA de Deus na harmonia divina”. (Cartas, XXXI 28).
“Em Adão estava manifestado o reino da graça, a VIDA divina, porque vivia na temperatura (harmonia) das qualidades, mas ele não sabia que Deus estava revelado nele. Do mesmo modo sua vontade-própria não sabia o que era bom, pois até então não havia experimentado mal algum. Como poderia haver qualquer satisfação se nenhuma dor era conhecida?” (Grace, IX 15).
“Adão foi concebido no amor de Deus e nasceu neste mundo. Tinha posse de uma substancialidade divina e sua alma era de vontade, o primeiro princípio, a qualidade do Pai. Essa vontade deveria ser dirigida, juntamente com sua imaginação, no coração do Pai, ou seja, no Verbo e no Espírito do amor e da pureza. A alma humana reteria então, a substância de Deus no Verbo da VIDA”. (Encarnação de Cristo…, I 10 2).
“Sendo a alma essencial e sua substância um desejo, fica claro que está em dois tipos de Fiat. O primeiro é sua própria propriedade-alma; o outro pertence ao segundo princípio, emanado da vontade de Deus na alma. A alma deseja Deus, a fim de se tornar Sua imagem e semelhança; esse desejo de Deus atua como um Fiat em seu próprio centro; pois o desejo de Deus quer possuir a alma. Por outro lado, ela própria deseja possuir o centro no poder do fogo, onde a VIDA da alma se origina”. (Eye, VII).
“A vontade da alma é livre, e ela pode mergulhar no nada de si mesma e se conceber como o nada, quando irá despontar como um ramo da árvore da VIDA divina, e provar do amor de Deus; ou poderá em sua vontade-própria surgir no fogo e desejo de se tornar uma árvore separada”. (Quarenta Questões… II. 2).
“No homem primordial, antes da queda, as qualidades para a diferenciação e auto satisfação estavam em igual poder-vontade, e o desejo de cada uma era introduzido na unidade de Deus. Isso provocou a inveja do demônio e ele enganou as sete qualidades da VIDA, despertando nelas um desejo pervertido, persuadindo-as de que eram boas, e que se tornariam sábias, se as qualidades de cada uma de acordo com sua espécie, entrasse em harmonia própria, e que nesse caminho o espírito provaria e reconheceria o bem e o mal”. (Tabulae Principice, 68).
“A previsão divina reconheceu que o demônio estava preste a separar a humanidade, introduzindo-a no desejo demoníaco; portanto, Deus colocou diante dela a árvore da VIDA e a do conhecimento do bem e do mal; com isso deu-se início à ruptura (morte) do corpo externo. Ele assim o fez para que o homem buscasse o centro do mundo de trevas”58 (Mysterium, XVII 38).
“O princípio externo é a causa de um combate contínuo. Causa combates contínuos entre animais, pois todos os animais são um fruto do terceiro princípio, e têm a VIDA daquele princípio; tanto seu espírito e corpo. Tudo que se move neste mundo, e também o homem, até onde concerne seu corpo visível e seu espírito (mundano) em carne e sangue, é também um fruto daquele princípio, e nada mais”. (Seis Pontos, III, 53).
“A palavra movimentou o Fiat em todas as formas da natureza eterna, na harmonia com o mundo de luz e o mundo das trevas; assim, o desejo da qualidade dos dois mundos passaram a existir. Isso fez com que o bem e o mal tivessem sua origem na essencialidade, e através disso foi criado o mundo visível externo, com as estrelas e elementos como uma VIDA particular”. (Cons. Stiefel…, I 31).
“A Divindade, a luz divina, é o centro de toda VIDA, e como na manifestação de Deus o sol é o centro da VIDA”. (Assinatura…, IV 17).
“Tudo o que vive e existe é despertado e trazido à VIDA pelas estrelas, pois elas não são apenas fogo e água, mas também possuem dureza e maciez, amargura e doçura, todos os poderes da natureza e tudo o que está contido na terra”. (A Vida Tríplice… VII 46).
“As estrelas são a quinta-essência, na quinta forma dos elementos, e por assim dizer, a VIDA dos quatro”. (A Vida Tríplice…, VII 45).
“Se você observar a terra e as pedras irá reconhecer que há uma VIDA ali; pois, se assim não fosse, não haveria nem ouro, nem prata, nem ervas, nem grama”. (Aurora, XIX 57).
“A terra está girando porque possui dois fogos, o fogo frio e o quente, e aquilo que está embaixo sempre deseja elevar-se em direção ao sol, porque a terra recebe espírito e poder unicamente do sol. Portanto, ela está girando. O fogo, seu desejo de luz, a faz girar, pois ela deseja ser inflamada e ter VIDA própria. Tendo, contudo que permanecer na morte, até que deseje e atraia a VIDA que está acima, abrindo seu centro para sempre receber a tintura e fogo do sol”. (A Vida Tríplice… XI 5).
“Cada coisa é como um fogo. Contudo, a tortura do fogo não é uma VIDA verdadeira, mas a tintura que se origina do fogo”. (A Vida Tríplice… VIII 18).
“Deus também produz o segundo princípio em Seu amor, de onde gera, de eternidade em eternidade Seu coração e verbo eterno, e o espírito inflama o elo da natureza, e a torna luminosa no amor e na VIDA de Seu coração, pelo poder da luz. Da mesma forma, a alma do homem deseja penetrar o segundo princípio e manter sua ânsia no poder de Deus”. (A Vida Tríplice…, I II-13).
“Não se deve supor que o Ego celestial do homem se tornou um nada. Ele permaneceu com ele, mas em sua VIDA (pessoal) ficou como que um nada. Estava oculto em Deus e inconcebível ao homem, sem VIDA (manifestada)”. (Mysterium XX 28).
“A essência da alma, que emana da vontade insondável, não morreu. Nada pode destruí-la. Ela permanece para sempre um vontade livre. Mas perdeu o estado divino, onde queimava a luz de Deus e o fogo de Seu amor. Não que esse amor havia se tornado um nada, embora isso tenha ocorrido na alma criada (não manifestada) e inconsciente; mas o santo poder, ou seja, o espírito de Deus, que era a VIDA ativa ali, tornou-se oculto” (Grace, VI 2).
“Não foi por nada que Deus soprou nas narinas de Adão o espírito externo, a VIDA externa. Adão teria se tornado um demônio, tal como Lúcifer, mas o espelho externo evitou tudo isso”. (Quarenta Questões… XVI 2).
“Muitas almas, com sua malignidade, se tornariam demônios em uma hora se a VIDA externa não evitasse, de modo que sua completa ignição não pode ocorrer”. (Quarenta Questões…, XVI 12).
“A alma penetrou com Adão uma habitação estranha, ou seja, o espírito deste mundo. Há, de fato, quatro habitações nas quais aquela jóia preciosa está aprisionada. Destas quatro, há sempre uma especialmente manifestada na pessoa, não as quatro, de acordo com os quatro elementos que se encontram dentro do homem; um deles sempre predomina na VIDA da pessoa. Esses quatro estados, formas ou temperamentos são conhecidos como: colérico ou bilioso, sanguíneo, fleumático ou linfático e o melancólico ou nervoso. No temperamento colérico está manifestada a natureza e qualidade do fogo; no sanguíneo, a do ar; no fleumático, a da água e no melancólico, a qualidade do elemento terra”. (Quatro Complexões…, I.6).
“Se Deus houvesse criado o homem para esta VIDA animal, doentia, de pavorosa perversão, corruptível e terrestre, Ele não o teria colocado no Paraíso. Se Sua intenção original fosse que a humanidade se procriasse como os brutos, Ele os teria feito homem e mulher desde o princípio”. (Mysterium, XVIII 5).
“Adão era uma completa imagem de Deus, macho e fêmea, não separados, mas puro como uma casta virgem. Ele tinha em si o desejo (poder) do fogo e da luz, a mãe do amor e da cólera, e o fogo dentro dele amava a luz, recebendo dela quietude e beneficência; enquanto que a luz amava o fogo como sendo a sua VIDA, do mesmo modo que Deus,em Sua qualidade de Pai, ama o Filho e o Filho ama o Pai”. (Cons. Stiefel…, II 35 I).
“A alma é a causa da existência de todos os membros necessários para a VIDA do homem, pois sem a alma nenhum órgão chegaria à existência para viver na VIDA do homem”. (Três Princípios… XIV 14).
“O desejo de conjunção nos homens e mulheres resulta da separação da tintura do fogo e da luz em Adão. Esses princípios em sua própria essência são ainda mais nobres e puros que a carne. É verdade que agora estão separados, e não contém a verdadeira VIDA; mas estão cheios de desejo por aquela VIDA verdadeira, e quando se encontram novamente na unidade de todos os seres, despertam a verdadeira VIDA para qual seu desejo está direcionado. Querem ser novamente o que eram na imagem de Deus quando Adão era homem e mulher” (Cons. Stiefel…, II 388).
“Ainda que uma alma seja um galho da árvore, ela é, no entanto, um ser individual. Portanto, uma criança depois que nasce, tem uma VIDA própria, e o centro da natureza está dentro de seu próprio poder”. (Quarenta Questões…, VI 2).
“Deus deseja que toda a humanidade seja salva. Ele não deseja a morte do pecador, mas que ele se transforme, e volte-se novamente para Deus, encontrando Nele a VIDA”. (Três Princípios…, Preface, I 6).
“Não havia outra salvação para a imagem divina no homem a menos que a divindade se movimentasse de acordo com o segundo princípio, ou seja, de acordo com a luz da VIDA eterna, e pelo poder do amor reascendendo a substancialidade (da alma) que estava aprisionada na morte”. (Encarnação de Cristo…, I II 22).
“A alma separou sua vontade da vontade do Pai g penetrou na luxúria desta VIDA. Não haveria outra forma de redenção, exceto que a vontade pura do Pai penetrasse outra vez em sua substância trazendo-a novamente ao estado que ocupava primeiramente, de modo que sua vontade fosse novamente direcionada para o coração e luz de Deus”. (Três Princípios…, XXII 67).
“Deus falou na imagem de Adão, enfraquecida com relação à sua VIDA divina, Sua palavra santa, ‘A semente da mulher esmagará a cabeça da serpente’. Pela ação desta voz a alma destituída recuperou a VIDA divina, e essa mesma voz (consciência interna) foi perpetuada de homem a homem como o pacto da misericórdia”. (Grace, VII 16).
“Depois da queda, Iahweh pronunciou o nome de Jesus em Adão numa VIDA real; ele o manifestou no ser celeste, enfraquecido por conta do pecado. Em consequência desse pronunciamento, houve um despertar da morte espiritual ou do estado de morte, onde Adão havia mergulhado; um desejo divino foi novamente despertado, era o princípio da fé. Esse mesmo desejo separou-se da qualidade do falso desejo, formou uma imagem e Abel veio à existência; mas Caim era o produto da qualidade da alma de Adão, de acordo com sua luxúria terrestre”. (Grace, IX 101).
“O assassinato do corpo externo de Abel, por Caim, simboliza que o homem externo tem que ser mortificado na cólera de Deus. A cólera tem que matar e consumir a imagem externa que cresceu na cólera, mas de sua morte surgiu a VIDA eterna”. (Mysterium, XXVIII 14).
“Adão, através de sua Eva, produziria ainda um novo ramo da árvore da VIDA, um filho, cuja imagem poderia ser similar e semelhante à Adão, chamado Set (uma raça); nele um raio da vontade-amor está preservado dentro da vontade ígnea; tal raio ainda se encontrava aprisionado pela essência do mundo externo, a casa corrupta (matéria que mais tarde se tornaria) carne”. (Mysterium, XXIX 24).
“Os gentis adoravam o sistema planetário e os quatro elementos; eles tinham o conhecimento de que esses regiam a VIDA externa de todas as coisas. Assim, através da palavra concebida intelectualmente penetravam a igualmente a palavra concebida e formada (manifestada). Por outro lado, o espírito da palavra formada da natureza tornou-se parte deles, sendo que um intelecto passava para o outro. O intelecto humano movimentou a inteligência com a alma do mundo externo tão longe o desejo deste permitiu, e através desta inteligência (que reside na luz astral ou mente do mundo externo) o espírito profético para fora do Espírito de Deus indicando a eles, como que nos tempos futuros a palavra formada da naturezxa externa se manifestaria na construção e na destruição dos reinos, etc. Fora desta alma do mundo, os gentis recebiam respostas através de suas imagens e ídolos, porque a fé que introduziram neles tão fortemente, os movimentavam; esta não foi, portanto, uma total obra do demônio, como”. supunham aqueles que, nada sabendo sobre os mistérios, tornam o demônio responsável por tudo, enquanto ignoram até mesmo o que Deus e o diabo são”. (Mysterium, XXXVII 10-13).
“Deus desejou cheirar (durante o sacrifício) nada além do que a vontade do homem, ou seja, a VIDA humana, a qual, antes do tempo deste mundo encontrava-se dentro da palavra de Deus — não ainda como um ser criado, mas como um poder, soprado na imagem criada. Isso é o que foi “cheirado” por Deus através do sacrifício e na essência de Cristo ou a graça, comunicada ao homem e foi o que reajustou a vontade por meio da graça no fogo resultante da combinação do fogo-vida humano e do fogo-amor divino, constituindo assim um verdadeiro sacrifício do pecado e da restituição, porque o pecado foi sacrificado ao fogo da cólera divina, para que ali fosse consumido”. (Communion, I 32).
“O Verbo da promessa, que era para os judeus uma espécie de antítipo, ou como uma imagem no espelho, onde o pai colérico imaginou e onde extinguiu Sua cólera, começou a se movimentar essencialmente, como se não tivesse se movimentado desde a eternidade; pois, quando o anjo Gabriel trouxe a Maria a mensagem de que teria um filho, e quando ela expressou seu desejo dizendo: ‘Que seja feita a tua vontade’, o centro da Santíssima Trindade movimentou-se; isso quer dizer que, a virgindade eterna perdida por Adão, se abriu nela, no Verbo da VIDA. O fogo do amor divino no ser de Maria, na essência virginal corrompida em Adão, fora novamente restaurado”. (Encarnação de Cristo…, I 8, 3. 4).
“O verdadeiro ser da humanidade, que havia morrido e desaparecido (tornou-se latente) em Adão, despertou-se novamente para a VIDA em Maria; ela tornou-se altamente exaltada, como o homem antes da queda. Nada disso ocorreu por seu próprio poder, mas pelo poder de Deus. Se o centro de Deus não houvesse se movimentado dentro dela, ela não teria sido diferente de todas as outras filhas de Eva”. (Encarnação de Cristo…, I 8. 5).
“Quando Deus movimentou-se em Maria como Seu desígnio, ela foi então altamente abençoada, e nesta benção do Redentor ela se tornou impregnada. Ora, sabe-se que a semente do homem comunica suas qualidades ao corpo. Quando a VIDA divina penetra a essência da semente (poder) de Maria, seu corpo todo, que então envolvia o corpo da imagem (divina), tornou-se abençoado e vivificado por este maravilhoso movimento de Deus. O reino externo deste mundo não foi com isso separado de Maria, ela ainda estava aprisionada ali; mas a tintura de seu sangue tornou-se iluminada com a tintura divina; ou seja, com a tintura da semente; comunicando suas qualidades à forma corpórea”. (Tilk I. 331).
“A VIDA de Cristo não começou a se movimentar imediatamente, no momento da concepção, nem de qualquer forma sobrenatural, isso ocorreu no momento natural apropriado, da mesma forma que os filhos de Adão. Em nove meses cresceu para ser um ser humano completo, e nasceu como todos os outros filhos de Adão. Ele poderia ter nascido magicamente, mas se isso tivesse ocorrido ele não estaria neste mundo de forma natural”. (Encarnação de Cristo…, I 10).
“O homem deve, novamente, deixar o espírito dos planetas e elementos e penetrar um novo nascimento, na VIDA de Deus. Isso a alma não pode realizar pelo próprio e, portanto, a VIDA de Deus que emana do amor e da misericórdia veio até nós em carne e tomou nossa alma humana novamente para si, na VIDA divina, no poder da luz; assim, nesta VIDA devemos ter um novo nascimento e penetrar em Deus” (A Vida Tríplice…, I 17).
“Como nos afastamos da liberdade do mundo angélico e adentramos a tortura escura, o poder e o verbo da luz tornou-se homem, e nos conduziu para fora das trevas, através da morte no fogo para a liberdade da VIDA divina, na essencialidade divina. O Cristo tinha que morrer e penetrar a essencialidade divina através do inferno e através da cólera da natureza eterna, para abrir um caminho para a nossa alma através da morte e através da cólera, onde devemos entrar com Ele pela morte, na VIDA divina”. (Encarnação de Cristo…, I 3, 7).
“Após o demônio ter falhado por duas vezes, ele se aproximou com a última e poderosa tentação (dizendo) que lhe daria todo o mundo se ajoelhasse e o adorasse. Adão já havia estado ansioso pela possessão deste mundo; ele desejou torná-lo seu; mas ao proceder desta forma, Adão afastou-se de Deus e foi capturado pelo espírito deste mundo. Agora, o segundo Adão havia que se submeter à essa tentação do primeiro Adão. Havia que ser testado se a alma permaneceria com o homem novo, santo e celestial, vivendo na graça de Deus ou no espírito deste mundo. Mas a alma de Cristo disse ao demônio: “Afasta-te de mim, Satã! Pois está escrito: ‘Deves adorar ao Senhor teu Deus, e Servir à Ele unicamente!’. Assim, o valente guerreiro conquistou, e o demônio teve que partir; tudo o que é terrestre foi superado pelo Cristo. Agora o Senhor está acima da lua, e tem todo o poder no céu e no inferno; Ele é Mestre da VIDA e da morte. Ele deu início ao Seu reino sacerdotal com sinais e milagres. Ele transformou a água em vinho, tornou são o doente, fez com que o cego enxergasse, e o coxo andasse e até despertou o morto para a VIDA. Ele se sentou na cadeira de Davi e passou a ser o verdadeiro sacerdote na ordem de Melquisedeck”. (Três Princípios…, XXII 3).
“Cristo, o homem interior, tomou nossos pecados para Si, e deixou o corpo, no qual havia derramado a maldição de Deus, pendurando na Cruz como uma maldição de Deus. Assim Ele morreu, e em Sua morte espalhou Seu sangue, o sangue do homem santo, na essência do homem externo, onde reside a morte. Mas quando seu sangue santo penetrou a morte (com a essência externa), então a morte se tornou terrificada diante da VIDA santa, e a cólera, terrificada diante do amor, e caiu em seu próprio veneno, como que morta ou aniquilada”. (Cons. Stiefel…, II 205).
“Quando o Verbo pronunciado de Deus na qualidade humana aprisionou-se no Redentor, a essencialidade que havia morrido em Adão, mas que se tornou novamente viva em Cristo, clamou juntamente com a alma: ‘Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonastes?’ Isso significa que a cólera de Deus havia penetrado, através da qualidade da alma, a imagem da essencialidade divina, e que havia absorvido a imagem de Deus, porque era essa a imagem da serpente na alma ígnea, a cabeça da cólera de Deus, para transformar seu poder ígneo na vida-sol eterna. Como uma vela se extingue ao queimar-se, e assim como desta morte surge a luz e o poder, da mortificação e da morte de Cristo havia que surgir o sol divino e eterno na qualidade humana. Assim, havia que morrer, neste caso, não só o egoísmo da qualidade humana, ou seja, a vontade-própria da alma com relação à (seu desejo pela) VIDA no poder do fogo, e se perder na imagem do amor; mas, essa mesma imagem do amor havia que penetrar a cólera da morte, a fim de que tudo mergulhasse na morte e através da morte e da humildade perfeita, e na vontade e misericórdia de Deus, surgisse novamente na substancialidade paradisíaca, a fim de que o espírito de Deus pudesse ser tudo em tudo”. (Assinatura…, XI 87).
“A crença de que o Cristo teve uma morte natural em Sua qualidade humana não deve ser compreendida como se Sua alma criada houvesse morrido, e menos ainda que Ele houvesse perecido em Seu aspecto de ser divino, ou com relação à Sua essencialidade celeste e tintura celeste. Ele morreu unicamente com relação à Sua egoidade, ou seja, com relação à vontade e regime do mundo externo que governava no homem. Ele morreu com relação à vontade própria e aos poderes próprios da egoidade criada. Ele entregou tudo isso inteiramente nas mãos do Pai, o fim da natureza, o grande mistério do Pai; mas não para que isso fosse a morte, mas para que o Espírito de Deus estivesse ali, com toda a sua VIDA, e o poder divino existisse na personalidade de Cristo”. (Assinatura…, XII I).
“A verdadeira essencialidade em Cristo não afastou a consciência terrestre, mas a penetrou como senhor e conquistador. A verdadeira VIDA deveria ser a primeira a ser conduzida à morte e à cólera de Deus. Isso ocorreu na Cruz, ocasião em que a morte foi destruída e a cólera aprisionada e extinta pelo amor, consequentemente conquistada”. (Encarnação de Cristo…, IX 16).
“A atividade externa e a VIDA sensível, onde a cólera de Deus estava queimando, morreram, mas não que se tornaram um nada, apenas descenderam ao nada; ou seja, neste caso, na vontade de Deus, em Sua ação e sentimento. Com isso, ela se tornou livre da vontade do mundo externo, cuja vontade é boa e má, e não mais viveu no mundo e nas constelações com os quatro elementos, mas buscou a natureza do Pai, no elemento puro e divino. Assim, a verdadeira VIDA humana veio novamente a ocupar a posição que havia sido perdida por Adão, e entrou novamente no Paraíso”. (Assinatura…, XII 5).
“É errôneo supor que a alma de Cristo havia deixado o corpo e descendido ao inferno, e que ali, havia, no poder divino, atacado os demônios, atando-os com correntes, destruindo com isso o inferno. É melhor compreender que no momento em que o Cristo prostou o reino deste mundo, Sua alma penetrou a morte e a cólera de Deus, e com isso a cólera foi reconciliada no amor. Os demônios e todas as almas descrentes na cólera foram aprisionadas em si mesmas, e a morte foi rompida; mas a VIDA floresceu através da morte”. (Três Princípios…, XXV 76).
“A morte estava lutando com o homem externo (com a VIDA do), pensando que agora, a alma deveria permanecer na Turba; mas havia um forte poder na alma, ou seja, o Verbo de Deus. Esse verbo capturou a morte e a destruiu, extinguindo a cólera. Trava-se de um grande veneno para o inferno quando a luz o penetrou, e o Espírito de Cristo aprisionou o demônio, conduzindo-o da alma-fogo para as trevas, trancando-o ali, na dureza colérica e no amargor”. (Quarenta Questões…, XXXVII 13 — 15).
“Os santos, que colocaram sua fé no Messias, receberam então o elemento puro para um novo corpo, de acordo com a promessa. Pois, como o herói prometido penetrou a morte através da VIDA, suas almas se revestiram do corpo de Cristo, como num novo corpo, e viveram Nele através de Seu poder. Eram eles os santos patriarcas e profetas, que neste mundo foram ungidos no poder do Verbo de Deus, esmagando a cabeça da serpente e quem, pelo poder do Verbo havia profetizado e realizado milagres. Eles tornaram-se vivos no poder de Cristo”. (Três Princípios…, XXIV 52).
“A cólera do pai havia que consumir a VIDA de Cristo, na morte; mas quando a cólera engoliu a VIDA na morte, a VIDA santa do mais profundo amor de Deus movimentou-se na morte e na cólera, engolindo a cólera. Então a terra começou a tremer, as pedras rolaram e as tumbas dos santos foram abertas”. (Mysterium, XXVIII 123).
“Depois que o Pai trouxe a alma do redentor, que havia penetrado Sua cólera, de volta ao amor, ou seja, na imagem do Paraíso, que havia desaparecido, o mundo tremeu no terror da morte, como se fosse um terror de alegria, alegria que penetrou os corpos mortos daqueles que haviam esperado pela vinda do Messias, e os despertaram para a VIDA. Foi esse mesmo terror que rasgou a cortina do Templo, ou seja, o véu de Moisés, pendurado diante da clara face de Deus, a fim de que o homem não visse à Deus”. (Assinatura…, XI 71).
“O fundamento mais interno no homem é Cristo; mas não de acordo com a natureza humana do homem, mas segundo a natureza de Cristo, a qualidade divina em Sua essência celestial, a qual Ele regenerou. O segundo fundamento é a alma, ou seja, a natureza eterna, onde o Crksto (a luz) se revelou; e o terceiro fundamento é o homem exterior, proveniente do limus da terra com as estrelas e os quatro elementos. No primeiro fundamento está a VIDA ativa do amor divino; no segundo fundamento está a vida-fogo natural da alma criada, onde Deus é chamado de Deus ígneo; e no terceiro, está a criação de todas as qualidades nas quais Adão permaneceu na temperatura, e que foi objetificada na queda”. (Grace, IV 37).
“É evidente, e não necessita de mais provas o fato de que somos todos feitos de carne e sangue, e que somos mortais. No entanto, nos é ensinado que somos templos do Espírito Santo, que habita em nós. Também nos é ensinado que o Cristo deve tomar forma em nós, e que Ele nos dará a Sua carne como alimento e o Seu sangue como bebida. Ele diz que aquele que não come da carne do Filho do Homem não terá a VIDA eterna. Portanto, devemos refletir seriamente que tipo de homem há dentro de nós mesmo, similar a Deus e capaz de tornar-se divino”. (Regeneração, I).
“A regeneração espiritual, não depende de aprendizado ou conhecimento científico; é preciso haver uma intensa e poderosa sinceridade, uma grande fome e sede pelo Espírito de Cristo. A ciência pura não é fé; a fé é uma intensa fome e sede por aquilo que desejo, de modo que se forma numa imagem dentro de mim, e pela avidez de minha imaginação torna-se minha propriedade. Essa fome e desejo moldam a substância de Cristo, sendo ele a substância celestial, na imagem enfraquecida, onde a palavra do poder de Deus é a VIDA ativa”.
“Através da introdução da vontade divina o homem reúne-se a Deus e renasce em sua natureza emocional. Ele começa a morrer com relação ao egoísmo do falso desejo (dentro dele) e a se regenerar em novo poder. Ainda há a qualidade carnal atraída a ele, mas no espírito ele caminha com Deus; desta forma, nasce no homem de carne terrestre um novo homem espiritual com percepções divinas e com uma vontade divina, matando dia após dia, a luxúria da carne, e pelo poder divino, começa a render o mundo, ou seja, a VIDA externa; Ele começa a fazer com que o céu, ou o mundo espiritual interior, se torne visível no mundo externo; Deus torna-se homem e o homem Deus, até que a árvore, finalmente, atinja a sua perfeição, quando a casca externa irá cair, e ela aparecerá como árvore espiritual da VIDA no jardim de Deus”. (Mysterium, Supplement, VIII).
“Ninguém deve se imaginar seguro após ter obtido a coroa de pérolas, pois pode perdê-la novamente. A alma, durante sua VIDA terrestre, está acorrentada por três temerosas correntes. Primeiro pela severa cólera de Deus, o abismo e as trevas do mundo, que é o centro da VIDA criada da alma, cuja raiz mais íntima é o desejo. A segunda corrente é a ânsia ígnea do demônio pela alma, que tenta a alma e busca, incessantemente, tirá-la do repouso da verdade divina para cair na vaidade, no orgulho, na avareza, na inveja e na raiva; através destas propensões malignas, ele procura ventilar o fogo na alma, a fim de que se afaste de Deus e penetre o egoísmo. Mas a terceira e mais perigosa corrente é a do corpo e do sangue, corruptíveis, fúteis, terrestre e mortal, cheios de desejos e inclinações malignas, juntamente com a região astral (plano astral), onde, como num grande oceano, a alma está flutuando, o que a faz ser, diariamente, inflamada e infectada pelo pecado”. (Três Princípios…, XXV 7).
“Se uma pessoa está na ansiedade do inimigo, e a picada da morte e da raiva move-se dentro dele, tornando-o avarento, invejoso, raivoso e irritável, não se deve permanecer na essência maligna; é preciso parar, considerar e atrair (da fonte eterna) uma outra vontade, ou seja, a vontade de sair da malícia e penetrar na liberdade de Deus, onde há perpétuo repouso e paz. Se sua angústia provar da liberdade, então a tortura da angústia ficará terrificada, e neste terror de morte, será destruída; pois esse terror serve de grande satisfação e consiste num assassinar a VIDA de Deus. Por esse intermédio, o ramo de pérolas aparece, e o homem permanece numa alegria trêmula, mas também em grande perigo, pois a morte e a tortura da angústia são sua raiz; do mesmo modo, a angústia na natureza externa possui a qualidade que sai do demônio, ou seja, da angústia nasce grande VIDA. Da natureza, por exemplo, um belo ramo verde cresce, tendo, é claro, uma constituição, um odor e um estado diferente (de VIDA) daquele que o produziu” (Encarnação de Cristo…, XI 8).
“Que ninguém pense que a árvore da fé Cristã possa ser vista ou conhecida no reino deste mundo. O homem externo não a reconhece, e mesmo que o Espírito Santo se manifestasse no espelho exterior, a VIDA externa tornar-se-ia satisfeita e tremeria de prazer, e pensaria ter recebido o convidado esperado; ela então acreditaria, ainda que não ocorra ali uma duração perfeita; o Espírito de Deus não permanece constantemente na mente terrestre. Ele quer ter um vaso limpo, e sempre que retorna a seu princípio — sendo este a verdadeira imagem — o ser externo torna-se duvidoso e cheio de medos”. (Encarnação de Cristo…, CXI 8).
“As crianças iluminadas de Deus são amedrontadas por grandes perigos; muitas das que desfrutaram da grande visão da santidade de Deus, nas quais o triunfo da VIDA é alcançado, a razão carnal se espelha ali e busca introduzir seu egoísmo no centro interior, de onde a luz brilha. Disso resulta o orgulho miserável e o auto conceito; a razão egoísta — sendo, mais que nada, um reflexo da luz eterna — fantasia ser mais do que isso. Ela pensa agora poder fazer o que quer, e que, o que quer que faça, é a vontade de Deus fazendo por ela, acredita ser um profeta. No entanto, ela não penetra lugar algum, senão com seu próprio ser, e se movimenta com seu próprio desejo, através do qual o centrum naturae logo começa a aparecer. Surge então, o demônio da bajulação e o homem se torna embriagado pelo auto conceito, persuadindo a si mesmo que é Deus quem o compele a agir de tal forma. É assim que ele arruína o bom princípio, durante o qual a luz de Deus começa a brilhar na Natureza, e a luz de Deus o abandona. Nada fica, senão a luz da natureza exterior na criatura, mas o convencimento se manifesta e fantasia ser ela a luz original recebida de Deus”. (Quietude…, I 8).
“Somos de natureza terrestre, mas também possuímos uma existência celeste dentro da terrestre. Durante nossa VIDA temporal, uma se mistura à outra, mas não atuam uma na outra; cada uma é meramente a habitação da outra, assim como no caso do ouro na pedra. A pedra não é o ouro, simplesmente seu veículo. A aspereza da pedra não é o que produz o ouro, o que é feito através da tintura do sol atuando ali”. (Encarnação de Cristo…, I 14).
“O desejo é a introdução (da vontade) em algo, e do desejo resulta a formação de um ser corpóreo (no plano astral). Ali está oculta a fonte do pecado. É muito mais fácil afastar o desejo do que destruir o corpo (formado pela ação). Isso é muito difícil. Portanto, é aconselhável que se volte os olhos para longe dos maus desejos, para que a tintura (o princípio da VIDA) não penetre a essência e a mente não seja preenchida por eles, pois é através da mente que o desejo se torna substancial, o que exigirá uma ruptura (forçada)”. (Três Princípios…, XX 28).
“A VIDA do homem, durante a presente existência, é como uma roda viva; de repente ela vira para cima o que estava para baixo. A VIDA se inflama em cada substância e com isso se corrompe; mas, se purificada na água da humildade, onde se movimenta o coração de Deus e sai de onde está, sua vida-fogo pode envolver a substância celestial”. (Six Mysterious Points, II 13).
“Nossa VIDA deve ser um arrependimento constante, pois é também uma contínua corrente de pecado. Na verdade, o nobre ramo de lírios, recém nascido em Cristo, não peca; no entanto, o homem terrestre peca em corpo e alma, e busca destruir a nobre flor”. (Cons. Stiefel…, XI 537).
“Um verdadeiro Cristão abomina a vontade da carne e a rejeita. Ele é, constantemente, seu próprio acusador, e considera-se indigno, e de todo coração desejará penetrar a misericórdia de Deus. Nunca irá dizer coisas do tipo, ‘Sou um Cristão’; lutará para penetrar a misericórdia de Deus e desejar Sua graça, a fim de se transformar num verdadeiro Cristão. Toda sua VIDA é um arrependimento contínuo, sempre desejando alcançar a graça divina, na medida em que essa graça o alcança”. (Communion, IV 27).
“O reino celeste nos santos é ativo e consciente em sua fé, por onde sua vontade se integra a Deus; mas a VIDA natural é cercada pela carne e pelo sangue e está relacionada, ao contrário, à cólera de Deus. Assim, a alma está sempre na angústia quando o inferno precipita-se sobre ela, desejando nela se manifestar; mas ela mergulha na esperança da graça divina, e permanece como uma bela rosa entre os espinhos, até que na morte do corpo o reino deste mundo dela se afasta. Só então, quando não há mais nada que a obstrua, ela será plenamente manifestada no reino de Deus”. (VIDA Suprasensual…, XXXIX).
“No fim, todas as coisas devem ser uma e a mesma coisa para o homem. Ele deve ser um com a fortuna e com o infortúnio, com a pobreza e com a riqueza, com a alegria e com o pesar, com a luz e com as trevas, com a VIDA e com a morte. O homem passa então a ser um nada para si mesmo, pois está morto com relação a tudo em sua vontade. Deus está em tudo e através de tudo, e, no entanto, Ele é um nada, e nada pode compreendê-Lo. Tudo se torna manifestado através Dele, e Ele próprio é tudo. No entanto ele nada tem (objetivamente), porque aquilo que está diante Dele, nada é em sua compreensão, pois não O compreende. Este será o estado de uma pessoa segundo sua vontade submetida, caso ela se renda totalmente à Deus. Então sua vontade irá recuar para a vontade insondável de Deus, de onde surgiu no princípio, adquirindo a forma da vontade insondável, onde Deus reside e realiza Sua vontade”. (Mysterium, LXVI).
“Se teu domínio sobre todas as criaturas é apenas exterior (através de meios externos), sua vontade encontra-se numa qualidade animal, e teu governo é do tipo exterior, lidando apenas com formas. Seu desejo será então levado para uma essência animal, que irá te infectar e capturar, e irás receber qualidades animais. Mas se deixares aquilo que está relacionado unicamente com a forma, serás superior a ela, e capaz de governar sobre todas as criaturas, no fundamento, onde foram criadas”. (VIDA Suprasensual…, VIII).
“Se não permitires que nada penetre teu desejo, serás livre de todas as coisas e terás poder sobre todas elas. Não terás nada em tua receptividade, e serás como um nada para todas as coisas, e todas as coisas serão como um nada para você, no mesmo sentido que Deus governa sobre todas as coisas e tudo vê; mas, não há nada que o compreenda”. (VIDA Suprasensual…, IX).
“Por teu próprio poder não há como manter a tranquilidade, que nenhuma criatura pode alcançar. Deves te entregar completamente à VIDA de nosso Senhor Jesus Cristo, oferecendo a Ele toda tua vontade própria e desejo, a fim de que não desejes nada fora Dele. Estarás então neste mundo e em suas qualidades, no que concerne ao teu corpo. Com tua vontade estarás nos pés da Cruz de Cristo, e com tua vontade irás caminhar no céu, no ponto de onde surgem todas as criaturas, e para onde todas retornarão”. (VIDA Suprasensual…, IX).
“Após esta VIDA não há regeneração, pois os quarto elementos com seus princípios já partiram”. (A Vida Tríplice…, I I).
“A VIDA que recebemos no corpo de nossa mãe pertence unicamente ao poder do sol, das estrelas e dos elementos, que não só organizam o corpo da criança, dotando-o de VIDA, mas que também o trás à luz, o nutre e o acompanha durante toda a duração desta VIDA. São esses elementos que distribuem fortuna ou infortúnio, e finalmente o faz morrer e decompor-se”. (Três Princípios…, XIV 4).
“Observe o que você é. Pó da terra; um corpo. Tua VIDA está sujeita às estrelas e aos elementos. São eles que te governam segundo suas qualidades, dotando-o de talentos e ciências; mas quando o tempo e constelação sob os quais foi concebido e nascifo chega ao fim, então eles irão te abandonar”. (Encarnação de Cristo…, XI 6).
“Quando uma pessoa neste mundo morre aparece diante do anjo que em sua espada carrega a morte e a VIDA, o amor e a cólera de Deus. Ali sua alma passa pelo julgamento, nos portais do paraíso. Se foi capturada pela cólera de Deus, não será capaz de passar pela porta, mas se é uma criança da virgem, nascida da semente da mulher (celestial), então ela passará. O anjo irá cortar de sua natureza, aquilo que fora gerado pela serpente, e a alma irá então servir a Deus em seu santo templo no Paraíso, esperando ali pela ressurreição de seu corpo (celestial)”. (Mysterium, XXV 2).
“Aqui na VIDA da alma está o equilíbrio. Se ela é má, pode renascer no amor; mas quando o equilíbrio é rompido e o ângulo é virado, então ela estará naquele princípio que nela prevalece”. (Quarenta Questões…, XXIII 10).
“Durante sua VIDA terrestre a alma pode mudar swa vontade, mas após a morte do corpo nada permanece no seu poder através do qual possa mudar sua vontade”. (Tilk I 267).
“O que quer que a alma receba em sua vontade. Durante sua VIDA terrestre, e seja com o que for que ela se envolva, isso irá levar com sua vontade após a morte do corpo; ela não pode mais se livrar disso, pois ela nada mais tem do que aquilo em que se meteu, e que agora constitui seu próprio ser. Mas durante a VIDA terrestre ela pode destruir aquilo em que envolveu sua vontade”. (A Vida Tríplice…, XII 25).
“Se o espírito permanece não regenerado com seu princípio original, então irá aparecer na ruptura da forma tal criatura correspondente à qualidade da vontade (caráter) adquirido durante a VIDA terrestre. Se, por exemplo, durante a VIDA se tem a invejosa disposição de um cão, rancoroso com tudo e com todos, então este caráter do cão irá encontrar sua expressão numa forma correspondente após a morte do corpo; pois de acordo com isso, a alma (animal) toma (assume) sua forma, e esse tipo de vontade permanece contigo na eternidade, pois as portas das profundezas que levam à luz de Deus são então fechadas diante de ti”. (Três Princípios…, XVI 50).
“Se durante sua VIDA terrestre, não iluminastes tua alma e o espírito eterno dado a ti pelo bem supremo, na luz de Deus, a fim de que o espírito renasça naquela luz, na substancialidade divina, então a alma no Mysterium irá retornar ao centro da natureza, e penetrar na qualidade da angustia das quatro formas inferiores da natureza eterna. Ali ela estará na companhia de todos os demônios, e será obrigada a devorar aquilo que movimentou”. (Encarnação de Cristo…, XI 6).
“Se a alma-fogo não se tornou substancial no Espírito de Deus, nem buscou esta substância em seu desejo, é então um fogo negro, queimando em grande angústia e terror, pois há em sua constituição apenas as quatro qualidades inferiores da natureza. Se a vontade nada tem do poder divino da verdadeira humildade, não poderá haver em nela penetração da VIDA através da morte; a alma fica como uma roda viva furiosa, buscando continuamente elevar-se, enquanto se afunda cada vez mais do outro lado. Há neste estado, com certeza, uma espécie de fogo, mas não uma combustão, pois ali governa uma severa dureza e amargor. O amargor busca o fogo e quer aumentá-lo; mas a acidez o mantém aprisionado, o que resulta uma terrível ansiedade que assemelha-se a uma roda viva, girando perpetuamente em torno de si mesma”. (Quarenta Questões…, XVIII 14).
“Se um descente deixou para traz um grande rastro de falsidade e engano, a tintura do inferno será invocada sobre sua tumba, e seu curso penetrará sua alma. Esse (curso) ele terá que engolir; pois, esse é o seu alimento, enviado a ele pela VIDA. Enviar tais cursos, contudo, não cabe aos filhos de Deus; pois, cursando outro caminho, o homem lança sementes no inferno — na cólera de Deus. Que todos fiquem alerta, pois irá colher aquilo que semeou”. (Quarenta Questões…, XXIV 4).
“Durante a VIDA terrestre o descrente sente a presença do inferno dentro de sua falsa consciência, mas ele não o compreende; pois ainda vive na vaidade terrestre, onde se distrai, e o qual lhe proporciona prazer e luxúria. Além do mais, sua VIDA externa está em possessão da luz da natureza externa, e sua alma revela-se ali; de modo que a dor interna não pode se manifestar. Mas quando o corpo morre, a alma não mais desfruta de tal proteção e dos prazeres temporais. Somado a isso, a luz externa terá sido extinta. A alma entra numa eterna ânsia pela vaidade à qual cedeu durante sua VIDA na terra; mas ela nada pode reter além de sua própria falsa vontade concebida. Ela agora possui muito pouco daquilo que antes possuía tanto, e com o que tampouco estava satisfeita. Ela certamente cometeria mais mal, mas não tem como realizá-lo, e assim ela interpreta esse papel dentro de seu próprio ser”. (VIDA Suprasensual…, XXXIX).
“A alma é como uma pessoa que sonha estar em grande angústia e tortura, buscando alguma coisa que a alivie, sem poder encontrar. Ela então se desespera, e não encontrando saída rende-se ao seu condutor (ao impulso interior que a conduz), para que este faça com ela o que quiser. Assim, a alma abandonada cai no poder do demônio, onde não pode, e nem lhe é permitido seguir suas inclinações; mas o que quer que o demônio faça, ela também é compelida a fazer. É desta forma que ela se torna um inimigo de Deus, e facilmente ergue-se ali o orgulho e o fogo sobre o trono principesco dos anjos. Na terra e em seu corpo físico ela se fazia de tola; agora, ela continua sendo tola e traquina, e seja qual for a bobagem que cometeu na VIDA, é o que agora passará a representar. A própria tolice é seu tesouro, e isso é, como diz o Cristo, seu coração e sua vontade”. (A Vida Tríplice…, XVIII 10).
“Se um homem tem um desejo constante por Deus; se seu desejo é tão poderoso a ponto de possibilitá-lo a parar e voltar-se para a humildade, as essências malignas, quaisquer que sejam, começarão a queimar; se ele puder resignar a todas as coisas que neste mundo brilham e enganam; se puder fazer o bem no lugar do mal; se é poderoso o bastante para dar aos necessitados tudo o que pertence ao exterior, seja dinheiro ou bens; e se está pronto a desertar todas as coisas por causa de Deus, penetrando um estado de miséria com esperança certa no eterno; se nele surgir o poder divino, para que possa despertar ali o reino da alegria e provar Deus; tal pessoa carrega consigo a imagem divina com a essência celestial mesmo durante sua VIDA terrestre, a imagem em que Jesus nasce da virgem. Ele não irá morrer eternamente, mas simplesmente irá deixar o reino terrestre abandoná-lo, este que foi, durante essa VIDA, uma oposição e um impedimento com o qual Deus o cobriu”. (Seis Pontos Teosóficos…, VII 44).
“O princípio do pai dentro da alma tem sua base num fogo incandescente que origina a luz, e nesta luz repousa a nobre imagem de Deus. Essa luz modera o fogo incandescente através da substancialidade do amor, tornando-o beneficente para a natureza e para a VIDA”. (Cartas, VIII 78).
“Não é possível descrever, por antecipação, o tipo de purgatório que tal alma terá que passar; através de sua pequena chama (de amor), ela pode penetrar na VIDA eterna. O mundo não acreditaria em tal descrição; o mundo é muito esperto, e muito cego para compreender. As pessoas sempre se apegam à letra. Desejo, por Deus, que ninguém passe por essa experiência; Prefiro ficar quieto e não falar nada sobre o assunto”. (Quarenta Questões…, XVIII).
“A vontade de Deus está aberta a todos os homens, seja qual for o nome que o homem é designado… De que vale crenças e opiniões para aqueles que alcançaram o auto conhecimento? Opiniões não constituem o Espírito de Cristo, que dá a VIDA, mas o Espírito de Cristo dá testemunho ao nosso espírito, de que somos filhos de Deus. Ele está em nós, e não precisamos busca-Lo em opiniões”. (A Vida Tríplice…, XI 82).
“Cristo” significa o Caminho e a Verdade; significa VIDA ETERNA para a humanidade e para cada indivíduo. Ninguém deve jamais pensar em procura a fonte de sua própria VIDA em outro lugar exceto em sua própria alma interior, pois a VIDA universal o aguarda somente se estiver ativo em si mesmo.
“A alma origina-se de três princípios; ela vive, portanto numa angústia ternária, e está presa por três laços. O primeiro laço liga a alma à eternidade e alcança o abismo do inferno (a vontade ígnea); o segundo é o reino do céu; o terceiro é a região das estrelas com os elementos. O terceiro reino não é eterno, mas tem um certo período de existência; no entanto, é o reino que faz o homem crescer, dotando-o de hábitos, vontade e desejos relacionados ao bem e ao mal. Ele lhe confere beleza, riqueza e honras, e o torna um rei terrestre. Este reino permanece com ele até o fim de seu tempo, depois o abandona; da mesma forma que o auxilia a obter a VIDA, o auxilia na morte, libertando-o da alma astral”.
“Está Escrito que é muito difícil um homem rico entrar no reino dos céus. Isso não se refere à posse de bens, mas a uma VIDA vã e avarenta; pois enquanto o homem engorda, Deus é esquecido. Ninguém deve imaginar ser abençoado por ser pobre. Se ele é um incrédulo e descrente, está então no reino do demônio, além de sua pobreza. Nem o homem rico deve jogar fora seu dinheiro, nem dá-lo ao gastador, pensando com isso alcançar a benção eterna. O reino de Deus está na verdade, na justiça, e no amor para com os necessitados. Ele não condena ninguém que use apropriadamente o que tem. Não se deve deixar o cetro e ficar num canto lamentando-se. Isso não passa de hipocrisia. Você pode servir muito melhor a lei da justiça e ao reino de Deus, mantendo seu cetro, protegendo o fraco e oprimido e trabalhando pelo certo e pelo justo; não segundo sua avareza, mas no amor e temor de Deus”. (Princípios, XXV 74).
“O mundo externo ou a VIDA externa não é um vale de sofrimento para aqueles que o aproveitam, mas apenas para aqueles que conhecem uma VIDA superior. O animal desfruta da VIDA animal; o intelectual desfruta do reino intelectual; mas aquele que penetrou a regeneração reconhece sua existência terrestre como um peso e uma prisão. Com esse reconhecimento, toma para si a Cruz de Cristo”. (Epistles. Ii 34).
“Nem no céu, nem na terra; nem dentre as estrelas ou elementos, podemos encontrar algum caminho que nos leve ao repouso. Mal entramos na VIDA, e depois disso é o fim, quando nosso corpo nascerá de volta na terra e todas as nossas obras, trabalhos, ciências e glórias serão herdadas por outros, que também se incomodam por um tempo, com as mesmas coisas, e então nos seguem (para a morte). Isso ocorre desde o princípio do mundo até o seu fim. Durante nossa miséria nunca poderemos saber onde permanece nosso espírito quando o corpo cai e se torna cadáver, a menos que sejamos recém-nascidos, fora deste mundo; de modo que, embora vivamos neste mundo, em nosso corpo, habitamos na nossa alma e espírito em outra VIDA, nova, perfeita e eterna. Ali, um novo homem será encontrado em nosso espírito e alma, e ali deverá ele viver eternamente. Somente nesta nova forma aprenderemos a conhecer o que somos e onde está nossa verdadeira casa”. (Princípios, XXII 5).
“Um princípio (início) nada mais é do que um novo nascimento, uma nova VIDA. Só há um princípio onde se encontra a VIDA ou a divindade eterna; esta não se manifestaria se Deus não tivesse criado em si criaturas como os homens e anjos, que conhecem o laço indissolúvel, e como o nascimento da luz eterna em Deus ocorre”. (Princípios, V 6).
“Se te dizes um Cristão, por que então não acreditas nas palavras de Cristo, quando diz: ‘Eu estarei contigo até o final do mundo’; diz ainda que Ele nos dará seu corpo por alimento e Seu sangue como bebida. Tu perguntas: ‘O Cristo foi para o céu, como poderia estar neste mundo?’ Talvez concordes com o fato de que Ele esteja presente conosco em Seu espírito Santo. Mas o que seria do homem recém-nascido em ti, se fosse alimentado unicamente pelo espírito, sendo esse unicamente alimento para a alma? Cada VIDA alimenta-se de sua própria mãe. A alma é espírito, como do alimento espiritual; o homem recém-nascido prova do elemento puro, e o homem externo daquilo que provém dos quatro elementos”.
“Isso compreende as quatro qualidades, de onde surge a VIDA; mas, não tem seu princípio no centro, como o Phur, mas de acordo como a carne-ígnea, no terror da qualidade das trevas”. (A Vida Tríplice…, II 42).