JACOB BOEHME — Citações de sua obra, organizadas por Franz Hartmann
Retiradas da tradução oferecida pela SCA
IX – GERAÇÃO
A alma em sua substância é um fluxo mágico de fogo da natureza de Deus, o Pai. A alma é um desejo ardente pela luz. Assim, Deus o Pai, deseja seu coração, o centro de luz, de forma muito forte e desde toda a eternidade; Ele a gera em Sua vontade desejante, da qualidade do fogo. (Four Complexions, II).
Deus também produz o segundo princípio em Seu amor, de onde gera, de eternidade em eternidade Seu coração e verbo eterno, e o espírito inflama o elo da natureza, e a torna luminosa no amor e na vida de Seu coração, pelo poder da luz. Da mesma forma, a alma do homem deseja penetrar o segundo princípio e manter sua ânsia no poder de Deus. (Threefold Life, I II-13).
A alma possui as sete qualidades do mundo espiritual interior (modificadas) segundo a natureza; mas o espírito não tem qualidade alguma; ele está fora da natureza e na unidade de Deus. Através de sua natureza ígnea, o espírito se manifesta na alma, pois é a verdadeira semelhança de Deus, uma ideia através da qual o próprio Deus age e reside, providenciando que a alma penetre com seu desejo em Deus, rendendo-Lhe a sua vontade. Se isso não ocorre, então essa ideia, ou espírito, permanece mudo e inativo, como uma pintura no espelho que some e não tem substância, como foi o caso de Adão em sua queda. (Tabuloe Principoe, 66).
Não se deve supor que o Ego celestial do homem se tornou um nada. Ele permaneceu com ele, mas em sua vida (pessoal) ficou como que um nada. Estava oculto em Deus e inconcebível ao homem, sem vida (manifestada). (Mysterium XX 28).
A essência da alma, que emana da vontade insondável, não morreu. Nada pode destruí-la. Ela permanece para sempre um vontade livre. Mas perdeu o estado divino, onde queimava a luz de Deus e o fogo de Seu amor. Não que esse amor havia se tornado um nada, embora isso tenha ocorrido na alma criada (não manifestada) e inconsciente; mas o santo poder, ou seja, o espírito de Deus, que era a vida ativa ali, tornou-se oculto (Grace, VI 2).
A alma é per se um fogo-tortura, e contém em si o primeiro princípio, a acidez áspera, que tem por seu objeto o fogo. Se deste nascimento (evolução) for extraída da alma a humildade e o amor de Deus, ou se ela tornar-se fortemente contaminada pela matéria (desejo material grosseiro) ela permanecerá sendo uma dureza severa, consumindo-se e, no entanto, gerando continuamente nova ânsia em sua vontade própria. (Menschwerdung, I 2).
Depois que Adão perdeu sua imagem bela e pura, sua alma permaneceu apenas na qualidade do Pai, ou seja, na natureza eterna, a qual, aparte da luz de Deus, é uma cólera e um fogo consumidor. (Tilk I 285).
A queda abriu no homem uma porta para a cólera de Deus, conhecida como, inferno. As garras do demônio se abriram; o reino da ilusão fora criado. (Grace, VII 7).
Se investigarmos a substância da alma e suas essências, veremos que é o que há de mais áspero no homem; ela é ígnea, ácida e amarga. Se ela perde inteiramente a virgem do poder divino que a acompanha, e da qual a luz de Deus (na alma) nasce, então começa a ser um demônio. (Three Principles, XIII 30).
Depois que o homem penetrou o reino da satisfação egoísta, afastando sua vontade de Deus, começou a produzir figuras infernais, tais como a mentira, a blasfêmia e a maldição. (Prayer, 53).
Nós, pobres filhos de Eva, temos que sentir em nós mesmos, num grande sofrimento, pesar e miséria, como que a cólera nos movimenta, guia e atormenta, a ponto de não mais caminharmos junto ao amor de Deus, mas, cheios de veneno, inveja, assassínio e animosidade, perseguimos uns aos outros, denunciando, desonrando e maldizendo, desejando morte e todo tipo de mal uns aos outros, apreciando a miséria do outro. (Tilk I 4).
Aquilo que as pessoas maliciosas deste mundo fazem, dentro de sua malignidade e falsidade, também é feito pelo demônio no mundo das trevas. (Six Theosophical Points, IX 18).
Cada pessoa causa sofrimento a uma outra, sendo, portanto, o seu demônio. (Threefold Life, XVII 10).
Deus fez a alma penetrar a carne e o sangue, a fim de que não pudesse ser, tão facilmente, receptiva à cólera. Assim, (durante a existência terrestre) ela aprecia a si mesma no espelho do sol, e está satisfeita em sua essência sideral. (Six Theosophical Points, VII 19).
Não foi por nada que Deus soprou nas narinas de Adão o espírito externo, a vida externa. Adão teria se tornado um demônio, tal como Lúcifer, mas o espelho externo evitou tudo isso. (Forty Questions XVI 2).
Muitas almas, com sua malignidade, se tornariam demônios em uma hora se a vida externa não evitasse, de modo que sua completa ignição não pode ocorrer. (Forty Questions, XVI 12).
Através da análise de nós mesmos descobrimos que, no geral, o espírito externo (nossa natureza humana) é muito útil. Muitas almas se tornariam corruptas se o espírito animal não mantivesse o fogo capturado e apresentasse o fogo-espírito terrestre, a ocupação animal e a satisfação, com as quais podem se divertir até obter novamente um lapso de sua nobre imagem, e começar a buscá-la novamente. (Forty Questions XVI 10).
Se a matéria deste mundo (o imaginário da natureza externa) fosse rompida, como será um dia, no futuro, a alma permaneceria na morte eterna, nas trevas. A bela criatura (a imagem viva) seria capturada pelo reino do inferno, e o demônio triunfaria sobre ela. (threefold Life, VIII 38).
A pobre alma de Adão foi feita cativa pelo espírito e princípio deste mundo, e permitiu que sua tintura nela penetrasse. (Threefold Life, VIII 63).
Aquilo que a imaginação do espírito penetra se torna expresso na forma corporal através da impressão do desejo espiritual. Portanto, Deus ordenou a Adão, quando ele ainda estava no Paraíso, para não se alimentar, com sua imaginação, da árvore do conhecimento do bem e do mal, para que não mergulhasse no sofrimento e na morte, morrendo para o reino do céu, como tem ocorrido atualmente. (Baptism I 22).
A qualidade terrestre, que se encontrava no Paraíso numa condição não manifestada, manifestou-se através do desejo da alma. Disso resultou o calor e o frio, a vida-veneno de toda adversidade, a supremacia do corpo, de modo que a bela imagem do Céu e do Paraíso desapareceu de vista. (Stiefel. II 83).
Deus deu ao homem um corpo constituído de poder puro e essencial, depois deu a natureza da alma, que se comparada com a grosseira substância terrestre, pode ser considerada como sendo um corpo espiritual. (Mysterium, XVI 3).
Os corpos dos primeiros seres humanos eram celestiais, mas quando comeram do fruto terrestre, absorvendo-o em seus corpos a temperatura separou-se, e o corpo terrestre manifestou-se de acordo com todas as qualidades. (Grace, VII 5).
Quando Eva alcançou a árvore e arrancou o fruto, ela o fez através do limus terrestre e através da vontade da alma, que desejou o conhecimento do centro da natureza. Ao realmente comer do fruto, a essência de seu corpo, ou seja, a essência humana, tomou a essência na árvore107. (Mysterium XX 29).
Não podemos dizer que o homem, no princípio, estava enclausurado no tempo. No Paraíso estava envolvido na eternidade. Deus o criou à Sua imagem; mas quando caiu, ficou sujeito à limitação do tempo. (Grace VII 51).
O tempo tem um começo e um fim, e como a vontade, com seu desejo, permite ser rodeada pelo guia temporal, o corpo morre e perece da mesma forma. (Signature, V 9).
Após a queda, o homem com seu corpo interior passou a viver somente no tempo; o ouro precioso da corporeidade celestial que deveria tingir, penetrar e abençoar o corpo externo perdeu sua cor. (Signature V 8).
O homem não era como os animais, criados do bem e do mal, (da substância meramente terrestre). Se ele não tivesse se alimentado do bem e do mal não haveria nele o fogo e a cólera; mas agora ele também possui um corpo animal. (Aurora, XVIII 109).
Antes do pecado a imagem celestial penetrava totalmente o homem externo, revestindo-o com o poder divino. O elemento animal não estava manifestado nele; mas quando a imagem, formada da essência celestial, empalideceu e desapareceu, então a pobre alma, formada do primeiro princípio, viu-se rodeada pelo corpo animal, nua, despida. (Mysterium XXI 15).
Após Adão e Eva terem comido da árvore do conhecimento do bem e do mal, logo ficaram envergonhados, porque em suas formas etéreas surgiu uma forma animal grosseira, feita de carne comum, ossos duros e partes animais. O ser animal engoliu o estado celeste e surgiu neles como que uma criatura estranha a sua verdadeira natureza, da qual não tinham conhecimento até então. (Mysterium, XXIII I).
Que ninguém pense que o homem antes da queda possuía órgãos animais de reprodução, e nem partes corporais como tem agora. Tais impurezas não existem na Santíssima Trindade, nem no Paraíso; Isso pertence à terra. Originalmente, o homem foi criado um ser imortal e santo, como os anjos. (Three Principles, X 7).
Foi através da queda do homem, com relação ao corpo externo, que ele se tornou o animal dos animais; ou seja, ele se tornou a imagem animal de Deus, onde a palavra de Deus tornou-se manifestada de uma maneira terrestre. Desta forma, ele passou a ser o mestre e rei de todos os animais; mas, no entanto, apenas um animal, dotado de um intelecto mais elevado do que as meras formas animais. (Grace, VII 6).
Quando o homem deixou o Paraíso penetrando uma nova geração, a saber, o espírito deste mundo, na qualidade do sol, planetas e elementos, então sua percepção paradisíaca se extinguiu. (Three Principles, XIV.2).
A serpente (do desejo) disse a Eva: ‘Você não irá morrer, mas teus olhos serão abertos, e você será como Deus’. Que seus olhos se abriram, é verdade; contudo, seus olhos celestiais se fecharam. (Stiefel I 44).
A alma penetrou com Adão uma habitação estranha, ou seja, o espírito deste mundo. Há, de fato, quatro habitações nas quais aquela jóia preciosa está aprisionada. Destas quatro, há sempre uma especialmente manifestada na pessoa, não as quatro, de acordo com os quatro elementos que se encontram dentro do homem; um deles sempre predomina na vida da pessoa. Esses quatro estados, formas ou temperamentos são conhecidos como: colérico ou bilioso, sanguíneo, fleumático ou linfático e o melancólico ou nervoso. No temperamento colérico está manifestada a natureza e qualidade do fogo; no sanguíneo, a do ar; no fleumático, a da água e no melancólico, a qualidade do elemento terra. (Four Complexions, I.6).
Depois da queda, as criaturas (elementais) obtiveram poder no homem e nele se manifestaram. Há pessoas que vivem na qualidade de uma serpente, cheias de astúcia e malícia venenosa; outras vivem na qualidade de um sapo ou cachorro, urso ou lobo; uns podem ter em si a qualidade de algum animal bom e manso. Todos os homens possuem externamente a forma humana, mas dentro da qualidade encontra-se um animal. (Grace, VII 3,4).
Se Deus houvesse criado o homem para esta vida animal, doentia, de pavorosa perversão, corruptível e terrestre, Ele não o teria colocado no Paraíso. Se Sua intenção original fosse que a humanidade se procriasse como os brutos, Ele os teria feito homem e mulher desde o princípio. (Mysterium, XVIII 5).
A pobre alma degradada envergonha-se de possuir órgãos animais de geração, e do modo em que a fecundação ocorre. Será que todos não sentem isso? Se tivéssemos sido criados como bestas em Adão, porque teríamos vergonha de nossa bestialidade? Por que a alma sente vergonha da monstruosidade de seu corpo externo e de seu método animal de procriação? (Tilk I 608).
A soma de toda humanidade constitui o Adão único e original. Deus o criou único, e deixou com ele a produção de outros seres. Ele deveria ter entregado sua vontade inteiramente a Deus, e com Deus gerado outros homens em conformidade e a partir de si mesmo. (Mysterium, lxxi 31).
Adão era uma completa imagem de Deus, macho e fêmea, não separados, mas puro como uma casta virgem. Ele tinha em si o desejo (poder) do fogo e da luz, a mãe do amor e da cólera, e o fogo dentro dele amava a luz, recebendo dela quietude e beneficência; enquanto que a luz amava o fogo como sendo a sua vida, do mesmo modo que Deus,em Sua qualidade de Pai, ama o Filho e o Filho ama o Pai. (Stiefel, II 35 I).
Se o homem tivesse resistido à tentação um ser humano teria nascido do outro, do mesmo modo que Adão em seu estado virginal fora projetado na objetividade como um ser humano e imagem de Deus, porque aquilo que é do eterno também pode procriar (multiplicar) de acordo com a lei da eternidade. (Threefold Life, XVIII 7).
É desnecessário saber se caso o homem tivesse permanecido em seu estado original, todos os (futuros) indivíduos seriam produtos de um indivíduo, ou se seriam produzidos uns dos outros; mas buscando na profundeza, no centro, penso que um surgiria do outro. No curso do tempo teriam diferido em qualidades; alguns cresceriam e chegariam a ser maiores que outros, como é o caso agora, em que os homens não são iguais, mas uns tem mais gênio e inteligência que outros. (Menschwerdung, I 5,4).
No princípio da criação tudo nasceu de um ser; a separação dos sexos ocorreu mais tarde. Portanto, cada sexo deseja fortemente o outro, como se observa no processo de procriação. (Three Principles, VIII 40)
Há agora uma forte atração sexual nas criaturas. O espírito masculino busca o filho amado na fêmea, e o feminino o busca no masculino. (Three Principles, VIII 44).
A mãe-água deseja ardentemente a mãe-fogo, e busca pela criança do amor. Do mesmo modo, a mãe-fogo busca a criança na mãe-água, fazendo com que ambos os sexos possuem um forte desejo de se misturar com o outro. (Three Principles, VIII 42).
A coabitação sexual conjugal não é pecadora, pois está de acordo com a natureza humana. É incitado pelo poder da natureza, e tolerado na paciência divina pela alma espiritual. (Stiefel, II 409).
A luxúria, contudo, sem ser enobrecida pelo amor conjugal afetuoso, é meramente um desejo animal e pecaminoso; se alguém procura no casamento unicamente a gratificação sexual, não é superior a um animal. (Three Principles, XX 64).
Se um casal gera filhos, a imaginação ou desejo deles (durante o ato sexual) não é santo, e a nobre parte da alma envergonha-se disso. Há até animais que se envergonham deste ato. Mesmo em seu melhor aspecto a performance é desagradável diante da santidade daquilo que é divino, pois foi causado pelo pecado em consequência da degradação do primeiro homem, mas sendo pacientemente submetido por aquilo que é divino no homem, porque é uma necessidade de seu presente estado animal118 (Stiefel, II 396).
A alma não é toda vez criada nova e soprada no corpo, mas reproduzida de acordo com a lei natural humana, como um galho que cresce do tronco da árvore, ou como um grão ou semente que é plantada. Assim, a alma é plantada para que possa crescer e ser um espírito e corpo. (Forty Questions, X 4).
A alma é a causa da existência de todos os membros necessários para a vida do homem, pois sem a alma nenhum órgão chegaria à existência para viver na vida do homem. (Three Principles XIV 14).
O coração é a verdadeira origem da alma, e no sangue interior do coração (a vontade) está a alma, o fogo, enquanto que na tintura a alma é seu espírito (sua luz); o espírito flutua sobre o coração, e comunica-se ao corpo e a todos os órgãos. (Forty Questions, XI 3).
O desejo de conjunção nos homens e mulheres resulta da separação da tintura do fogo e da luz em Adão. Esses princípios em sua própria essência são ainda mais nobres e puros que a carne. É verdade que agora estão separados, e não contém a verdadeira vida; mas estão cheios de desejo por aquela vida verdadeira, e quando se encontram novamente na unidade de todos os seres, despertam a verdadeira vida para qual seu desejo está direcionado. Querem ser novamente o que eram na imagem de Deus quando Adão era homem e mulher122 (Stiefel, II 388).
Quando as duas tinturas se juntam em uma, a qualidade do reino eterno da alegria, o desejo mais elevado e sua plenitude, manifesta-se. Se isso pudesse ser feito na pureza, sem a mistura daquilo que causa desgosto, então tudo seria santo; mas mesmo o súlfur (o elemento terrestre) da semente é uma causa de desgosto aos olhos da verdadeira santidade. (Stiefel, II 402).
A vontade chamada à ação, durante o ato conjugal é ternária. Primeiro surge entre os pais da criança o desejo animal que se mistura, e durante essa mistura o centro do amor se abre, mesmo se tivessem insatisfeitos um com o outro. Esse amor participa nas qualidades de um elemento, e esse elemento com o paraíso; mas o paraíso está diante de Deus. (Three Principles, XV 30).
Por outro lado, a semente externa também possui sua própria essência, que participam das qualidades dos elementos externos. Esses elementos externos participam das qualidades dos planetas externos, e estão conectados com a cólera e a malícia externa; estas estão conectadas com o abismo do inferno, que pertence aos demônios. (Three Principles, XV 31).
Se um galho cresce de uma árvore, sua forma se aproxima a da árvore. Assim, se uma mãe gera uma criança, essa é formada em sua própria imagem. (Forty Questions, V I).
Uma árvore má não pode produzir bons frutos. Se os dois pais são maus e estão no poder do demônio, uma alma inclinada ao mal será semeada. Seria bom que os pais lembrassem disso. Eles guardam dinheiro para seus filhos, mas se pudessem provê-los de uma boa alma, isso seria bem mais útil. (Forty Questions, X 7-9).
Na medida em que cada um dos pais possui a essencialidade de Deus conectada em sua alma, a semente não será introduzida na Turba; pois o Cristo diz: ‘Uma boa árvore não pode produzir maus frutos’. (Forty Questions, X 5).
Ainda que uma alma seja um galho da árvore, ela é, no entanto, um ser individual. Portanto, uma criança depois que nasce, tem uma vida própria, e o centro da natureza está dentro de seu próprio poder. (Forty Questions, VI 2).
Mesmo que uma criança tenha bons pais, pode mais tarde entrar na Turba. Do mesmo modo, uma criança nascida de maus pais pode se converter através de sua imaginação, e penetrar o Verbo do Senhor. Isso raramente ocorre, mas é possível. Deus não se desfaz de nenhuma alma, a menos que a própria alma se perca. Cada alma julga a si mesma. (Forty Questions, X 6-8).
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