PARÁBOLAS EVANGÉLICAS — AS DEZ VIRGENS (Mt XXV, 1-13)
CRISTOLOGIA
Tomas de Aquino: Catena aurea
São Jerônimo: PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS
São João da Cruz: SUBIDA DO MONTE CARMELO
Pero aunque en esta primera manera se deba gozar el cristiano sobre los bienes morales y buenas obras que temporalmente hace, por cuanto causan los bienes temporales que habemos dicho, no debe parar su gozo en esta primera manera, como habemos dicho de los gentiles, cuyos ojos del alma no trascendían más que lo de esta vida mortal, sino que -pues tiene lumbre de fe, en que espera vida eterna y que sin ésta todo lo de acá y de allá no le valdrá nada- sólo y principalmente debe gozarse en la posesión y ejercicio de estos bienes morales en la segunda manera, que es en cuanto, haciendo las obras por amor de Dios, le adquieren vida eterna .
Y así, sólo debe poner los ojos y el gozo en servir y honrar a Dios con sus buenas costumbres y virtudes, pues que sin este respecto no valen delante de Dios nada las virtudes, como se ve en las diez vírgenes del Evangelio (Mt 25, 1-13), que todas habían guardado virginidad y hecho buenas obras, y porque las cinco no habían puesto su gozo en la segunda manera -esto es, enderezándole en ellas a Dios-, sino antes le pusieron en la primera manera, gozándose en la posesión de ellas, fueron echadas del cielo sin ningún agradecimiento ni galardón del Esposo. Y también muchos antiguos tuvieron muchas virtudes e hicieron buenas obras, y muchos cristianos el día de hoy las tienen y obran grandes cosas, y no les aprovecharán nada para la vida eterna, porque no pretendieron en ellas la gloria y honra que es de sólo Dios. (Subida del Monte Carmelo 3 27)
GNOSTICISMO
Antonio Orbe: Parábolas Evangélicas em São Irineu
Tem pontos de contato com a parábola dos servos vigilantes. Em ambas figura a recomendação de velar: na dos servos, e na das virgens. Orbe não a estuda por não considerar maior tratamento em São Irineu.
Roberto Pla: Evangelho de Tomé – Logion 75
Quando dizemos “vinda”, dizemos com o Evangelho, reconhecimento do que “em nós está”, pois a VINDA DO FILHO DO HOMEM não implica nele se mover senão em descobrir em nós. Mas para que esse descobrir, que começa em leveza com a unção da presença, sirva de trânsito para a vinda, é preciso fazer o mesmo que se ensina em Jacó: ungir a pedra pressentida como monumento, como altar do céu, e consagrar-se na adoração ou contemplação sustentada, insistente e firme até a absorção bem-aventurada. Como dizia o salmista a Davi: “Deus, teu Deus, te ungiu com óleo de alegria” (Sl 45,8; Hb 1,9).
Tudo isso é o que há que entender da parábola das dez virgens que relata Mateus. Das almas purificadas das que ali se fala, a metade delas recebem a qualificação de “prudentes”, quer dizer, bem dotadas para discernir entre o bem e o mal, as duas vias que se descobre quando se come da árvore do Paraíso; e as outras virgens, são néscias, não prudentes, por carecer do discernimento que outorga a possessão de tal virtude cardinal.
Segundo se conta, na vinda do noivo místico com o qual há de transpôr a porta das bodas, resultou que as almas prudentes haviam ungido sem cessar a pedra erigida em monumento, o Cristo de Deus, e tinham em sua lâmpada própria e incluso em suplemento, azeite bastante para discernir o lugar do banquete. As outras virgens, escassas de luz em sua lâmpada, pouco trabalhadas de unção, não alcançaram a reconhecer, no momento supremo, ao Filho do homem, isto é, não conheciam sua Palavra.
Como a parábola se refere, sem dúvida, a umas almas muito avançadas em seu Caminho “em” Cristo, posto que eram recipiendárias da unção vertida pelo Espírito do Senhor, há que suspeitar que o sentido parabólico alude a que ninguém pode estar seguro do bom termo de seu processo evangélico até que a “Torre” da unidade fique configurada em uma peça única. Entrementes, é necessário seguir o conselho de Jesus “Vigiai e orai” (Mt 14,38).
Evangelho de Tomé – Logion 103
Quando Jesus diz no evangelho: “Vigiai, porque não sabeis que Dia virá vosso Senhor”, abre a boca em parábola em várias direções distintas, porque o Senhor, o Cristo interior, eterno, é o Ser, o dono de vossa casa, a essência de vós mesmos, o Eu-real-que-és; e se diz: “não sabeis que Dia virá”, o que adverte é que o homem não sabe qual é a percepção perfeita, luminosa (Dia), interior, que é em si mesma igual ao ato de conhecer, ou melhor, reconhecer, o Eu real, verdadeiro, o Ser ; e se diz: “Vigiai, estais despertos”, o que pede não é uma abolição do sono, senão um estar atento, vigilante, a todos os “acontecimentos” da alma.
Estes aconteceres, determinações da alma, há que desmascará-los, “descobri-los” como são, meros apegos adventícios que tomamos como a alma mesma a qual impurificam. E se diz: “Vigiai”, é porque Jesus sabe que quando esses apegos cessam, terminam; quando todos são reconhecidos como apegos, aí está a contemplação pura, diáfana, do Ser, pois esse é seu Dia na paz nova da alma.
Também quando o evangelho diz: “estejam vossas lâmpadas acesas”, fala em parábola, ou melhor, como no logion, diz: “reuni vossa força”, Jesus chama “lâmpada”, ou “força”, à manifestação do Espírito de Deus, acumulada na consciência do homem, como uma aureola ou coroa que se cinge sobre sua cabeça feita ouro.
Isso ocorre quando o homem “recebe a unção” e reúne os ensinamentos espirituais de conhecimento e unidade, pois essa é a natureza da mistura do azeite a ungir, que por ser azeite se esparrama sobre o homem inteiro, Assim como o conhecimento é amor, é também unidade, e por ser unidade é a luz do perfeito. Por isso disse: “Recebereis a força do Espírito que virá sobre vós”.