EVANGELHO DE JESUS: Lc 1:5-25; Lc 1:57-80
Rômulo Cândido de Souza: PALAVRA, PARÁBOLA [RCSP]
Esses nomes estão ligados entre si e repetem o que diz a mensagem narrada no Evangelho de Lucas, Zacarias ao escrever na tabuinha o nome do menino (“João é seu nome”), sua língua se desatou e ele proferiu um cântico de júbilo:
O nome de Isabel (ELISHEBET = “JURAMENTO DE DEUS”) está ligado a uma raiz semita rica de conteúdo: SHEB — SHAB — SHUB”. Com este som formam-se as palavras: FARTURA, ABUNDÂNCIA, JURAMENTO, SETE, SÁBADO, PERFEIÇÃO, DESCANSO, TÉRMINO, FIM, GIRO, VOLTA, TRIGO.
A imagem mental deste som “SHAB — SHEB — SHUB” é um CÍRCULO, que conota repetição, retorno, giro, perenidade das coisas duradouras, da repetição indefinida, da multiplicação infinita do tempo, dos dias, dos anos, das estações e da colheita. Este ciclo perpétuo também evoca a ideia de perfeição, e decorre então: acabamento, término, fim de obra, descanso, sábado.
O anjo Gabriel aparece a Maria e lhe anuncia: “Este é o SEXTO MÊS daquela (ISABEL) que era chamada estéril”. Observa-se o símbolo do número seis, em contraposição com o Sete de Isabel. A obra dos SEIS DIAS é maravilhosa no Gênesis, mas a teofania perfeita, a presença divina definitiva acontece apenas no SÉTIMO DIA, no Dia do Sábado, no dia em que Deus COMPLETA a sua obra. E foi a partir daí, depois do SÉTIMO, no OITAVO DIA que o Verbo se encarna (vide NOME JESUS).
O nome de ISABEL (ELISHABET = “JURAMENTO DE DEUS”) é:
- Dia do Senhor, enquanto teofania, complemento de sua obra, SHABAT = Dia do Sábado.
- Dia Sétimo, perfeito, sinônimo de abundância, fartura (SHEBA)
- Trigo que se multiplica (SHEBER)
- Fonte que jorra em plenitude (SHIBA) (vide Poço)
- São as espigas que amadurecem (SHIBOLET)
- São os brotos que crescem e dão novos frutos (SHIBALIM)
- São as nações que se inebriam e matam a sede (SABA)
- São as tribos de Israel que proliferam (SHEBET)
Lucas colocou sua visão messiânica no símbolo do número Sete.