NATIVIDADE — REIS MAGOS
NASCIMENTO DE JESUS
Qualquer que seja o ponto de origem que tomemos em nosso exame do Solstício, é à tradição cristã que somos atraídos, pois esta deixou sua marca mais clara na face do festival assumindo quase tudo que era mais antigo sob seu guarda-chuva de ritual e crença. Quando olhamos para um tempo distante quando os Magos saíram em busca da Criança Maravilhosa, entretanto, este quadro familiar se fragmenta. Para começar tomemos um cântico latino antigo ao Rei:
Cantai de deserto e floresta e de lugares distantes;
Cantai de todas as nações e cantai de todas as raças;
Cantai da luz que agora brilha em todas as faces;
Cum Virgine Maria
Cantai do Ouvido do Mundo — o que ouve;
Cantai do Coração do Mundo — o que teme;
Cantai da Alma do Mundo — o que ela engendra;
Cum Virgine Maria
Cantai, Monarcas Orientais, vós três caldeus;
Cantai de suas dádivas que sustentam em plenitude;
Cantai, enquanto oram de joelhos;
Cum Virgine Maria
Cantais desta Jovem que deu a luz ao Messias;
Cantai da pureza, da fé e do fogo que arde em seu coração pelo Filho e o Senhor;
Haec Virgine Maria
A cena é familiar para metade do mundo: os Magos, os Três Homens Sábios, viajando à procura de uma maravilha cujo advento leram nas estrelas. Trazem dádivas, de ouro, incenso, e mirra para honrar a criança, e declaram que seu futuro afetará a história da humanidade — uma profecia que demonstravelmente verdadeira. (v. HOMENS SÁBIOS DO ORIENTE)
René Guénon: REI DO MUNDO
…esses personagens misteriosos não representam, na realidade, nada mais do que os três chefes de Agartha. Saint-Yves diz, na verdade, que os três «Reis Magos» vieram de Agartha, mas sem dar qualquer precisão a esse respeito. Os nomes que lhes são atribuídos geralmente, são sem dúvida fantasistas, excepto, no entanto, o de Melki-Or, em hebreu «Rei da Luz», que é bastante significativo.
O Mahanga oferece ao Cristo o ouro e saúda-o como «Rei»; o Mahatma oferece-lhe a mirra (o bálsamo da incorruptibilidade, imagem da Amrita) e saúda-o como «Profeta» ou Mestre espiritual, por excelência. A homenagem prestada assim ao Cristo nascente, nos três mundos, que são os seus domínios respectivos, pelos autênticos representantes da tradição primordial é, ao mesmo tempo, como se nota, a prova da perfeita ortodoxia do Cristianismo, a respeito desta.