PRONOIA

PHILOKALIA-TERMOSPRONOIA = PROVIDÊNCIA, PROVISÃO

VIDE: HEIMARMENE Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado (pronoia) da carne em suas concupiscências. (Rom 13:14) !

Ysabel de Andia: O caminho do deserto interior é desconhecido, só podendo ser descoberto por uma "disposição da Providência" — es epitagmatos tes Pronoias — e confirmado por uma "inspiração" ou uma "moção" divina — ousper theothen kinoumenos -. (Mystiques d'Orient et d'Occident, Abbaye de Bellefontaine, 1994) Ananda Coomaraswamy: PROVIDÊNCIA

DESTINO

A onisciência do princípio espiritual imanente, "intellectus vel spiritus", é o correlativo lógico de sua onipresença atemporal. Só deste ponto de vista se torna inteligível o conceito de uma Providência ("prajna", "pronoia", "prometheia"). O Si mesmo Providencial ("prajnatman") não decreta arbitrariamente nosso "Fatum" (Destino, Fado) senão que é o presenciador de sua operação: nosso Fatum é meramente a extensão temporal de seu ato de ser livre e instantâneo. Nossa confusão se deve somente porque nós consideramos a Providência como um conhecimento prévio do futuro; como se perguntássemos, "Que estava pensando Deus em um tempo antes de que o tempo fosse"!. Na realidade, o conhecimento Providencial não o é mais de um futuro que de um passado, senão somente de um agora. A experiência de duração é incompatível com a onisciência, da qual o si mesmo empírico é portanto incapaz.

Por outro lado, na medida que somos capazes de nos identificar com o Si mesmo Providencial ele mesmo — Gnothi seauton (Conhecer-se a si mesmo), Isto és tu — levantamos acima das consequências do Destino, tornando-se seu espectador ao invés de sua vítima. Assim a doutrina que todo conhecimento é por participação é inseparavelmente conectada com a possibilidade de Liberação (moksha, lysis), dos pares de opostos (Homem Exterior Interior), do qual passado e futuro, aqui e lá, são instâncias pertinentes no presente contexto. Como Nicolau de Cusa o expressou, o muro do Paraíso no qual Deus habita é feito destes contrários, e o caminho reto, guardado pelo espírito superior da Razão, jaz entre eles. Em outras palavras, nosso Caminho jaz através do agora e lugar algum do qual a experiência empírica é impossível, embora o fato da Memória nos garanta que o Caminho está aberto aos “Compreendedores da Verdade”.

Ascetismo e Misticismo

Swedenborg: DIVINA PROVIDÊNCIA