Nilo Judeus

Nilo do Sinai — DISCURSO ASCÉTICO
Nem os judeus.

3. Quanto aos judeus que abraçaram este gênero de vida, sao todos descendentes de Jonadab que, querendo viver da mesma maneira, habitam sempre tendas, se abstêm de vinho e de todas as refeições sofisticadas, e não têm senão um alimento reduzido, limitado à necessidade do corpo. Têm a maior preocupação com as disposições morais e ocupam a maior parte do tempo com a contemplação (theoria), daí denominados essênios, exprimindo sua sabedoria, e a meta de sua filosofia é absolutamente irrepreensível sob todos os pontos de vista, suas ações não o contradizem de maneira alguma. Mas que frutos retiram de seus combates e de sua penosa luta, eles que fizeram morrer o Cristo, o mestre da luta? Para eles igualmente, a recompensa das penas é suprimida, posto que recusam aquele que concede os prêmios e a verdadeira vida. Também se perdem fora da filosofia. Pois a filosofia é a retidão dos costumes com o conhecimento da verdadeira doutrina a respeito Daquele que é. Os judeus como os pagãos se perderam, tendo rejeitado a Sabedoria descida do céu e tendo empreendido um filosofar sem o Cristo que é o único a traduzir em obras e em palavras a verdadeira filosofia.