No budismo antigo: «transmigração», à qual estão submetidos todos os seres vivos (sattva), homens, deuses, animais, retornantes esfomeados e danados, e que os obriga a renascer indefinidamente, mudando em geral de tipo de existência, de destino (gati), em função da qualidade boa (kushala) ou má (akushala) de seus atos (karman) passados. A meta do budismo é de pôr um fim a esta transmigração alcançando um estado estável e definitivo, onde não se sofrerá mais nascimento nem morte nem dor (dukha): o nirvana.
No Mahayana, particularmente no Madhyamaka, diz-se que não há a menor diferença entre a transmigração e a extinção (mas não que sejam idênticas). O nirvana é, com efeito, o samsara evacuado; e o samsara, o nirvana ocultado pelo véu das aparências. Samsara e nirvana formam um par enganador, segundo G. Bugault; na verdade só o nirvana é objeto último, meta última e sentido último. (Excertos de Les notions philosophiques).