PARRHESIA = CERTEZA, CONFIANÇA
EVANGELHO DE JESUS: Jo 16:25; Mc 8:31-32; Ef 3:10-12; Hb 4:15-16
Versão francesa: Designa o estado de liberdade, de confiança, de certeza diante de Deus.
Versão inglesa: Comunhão íntima — literalmente franqueza, liberdade de fala, assim liberdade de se aproximar de Deus, tal como Adão possuía antes da queda e os santos ganharam de novo pela graça; um sentido de confiança e segurança na misericórdia de Deus.
Intertext: FÉ (parrhesia) — etimológicamente, en griego, significa “decir todo,” es decir, libertad de palabra y, por lo tanto, confianza, franqueza, seguridad. En el Nuevo Testamento, tiene generalmente un sentido positivo: es la seguridad infundida por el Espiritual, para dar testimonio en Cristo, frente a Dios. Pero el vocablo tiene también el significado negativo de excesiva seguridad, desenfado, libertad en sentido negativo, libertad equivocada, exceso de confianza en sí mismo: éste es quizás, el sentido prevalentemente usado por nuestros autores. Indica de este modo, la actitud fundamentalmente contraria a la humildad.
Jean-Claude Larchet: TERAPÊUTICA DAS DOENÇAS ESPIRITUAIS
En ese estado primordial donde se realizaba el verdadero fin de su naturaleza, Adán rogaba continuamente a Dios, alabando y glorificando sin cesar a su Creador, conforme a su voluntad. Cultivando en su alma los pensamientos divinos y nutriéndose de ellos, vivía permanentemente en la contemplación de Dios. Reconociendo la presencia de las energías divinas en las criaturas, se elevaba por medio de ellas hacia el Creador y las elevaba hacia Dios en él, que había sido instituido su rey (de las criaturas), realizando así su función de «intermediario entre Dios y la materia» cumpliendo la misión que le había sido conferida por Dios de unir el mundo sensible al mundo inteligible, «reuniendo por el amor la naturaleza creada con la naturaleza increada, haciéndolas aparecer en la unidad y la identidad». Viendo a Dios continuamente en todo ser él lo veía también en sí mismo, ya que la pureza de su alma le permitía contemplarlo allí como en un espejo. Podía hasta gozar de la visión divina cara a cara. «No habiendo en él nada que le impidiera conocer lo divino — escribe [wiki base=”es”]s. Atanasio de Alejandría[/wiki] — su pureza le permitía contemplar sin cesar la imagen del Padre: el Verbo de Dios». Adán en ese estado «vivía en Dios y Dios vivía en él». Adán, en este estado «permanecía en Dios que permanecía en él». Del mismo modo, todos los Padres nos presentan al primer hombre manteniendo con Dios relaciones de familiaridad (parresía), y el libro del Génesis nos lo muestra además conversando diariamente con Él, con toda libertad, en el Paraíso. Rodeado de la gracia divina vivía en un estado permanente de intenso gozo espiritual: los Padres evocan siempre la dulzura, las delicias, la alegría, la felicidad, el bienestar que conllevaba esta contemplación y que esta relación estrecha con Dios le permitía participar en la beatitud misma de la vida divina. El hombre, dice [wiki base=”es”]s. Atanasio de Alejandría[/wiki], vivía entonces «su verdadera vida», es decir, aquella para la cual había sido creado, que constituye la finalidad normal de su naturaleza auténtica.
Perenialistas
Frithjof Schuon: Schuon Pérolas Peregrino
O mistério é como que a infinitude interior da certeza, e esta última não poderia exaurir o primeiro.
O mistério da certeza é que, por uma parte, a verdade está inscrita na substância mesma de nosso espírito — posto que estamos feitos a imagem de Deus — e que, por outra parte, somos o que podemos conhecer; pois bem, podemos conhecer tudo o que é, e O único que é.
De onde vem a certeza aos santos e profetas à respeito de suas inspirações sobrenaturais? Por que Joana d’Arc acreditou em suas vozes? É porque existe uma evidência ontológica nas inspirações elas mesmas: crer nelas é tão óbvio quanto crer em sua própria existência.
!
Citações dos Padres — em nosso site francês
Thomas Merton: O HOMEM NOVO
O conceito de intimidade do homem com Deus (homem feito a sua imagem e semelhança), tanto no trabalho como na contemplação, foi, por vezes, expresso pelos Padres da Igreja pela palavra parrhesia. A melhor tradução deste termo é, talvez, “liberdade de expressão”. A palavra representa, de fato, os direitos e privilégios de um cidadão numa cidade grega. Essa “liberdade de expressão” representa, ao mesmo tempo, o dever e a honra de exprimir o próprio pensamento plena e francamente, nas assembleias civis que governam o Estado. A narrativa do Gênesis conta-nos a “liberdade de expressão que gozava Adão, frente a Deus. Isso não tanto por uma descrição direta do fato, como por informar-nos sobre o que substituiu esse privilégio quando ele desapareceu.
(…)
A parrhesia de que falam os Santos Padres é uma expressão simbólica da perfeita adaptação à realidade que veio do fato de ser o homem, exatamente, o que devia ser na intenção de Deus: isto é, perfeitamente ele mesmo, no mais elevado sentido místico em que empregamos constantemente esta expressão nessas páginas. Isso não só dava ao homem acesso a todas as potências latentes em sua natureza humana, não só o colocava em comunicação total com todas as coisas criadas, conferindo-lhe domínio sobre as mesmas, mas, ainda, o mantinha em livre contato com o Espírito de Deus.
Todavia, se a metáfora de parrhesia expressa a perfeita atualização do homem pela sua união sobrenatural com o Espírito de Deus, expressa, ao mesmo tempo, a união e coesão de todos os dons naturais e preternaturais que tornaram o homem o que Deus tencionava que ele fosse. Parrhesia, portanto, simboliza a perfeita comunicação da inteligência do homem com Deus, pelo conhecimento (gnosis) e pela contemplação (theoria). Simboliza também a perfeita comunhão da vontade (thelema) com Deus, pela caridade (agape). Os sentidos e as paixões (pathos) de Adão estavam perfeitamente submissos a sua inteligência (nous) e vontade (thelema), e essas, por sua vez, estavam perfeitamente unidas ao Espírito de Deus.