VIDE: Divindade; Shekinah; Sephiroth; Nome; Nomes Divinos; Elohim; YHWH; YHW; YHWH Elohim; Allah
Ramón Arola: O SIMBOLISMO DO TEMPLO
Toda a exegese hebraica está baseada no Nome do Senhor: encontramos um comentário de E.H.: “Os Antigos ensinaram que, devido à transgressão de nossos primeiros pais, o Nome Divino foi dividido em dois. As duas primeiras letras separaram-se das duas últimas. Deste então, estas duas partes, que estão vivas, procuram-se eternamente, vagando pelos mundos. A obra da cabala é reuni-las, também sendo denominada obra marial ou messiânica. As duas primeiras letras, IH, formam a palavra Ia. Está no céu, onde sonha eternamente, sempre insatisfeita. Em hebraico, são as letras iod e he. As duas últimas letras são VeH. Pronunciam-se Hu, o que significa “Ele” em hebraico. Estão neste mundo de exílio com o homem que possui o sentido e a palavra, porém extraviadas e reduzidas à dimensão do exílio. As duas primeiras são um ser insensato que sonha e pensa, sem conhecer-se. As duas últimas são um ser enfeado pela concupiscência do sensível, no exílio. Tais são o céu e a terra, que devemos reunir para formar o reino — e os cristãos dizem, em suas orações: “Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu…” — e torná-los uma só coisa. Por este motivo, vemos em Deuteronômio, 6,4: “Ouve, Israel, YHWH nosso Deus é o único Senhor.” Isto não significa que seja uno, só, mas é como se fosse dito: “Que os demais povos venerem um deus inacessível no céu ou se prosternem diante de um ídolo terrestre impotente. Teu Deus, o teu, Israel, é a união do céu e da terra, porque ele é uno, porque está reunificado.”
Explicam os Sábios Antigos, que a separação do Nome de Deus em duas partes ocorreu quando da destruição do Templo de Jerusalém. Quando o templo existia, o Nome de Deus, YHWH, era pronunciado uma vez ao ano pelo Sumo Sacerdote, no Santo dos Santos do templo. Destruído o templo, o Nome não mais pôde ser pronunciado, pois para isto precisa do lugar apropriado, onde se unem o céu e a terra. No exílio, pode-se escrever o nome, mas não pronunciá-lo, daí por que os hebreus leem o Tetragrama (YHWH) como Adonai (que significa Meu Senhor) ou como Hashem (que significa O Nome). Portanto, para que as duas partes do Nome sejam reunificadas, precisamos encontrar o templo, o lugar onde o céu e a terra podem unir-se.
Vladimir Lossky:
En lo concerniente a los nombres que aplicamos a Dios, nos revelan sus energías (energeia) que descienden hacia nosotros, pero no nos acercan a su esencia inaccesible (apophasis). Para san Gregorio de Nisa, todo concepto relativo a Dios es un simulacro, una imagen falaz, un ídolo. Los conceptos que formamos según el entendimiento y la opinión que nos son naturales, basándonos en una representación inteligible, crean ídolos de Dios en vez de revelarnos a Dios mismo. No hay más que un nombre para expresar la naturaleza divina: es el asombro que embarga al alma cuando piensa en Dios. San Gregorio Nacianceno, citando a Platón sin nombrarlo («uno de los teólogos helenos»), corrige del siguiente modo el pasaje del Timeo sobre la dificultad de conocer a Dios y la imposibilidad de expresarlo: «es imposible expresar la naturaleza de Dios, pero aún menos posible es conocerla». Este arreglo de la sentencia de Platón por parte de un autor cristiano a menudo considerado platonizante muestra por sí solo cuán lejos está el pensamiento de los padres del de los filósofos.
Nicolas Boon: NO CORAÇÃO DA ESCRITURA – O Nome Sagrado
Moisés recebeu a revelação do Deus Único no Monte Sinai. A sua demanda, quando Deus o envio ao Egito para liberar seu povo: “se me demandarem qual é seu nome, que devo responder?” Deus lhe disse: “Eu sou aquele que sou”. Isso quer dizer: o ser é minha essência ou não posso não ser. Eu sou o Eterno. Em hebraico se diz: eheyeh ascher eheyeh. Donde o Nome: “Aquele que é”. Este nome já está inscrito na demanda de Moisés: “se me demandam qual é seu nome, que devo responder?”. Em hebraico esta frase é curta: (se) A mim que seu nome, que? (li mah schemo mah) (Ex. III, 13-14). Observemos as últimas letras de cada palavra. Estas quatro letras são em hebraico: YHWH. É o nome sagrado por excelência. Não ouso dar a pronúncia, pois somente o grande sacerdote tinha o direito de pronunciá-lo uma vez por ano no santo dos Santos. Na Bíblia adicionou-se vogais. São em realidade as vogais do nome Adonai. Para o judeu, ainda hoje, estas vogais são um aviso para dizer: Adonai, que quer dizer Senhor. De minha parte escrevo sem as vogais. Elas dão lugar a pronúncias inexatas como YHWH e Javé. O judeu não pronuncia jamais, a princípio por respeito e em seguida porque este nome quer dizer muito mais que “Deus existe”. É sobretudo, uma Presença ativa, logo um segredo que não se pode expressar em palavras. Em nossas traduções dizemos: “Tetragrama”. é uma palavra grega. Tetra que dizer quatro e gramma: letra. As vezes dizemos também o Eterno. Evitamos a palavra Senhor para bem distinguir o Nome sagrado de Adonai quando a palavra se apresenta. Isso nos evita uma certa confusão. Salientamos, para concluir que o valor numérico deste Nome é 26: I (yod) = 10; H (he) = 5; W ou V (vav) = 6; H (he) = 5; assim 10 + 5 + 6 + 5 = 26. Retemos este número pois tem sua importância. Por vezes encontramos este número escrito assim: IDVD. Desta letra H (hé), decomposta em daleth D e vav V. Não se trata de simples substituição de uma letra por outra, mas da absorção dos dois V em um só, o do meio. Os três V são as três colunas da árvore sefirótica (v. Sephiroth). Os dois D (daleth) são as duas portas, a de baixo, em Malkuth, aquela do alto, em Binah.
William Chittick: Caminho Conhecimento
“Allah,” the all-comprehensive name, refers to all attributes of Being at once. It also alludes to Being’s relationship with the whole hierarchy of existence that reflects Its attributes in varying intensities, a hierarchy that is called, in the language of the theologians, the “acts of God.” Other divine names refer to relatively specific attributes of Being, such as Life, Knowledge, Desire, Power, Speech, Generosity, and Justice. According to a saying of the Prophet, there are ninety-nine of these “most beautiful” divine names, though other names are expressed or implied in the Koran and various prophetic sayings. Each name enunciates an attribute of God, Sheer Being. The effect (athar) or property (hukm) of each name can be traced within existence, if, that is, we are given the insight and wisdom to do so. This in fact is the task that Ibn Arabi undertakes in the Futuh t, though he is fully aware that every book in the universe would be insufficient to record all the properties of the divine names, all the “words” of God. As the Koran puts it, “Though all the trees in the earth were pens, and the sea — seven seas after it to replenish it — (were ink,) yet would the words of God not be spent” (31:27).
Ibn Arabi: Ibn Arabi Adão P001
Javary Nomes Deus