Um estado de vida e o estado correspondente da alma: a reclusão e a solidão de um lado, e de outro o repouso, o silêncio dos pensamentos e dos movimentos, a quietude, a suspensão que torna a alma e particularmente a mente (“o olho da alma”) e o coração (“a raiz dos poderes”) disponíveis para uma contemplação tão ininterrupta quanto possível. Contemplação, diria-se também justamente oração pois tudo é um. Explica-se que a hesychia, como a oração do coração da qual é ao mesmo tempo clima e emanação, vieram abarcar toda a riqueza da mística e da ascese a partir do desinteresse, da apatia e da nudez da mante até esta inconsciência de si na oração que a oração pura celebrada por Evágrio e também o não-saber que assim forma a experiência suprema. (Jean Gouillard – Pequena Philokalia)