COSMOLOGIA — CICLO — Estações do Ano
VIDE: PRIMAVERA, VERÃO, OUTONO, INVERNO
Ananda Coomaraswamy: Arte e Simbolismo Tradicional
Assim pois, é por meio do Sol, frequentemente descrito como o «olho» de Titã, como Ele ([wiki base=”en”]Varuna[/wiki]) presencia, experimenta, e «come» os mundos do ser contingente sob o Sol, os quais estão em poder da Morte, e são propriamente Seu alimento; é por meio do Sol como estes mundos são em primeiro lugar «medidos», ou «criados». E é justamente isto o que está implícito no trabalho dos [wiki base=”en”]Ribhus[/wiki], que fazem do «prato» solar único quatro do mesmo tipo, pelos quais nós só podemos compreender as quatro estações solares, que representam os limites do movimento solar nas quatro direções (o movimento diário de Leste a Oeste e em seguida novamente, e o anual de Sul a Norte, e em seguida novamente). Se tratará então de obter «alimento dos quatro quadrantes» ([wiki base=”en”]Pancavimsa Brahmana[/wiki] XV.3.25): isto pode parecer uma grande coisa de um ponto de vista humano, mas pode se ver facilmente que está muito mais de acordo com a dignidade da unidade divina obter todo tipo de «alimento» possível de uma única fonte, de um verdadeiro cálice de plenitude, que obter estes variados alimentos de fontes tão amplamente extensas: do que [wiki base=”en”]Tvastr[/wiki] se ressente, com efeito, é da partição de sua unidade central implicada por uma extensão nas quatro direções. Se tudo isto se atribui no Rig Veda seja à Deidade em pessoa, ou seja alternativamente a uma tríada de «artistas» subsequentemente deificados, isto só se pode compreender com o significado de que estes últimos são coletivamente as três direções do espaço, e neste sentido «poderes» cuja operação é indispensável para a extensão de qualquer «campo» horizontal nos termos dos quatro quadrantes.
René Guénon:
*AS PORTAS SOLSTICIAIS
*O SIMBOLISMO DO ZODÍACO NOS PITAGÓRICOS
*O SIMBOLISMO SOLSTICIAL DE JANUS
*A RESPEITO DOS DOIS SÃO JOÃO
Pierre Stables: DUAS CHAVES INICIÁTICAS DA LEGENDA DOURADA: CABALA E I-CHING
A Legenda Dourada nos fala do «Jejum dos quatro tempos»: «O homem é composto de quatro elementos quanto ao corpo, e de três poderes que são o racional, o concupiscível, o irascível, quanto à alma… O sangue aumenta no inverno… jejua-se em consequência na primavera, para debilitar em nós o sangue da concupiscência e da louca alegria; o sanguino é com efeito libidinoso e folião». A primavera é comparada ao ar, o verão ao fogo, o outono à terra, e o inverno à água. Jejua-se portanto na primavera para conter em nós o ar da presunção e do orgulho, e também para obter «ser filhos pela inocência». Se se jejua três dias, é «para satisfazer em um dia as faltas cometidas em um mês». Nos «quatro-tempos», jejua-se pelas quatro estações.
Uma razão complementar do jejum das Rogações se deduz também da Legenda Dourada. Trata-se de superar o estado de Adão enquanto este é ligado à libido. Com efeito Adão «foi criado em março, e foi pecador em março, uma sexta-feira, na sexta hora». O primeiro dia de jejum das Rogações inclui esta data, e o que ela comporta.