HUMANO — CORPO


O corpo é o veículo de uma partícula da Alma do Mundo caída neste plano horizontal de existência material, de acordo com a providência divina. A capacidade mental, sentimental e sensorial necessária para esta ex-sistência, para o aparente trânsito passageiro neste plano de existência, apoia-se em parte neste veículo. Entretanto, o corpo não é o que somos; é um instrumento da vida no meio que transita. O mim mesmo que a partir dele se constitui enquanto pseudo realidade do Eu Sou é um sonho, uma ilusão, um personagem em uma estória que cada um se conta. Segundo esta estória, tudo começa com a crença na separação, no pecado original, nas túnicas de pele que são de fato túnicas de cegos, de ignorância. O corpo é, nesta estória de queda, a garantia da validade desta crença na separação, e a afirmação do medo, da morte, da finitude. No entanto, a importância do corpo na estadia neste plano de existência está em ser um instrumento de comunicação, de comunhão, entre as partículas da Alma do Mundo, confinadas nesta aparente prisão do mundo. O valor real do corpo pode ser restaurado pelo Espírito Santo, pois nunca deixou de estar aí presente. O justo propósito dado pelo Espírito Santo, na afirmação da Trindade através do ser humano é aquele capaz de orientar nossa apropriação do corpo na jornada de unificação da multiplicidade em unidade.


Evangelho de Jesus: candeia do corpo; corpo do Cristo

Orígenes: realidade corporal

Agostinho de Hipona: corpo de Adão

Bossuet: corpo

Charbonneau-Lassay: corpo

Fénelon: homem corporal

René Guénon: envolturas do si mesmo; condições da existência corporal

Frithjof Schuon: Esoterismo como princípio e como via — corpo

Julius Evola: Ioga tântrico — corpo; corpo imortal

Ananda Coomaraswamy: corpo e olhos

Nisargadatta: corpo-mente

Henry Corbin: Corpo espiritual e Terra celeste

Taiji: corpo

Platão: corpo humano

Michel Henry: Encarnação — corpo

Peter Brown: Corpo e Sociedade — corpo

Maurice Nicoll: corpo psicológico