Julian de Norwich Matthew Fox

Matthew Fox — Contribuição de Julian de Norwich
Excertos da tradução de Barbara Theoto Lambert

Evelyn Underhill considerou Julian “a primeira mulher de letras inglesa”. Só isso deveria bastar para tornar Julian importante na história ocidental, o que de fato não aconteceu. Estamos de posse de mais de cinquenta manuscritos de Walter Hilton, contemporâneo de Julian; dela, possuímos no máximo cinco. É o caso de se pensar que sua obra não tinha boa circulação em sua época ou na nossa. Qual é a razão disso? Arrisco-me a fazer duas suposições: primeira, porque é mulher, e segunda, porque se concentra na criação. Enquanto a pretensão de Hilton à fama é a imagem batida da subida da escada espiritual, Julian ignora essas perfumarias e cria poderes para um modo de vida não-competitivo, não-compulsivo, cheio de interesse e compaixão por todas as criaturas. Neste breve prefácio, gostaria de citar algumas das contribuições de Julian para nossas necessidades de hoje. Pode bem ser que outra razão pela qual ela tenha sido ignorada, com tanta frequência, seja que até hoje não estávamos preparados para ela. Esse, na verdade, pode ser o caso de muitos dos grandes místicos centralizados na criação, como Hildegard de Bingen e o Mestre Eckhart, com quem Julian tanto aprendeu.

  • Repouso
  • Bondade
  • Sensualidade
  • Salvação
  • Maternidade
  • Divinização