O iod é a menor de todas as letras do alfabeto hebraico e, no entanto, é dele que se derivam as formas de todas as outras. [Daí as palavras: “até que passem o céu e a terra, nem um só iota (isto é, um só iod) ou um só traço (parte de letra, forma elementar comparável ao iod) da Lei passará, sem que tudo se cumpra” (Mateus, 5,18).] A essa dupla correspondência, aliás, liga-se o duplo sentido hieroglífico do iod, como “princípio” e como “germe”: no mundo superior, é o princípio, que contém todas as coisas; no mundo inferior, é o germe que está contido em todas as coisas. São os pontos de vista da transcendência e da imanência, conciliados em uma única síntese de harmonia total. O ponto geométrico é, ao mesmo tempo, o princípio e o germe das extensões; a unidade aritmética é, ao mesmo tempo, o princípio e o germe dos números; assim também, o Verbo divino, conforme seja considerado, ou na eterna subsistência em si mesmo, ou como “Centro do Mundo”, é ao mesmo tempo princípio e germe de todos os seres. [Guénon]
Na Cabala, o iod é considerado como formado pela reunião de três pontos que representam as três middhoth [dimensões] supremas, dispostas em esquadro; este está voltado para o sentido contrário ao que forma a letra grega Γ, o que poderia corresponder aos dois sentidos opostos de rotação da suástica. [Guénon]