NAASSENOS — Hino Naasseno
Hino naasseno apud pseudo-Hipólito de Roma, Réfutation de toutes les hérésies, Philosophoumena (c. 230), V, 10, trad.: A. Siouville, Éd. Rieder, 1926, 1.1, p. 162.
CENTER()/A primeiríssima lei geradora do universo foi a inteligência;
o segundo princípio, após o que primeiro nasceu, foi o caos confuso;
o terceiro grau, na confecção dessa lei, coube à alma.
Devido a isso, revestida de uma forma aquosa,
ela pena, brinquedo e escrava da morte.
Ora, investida da realeza, ela desfruta da luz;
ora, mergulhada na infelicidade, ela chora.
Ora ela chora, ora ela ri;
ora ela chora, ora ela é julgada;
ora ela é julgada, ora ela é morta;
ora enfim ela não mais encontra saída,
infortunada que seus caminhos errantes têm conduzido a um labirinto de infortúnios.
Então Jesus diz: “Olha, ó Pai!
alvo da desdita, ela erra ainda sobre a terra,
longe de teu sopro;
ela busca fugir ao odioso caos
e não sabe como atravessá-lo.
Eis a razão, Pai, envia-me!
Descerei levando os selos,
atravessarei a totalidade dos éons,
revelarei todos os mistérios,
mostrarei as formas dos deuses,
transmitirei, sob o nome de gnose,
os segredos do sagrado caminho”.CENTER/
Gnosticismo
Hans Leisegang
Este salmo, em tão lastimável estado que alguns termos e expressões permanecem obscuros, permite, todavia, que ainda sejam reconhecidas as grandes linhas do sistema gnóstico subjacente: um Espírito macho, um Caos fêmea saído dele, entre os dois a Alma, cuja parte superior habita junto ao Espírito, como Jesus-Logos, e cuja outra parte caiu na matéria. Jesus realiza a Salvação descendo do mundo espiritual sobre a tetra. O ato da Salvação encerra o ciclo do futuro cósmico: Jesus parte do Espírito, descendo na alma e em um corpo terrestre para libertar a alma do terrestre e espiritualizá-la. Ele é assim, ao mesmo tempo, um homem pneumático, homem psíquico e homem escolhido. Ele reúne em si os dois sexos. A natureza do Salvador reflete nela tanto a essência da humanidade quanto a do Cosmo e Hipólito tem razão ao escrever: “Eles veneram, como princípio do universo, um Homem e um Filho do Homem. Esse homem é andrógino; eles lhe dão o nome de Adamas. Compôs-se em sua honra numerosos e variados hinos. Esses hinos são concebidos mais ou menos da maneira seguinte: ‘Por causa de ti, o Pai, e para ti, a Mãe, esses dois nomes imortais, procriadores dos Éons, ó cidadãos do céu, homem do grande nome’”. Eles o dividem, como Gerião, em três partes, cuja primeira é espiritual, a segunda psíquica e a terceira terrestre. Segundo eles, é pelo conhecimento desse homem que se inicia o conhecimento de Deus: “O conhecimento do homem”, dizem eles, “é o início da perfeição; o conhecimento de Deus é a consumação”. Todos esses elementos (espiritual, psíquico e terrestre) foram reunidos no mesmo homem, em Jesus, nascido de Maria. E esses três homens falam da mesma maneira e ao mesmo tempo de sua substância respectiva cada um aos seus congêneres. Segundo eles, há três espécies de seres: os seres angélicos, os psíquicos e os terrestres, e três espécies de igrejas: a igreja angélica, a psíquica e a terrestre, às quais eles denominam respectivamente eleita, chamada e cativa (cf. Mat, 20, 16).
Francisco García Bazán
De las pocas palabras registradas del himno mencionado en Elenchos V, 6,5, es posible deducir que por encima del Hombre en sí o celestial, se encuentra el Padre verdaderamente inefable (= Divinidad Suprema) y la Ennoia o Pensamiento del Padre, aqui denominada elípticamente Madre, puesto que son sus progenitores. Con tales indicaciones el orden pleromático y superior se ofrece sobreentendido y el Hombre primordial ocupa en este sistema el lugar del Primogénito del Pleroma. Es decir, se trata, gnósticamente, del ejemplar en relación con el mundo que llama, consecuentemente, al hombre a su salvación o perfección y que con su plenitud sostiene el mundo perecedero y del devenir. Pero, lo repetimos, el concepto clave que circula por esta noticia es el del hombre y, por ello, ya sea como macro o microcosmos todo va dirigido por esta noción central. Según lo dicho, por consiguiente, la tricotomía que aqui subyace no tiene que ver con princípios ontológicos, sino que es propiamente humana (espíritu, alma, cuerpo), (siguiendo igualmente dicho modelo), soteriológica (como el clásico comienzo, médio y fin, u hombre de arriba, hombre en el mundo y hombre liberado o nuevamente de lo alto —figura del salvator salvandus— o cosmológica: el Hombre sustancial es la base inmutable (el impotente Attis) de toda generación, pero a ésta la sostiene el alma, principio de vida y de movimiento (tanto cósmico como individual), de aqui los diferentes niveles anímicos simbolicamente desarrolla-dos con el mito griego (Selene, Perséfone y Afrodita), la que al igual que todo aquello de lo que origina el movimiento y la vida, de Aquél dependen, a Aquél aspiran y, por eso, sólo en Él podrán encontrar su reposo (tal jerarquia y necesaria subordinación queda elocuentemente expresada a través de los diferentes nombres y de las correspondientes exégesis que se atribuyen a Adamas: Attis, Hermes cilenio, Coribiante, Papas, estéril, espiga segada, etc.). Que lo dicho es así, lo sabe soberanamente el gnóstico, por eso se descu-bre en su dimension más profunda, como espiritual, y asciende al cielo siguiendo el camino abierto por el pneumático por excelencia, Jesús. Si la serpiente ocupa en esta escuela como en otras conocidas un lugar preponderante, ya sabemos que ello no es más que otra de las expresiones de la actitud antinómica del gnóstico (subsidiaria de su dualismo espiritualista), porque ha sido la verdadera reveladora del conocimiento, por oposición a la interpretación teológica superficial de la Iglesia mayoritaria (ésta no es más que psíquica o carnal). Ahora bien, cuando en vários pasajes del texto hipolitiano se utilizan términos y fórmulas de la teologia negativa ello es particular y no técnicamente, pues tales expresiones no se refieren a la Divinidad Suprema propiamente inenarrable, sino al âmbito pleromático o espiritual que, naturalmente, también ofrece una distinción de nível respecto del cósmico, que ofrece dificultares para expresarse discursivamente. El hálito metafísicamente unitivo y la contraparte separativa que corre por estos testimonios, ha encontrado apto para expresarse, con toda legitimidad, elementos reflexivos del syndesmós de la tradición platónica. Ello, el lector lo irá comprobando, no constituye una novedad insólita entre los gnósticos.