Gregorio do Sinai

PHILOKALIA-AUTORES — GREGÓRIO DO SINAI
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(incluindo contribuições de Antonio Carneiro)

Séculos XIII e XIV, feito prisioneiro dos turcos, foi resgatado pelos cristãos, partiu para Chipre, o Sinai e finalmente se instalou no Monte Athos. Ao final da vida foi para Macedônia onde criou três mosteiros.

Aparece na tradição como o iniciador e pedagogo da renovação hesicasta. A Philokalia reúne cinco coletâneas extensas, das quais se destacam aquelas sobre a hesychia.

Jean Gouillard o apresenta assim:
Originário da Ásia Menor, durante muito tempo sua vida é apenas uma série de peregrinações que o levam de Clarzômena a Laodiceia, a Chipre, ao Sinai, de onde trará seu cognome, e a Creta; ali, o hesicasta Arsênio desvenda-lhe a oração do espírito. Ele leva a boa nova ao Atos, onde se admiram de que Nicéforo não tenha tido mais seguidores. Lá, recruta alguns discípulos, entre os quais seu futuro biógrafo Calisto (mais tarde patriarca de Constantinopla, o primeiro do nome).
A instabilidade política e a insegurança do país obrigam-no a novas mudanças. Depois de se instalar na Bulgária pela primeira vez, na solidão da Paroreia, vai voltar mais tarde para lá, onde irá fixar-se e morrer.

A Philokalia inclui cinco escritos de Gregório, encontrados também na P.G. t. 150, cc. 1239s: um Acróstico sobre os mandamentos… de forma bastante especulativa e às vezes curiosamente alegórica — que o “Peregrino russo” desaconselha aos iniciantes; Capítulos heterogêneos e três opúsculos, muito parecidos, sobre a vida hesicasta.
Para Gregório, a vida espiritual consiste em recobrar, ou antes, em redescobrir experimentalmente a “energia” batismal e em perceber a luz. Pode-se chegar a isso por diversos caminhos. O mais curto é o da oração do espírito, no sentido que a expressão toma cada vez mais: oração de Jesus, acompanhada da técnica respiratória. Gregório, sem se estender muito mais sobre o ritmo da respiração, explica mais que outros a utilização da invocação, alude a certa dor no corpo, após o método, e por fim dá, mais longamente, detalhes de seus efeitos psicológicos: calor, alegria, etc. Entretanto, uma vez, ele ressalta com decisão o caráter estritamente relativo a técnica propriamente dita (p. 192). Nutrido de Clímaco e de Simeão, o Novo Teólogo, Gregório domina toda a restauração hesicasta dos séculos XIII-XIV. Terá discípulos e imitadores. Mas não acrescentarão grande coisa. Veremos isso pelos autores que se seguem.

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