Sermão da Montanha — As Bem-aventuranças (Mt 5, 3-11; Lc VI, 20-26)
André Chouraqui: MATYAH — EM MARCHA... ! Tomás de Aquino: Catena aurea
Mestre Eckhart: SERMÃO XLI, SERMÃO LII
Hans Dieter Betz: The Sermon on the Mount: A Commentary on the Sermon on the Mount, Including the Sermon on the Plain (Hermeneia: a Critical and Historical Commentary on the Bible)
Como uma obra prima musical começa com um intróito, o Sermão da Montanha abre com uma extraordinária sequência de proposições, as chamadas Beatitudes. O nome beatitude é derivado do latim beatitudo, que corresponde ao grego makarismos («macarismo»), um título que pode ter sido usado talvez mesmo no NT (Paulo Apóstolo). O termo designa um gênero literário; origina-se do adjetivo makarios ("bendito" ou "feliz"), que é repetido nove vezes no Sermão da Montanha (cf. as quatro beatitudes do Sermão da Planície (Lucas 6, 20-24).
Antigas passagens de beatitudes (egípcias e gregas, v. makarios) demonstram alguns aspectos importantes que também se aplicam às beatitudes do Sermão da Montanha e do Sermão da Planície. Naturalmente, as beatitudes no Sermão da Montanha e no Sermão da Planície não são retiradas dos antigos cultos gregos dos Mistérios, mas se desenvolveram da uma matriz judaica. O AT e a literatura pós-bíblica contêm um grande número de beatitudes, apresentando-as em uma ampla variedade de formas e funções e fazendo portanto difícil ver suas características primárias. Comparando todos esses materiais chega-se às seguintes conclusões:
Sua função original é no ritual.
Sua natureza é aquela de proposições declarativas,
A orientação futura é escatológica assim como deste-mundo,
Estão conectadas com ética e moralidade.
Perenialistas: BEATITUDES
Gnosticismo: SERMÃO DA MONTANHA
Filosofia: MICHEL HENRY — BEATITUDES
Gurdjieff: BEM-AVENTURADOS