Efrem — Comentário do Diatessaron
Há na maneira de agrupar as perícopas do Diatessaron, apesar dos traços comuns, duas tradições diferentes, a oriental e a ocidental. A oriental está representada por Efrem e o diatessaron árabe, assim como pelo fragmento de Dura-Europos, que apoia fortemente sua autoridade. A ocidental é sobretudo representada pelo Códice Fuldensis, que segue o o diatesseron toscano e de modo geral os diatessarons veneziano e neerlandês. O diatessaron persa não se associa a nenhuma destas tradições, é parece difícil falar da ordem de sua perícopas.
O testemunho de Efrem sobre o Diatessaron é respeitado até que se encontre algo melhor. Efrem o escreveu dois séculos após Taciano e neste intervalo as influências corruptoras tiveram campo, apesar de o Comentário ser em siríaco assim como o Diatessaron. Se Efrem não cita todo o Diatessaron de Taciano, o que cita é certamente de seu autor original.
Até 1957 este comentário era considerado perdido, só se conhecendo fragmentos. Entretanto uma versão armênia foi conservada em dois manuscritos. Estes foram editados em 1846, segundo um destes manuscritos então disponível. Durante o outono de 1957, um evento inesperado se produziu: uma carta do British Museum datada de 21 de setembro citava a aquisição de um manuscrito siríaco do Comentário. Entretanto quase a metade do manuscrito armênio não se encontra neste manuscrito siríaco. Mas de qualquer modo o que se encontra em armênio coincide bem com o original siríaco, permitindo supor a legitimidade da versão armênia. (resumo da apresentação de Louis Leloir do “Comentário do Diatessaron”, publicado pela “Sources Chrétiennes”)
Excertos
Citações
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