Anjos [Orígenes]

O texto, «reunindo toda espécie de peixes» pode significar o apelo das nações de toda raça. Aqueles que estão a serviço «da rede lançada no mar», é o Senhor da rede, Jesus Cristo, assim como os anjos que se aproximam para servi-lo, e que não retiram a rede do mar para o arrastar, longe dela, sobre a margem das realidades estrangeiras a esta vida, se a rede não está cheia , quer dizer se «o pleroma das nações» não entrou em suas malhas. Mas quando aí entrou, então puxam longe das realidades daqui de baixo, e levam sobre o que é representado pela margem: aí se porão ao trabalho aqueles que a terão puxado e que, sentados ao longo da margem onde estarão instalados, colocarão cada um dos bons peixes presos à rede, no lugar que lhe cabe neste que é chamado aqui suas cestas, e aqueles que estão em disposições contrárias e chamados maus peixes, jogarão fora. Este «fora», é a fornalha de fogo, segundo a interpretação do Salvador: «Assim será na consumação do século: chegarão os anjos que separarão os maus do meio dos justos, e os jogarão na fornalha de fogo». De resto, deve-se notar que, já, pela parábola do joio e a precedente similitude, aprendemos que os anjos devem receber a missão de julgar e separar os maus dos justos, pois é dito mais alto que «o Filho do homem enviará seus anjos e que eles recolherão, em seu reino, todos os escândalos e aqueles que cometem a impiedade, para os jogar nas fornalha de fogo: aí haverá choros e ranger de dentes». Aqui é dito que «virão os anjos, que separarão os maus do meio dos justos e os jogarão na fornalha de fogo» (v. PARÁBOLA DA REDE). [Orígenes: Sobre Mateus]