Legião é meu nome (Mc V,1-20; Lc VIII,26-40)

MILAGRES DE JESUS — LEGIÃO É MEU NOME (Mc V,1-20; Lc VIII,26-40)

EVANGELHO DE JESUS: Mc 5:1-20; Lc 8,26-40

26 Eles desembarcam na região dos Gadariíms, que fica diante da Galil.
27 Ele sai à terra. Um homem vem a seu encontro, fora da cidade; ele tem demônios.
Há muito tempo não usa roupas.
Não mora numa casa, mas entre as sepulturas.
28 Ele vê Iéshoua‘, vocifera, cai, prostra-se diante dele, e com voz forte diz:
«Que há entre mim e ti,
Iéshoua‘ bèn Él ‘Éliôn?
Imploro-te: não me atormentes!»
29 Sim, ele ordenava ao sopro contaminado para sair do homem.
Em muitas ocasiões ele tinha se apoderado dele. Ligado com correntes e travas, bem guardado, ele rompia seus laços, levado pelo demônio para os desertos.
30 Iéshoua‘ o interroga: «Qual é teu nome?»
Ele diz: «Legião»,
porque muitos são os demônios dentro dele. Eles lhe suplicam que não lhes ordene a irem em direção ao abismo.
31 Ora, há ali um rebanho
com grande número de porcos.
Ele pasta na montanha.
32 Eles lhe suplicam que lhes permita entrar nos porcos. Ele o permite.
33 Os demônios saem do homem e entram nos porcos.
O rebanho lança-se do alto da falésia no lago, onde perece sufocado.
34 Os guardadores veem o que aconteceu. Fogem e o anunciam
na cidade e nos campos.
35 Saem para ver o que aconteceu e se dirigem a Iéshoua.
Encontram sentado o homem, de quem os demônios saíram,
vestido, são de espírito, aos pés de Iéshoua‘. Estremecem.
36 As testemunhas lhes anunciam como o endemoninhado foi salvo.
37 Toda a multidão da região em volta dos Gadariíms roga-lhe para ir embora.
Sim, eles são oprimidos por um grande estremecimento. Ele sobe no barco e se vai.
38 O homem cujos demônios saíram implora-lhe para ficar com ele;
mas Iéshoua’ o manda de volta e diz;
39 «Volta à tua casa.
Conta tudo o que Elohîms fez por ti.»
E ele parte a clamar através de toda a cidade o que Iéshoua’ havia feito por ele.
40 Quando Iéshoua volta, a multidão o acolhe; sim, todos o esperam. [Chouraqui; Lc 8,26-40]


Um homem que vive nos sepulcros, entre os mortos, que nenhum dos meios exteriores, como cadeias e grilhões, podem controlá-lo. Um homem indomável que andando pelos sepulcros e pelos montes (pelos baixos e altos da vida), gritando e se ferindo com pedras (leis entendidas literalmente).

Ao ver Jesus Cristo, corre e adora-o. Diz então: «Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me atormentes.»

Jesus lhe diz: «Sai desse homem, espírito imundo. E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? Respondeu-lhe ele: Legião é o meu nome, porque somos muitos.»

Realmente esta desordem de Eus nada tem com a Unidade ali representada por Jesus Cristo.

A expulsão destes Eus se dá por seu direcionamento para uma manada de porcos, um animal vil; mantendo-se «na região» como pedido pelo espírito imundo. Ou seja, a unificação com Cristo de algumas partes se dá relegando as demais a sua condição vil, que está com efeito fadada à morte.