Jo 1,1

PRÓLOGO DE JOÃO — NO PRINCÍPIO ERA O VERBO

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

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Erígena: NO PRINCÍPIO

F.M. Braun: JEAN LE MÉTAPHYSICIEN
Tal qual concebido em Israel, a ação criadora significada pelo verbo bara, o qual comporta a ideia da vontade essencialmente livre e soberana de Deus, marca o começo da história. Assim a arche de João I,1 correspondendo ao reshit de Gn I,1 mostra que para João como para o autor do primeiro capítulo do Gênesis, o desenrolar da duração está subordinada a um desígnio que só Deus é capaz de realizar, não sob a precessão de uma necessidade interior, como se tivesse necessidade do mundo para se completar, mas gratuitamente, de bom grado.

Joaquim Carreira das Neves: ESCRITOS DE JOÃO

No v. primeiro, a tradução: e o Logos era divino, em vez da tradução comum: e o Logos era Deus, explica-se pela falta do genitivo qualificativo tou. O mesmo acontece com a tradução do v. 18: é o unigênito divino, em vez da tradução igualmente comum: o unigênito Deus. O autor nunca confunde o Deus dos vv. 1, 2, 6, 12, 13, 14 (Pai), 18 (Pai) com o Logos. São duas entidades distintas. O Logos existe junto ou em comunhão com Deus desde sempre (v. 1). É esta a força da expressão grega pros ton Theon nos vv. 1 e 2. A partícula grega é uma partícula modal, como é também a partícula para nos vv. 6 (enviado por ou da parte de Deus) e 14 (enquanto unigênito do / da parte do Pai). O mesmo sentido aparece no v. 18, mas, agora, com a expressão de modalidade física: que está reclinado no seio do Pai ou em comunhão com o Pai. Todas estas modalidades exprimem a união íntima entre Deus / Pai e o Logos, mas nunca a identidade. O autor tem em vista o dinamismo soteriológico do Logos e não a sua natureza essencialista.

Filosofia
Stanislas Breton: NO E PELO VERBO

: ORIGEM DO LOGOS

René Guénon: VERBO E SÍMBOLO

No sin razón han podido recordarse a propósito del simbolismo las primeras palabras del Evangelio de San Juan: “En el principio era el Verbo”. El Verbo, el Logos, es a la vez Pensamiento y Palabra: en sí, es el Intelecto divino, que es el “lugar de los posibles”; con relación a nosotros, se manifiesta y se expresa por la Creación, en la cual se realizan en existencia actual algunos de esos mismos posibles que, en cuanto esencias, están contenidos en Él de toda eternidad. La Creación es obra del Verbo; es también, por eso mismo, su manifestación, su afirmación exterior; y por eso el mundo es como un lenguaje divino para aquellos que saben comprenderlo: Caeli enarrant gloriam Dei (Ps. XIX, 2). El filósofo Berkeley no se equivocaba, pues, cuando decía que el mundo es “el lenguaje que el Espíritu infinito habla a los espíritus finitos”; pero erraba al creer que ese lenguaje no es sino un conjunto de signos arbitrarios, cuando en realidad nada hay de arbitrario ni aun en el lenguaje humano, pues toda significación debe tener en el origen su fundamento en alguna conveniencia o armonía natural entre el signo y la cosa significada. Porque Adán había recibido de Dios el conocimiento de la naturaleza de todos los seres vivientes, pudo darles sus nombres (Génesis, II, 19-20); y todas las tradiciones antiguas concuerdan en enseñar que el verdadero nombre de un ser es uno con su naturaleza o esencia misma.