ELAKISTOS = PEQUENINO
EVANGELHO DE JESUS: Mt 2:6; Mt 5:19; Mt 25:40-45; Lc 12:26; Lc 16:10; Lc 19:17
ELAKHISTOS, O EL HERMANO MENOR
El término griego utilizado en el texto original es «ELAKHISTOS», superlativo del adjetivo «ELAKHUS», que significa pequeño.
Tanto este término como formas directamente emparentadas con él aparecen varias veces en la Escritura; así el comparativo «ELATTON» (más pequeño, menor), el sustantivo «ELATTOSIS» (rebajamiento, estado bajo) o aún un verbo como «ELATTOIEN» (disminuir, rebajar).
Filosofia
Michel Henry: EU SOU A VERDADE
Ora a irredutibilidade da Verdade do Cristianismo ao pensamento, a toda forma de conhecimento e de ciência, é um dos temas maiores do cristianismo ele mesmo. Uma tal situação não confirma somente a oposição do cristianismo ao pensamento ocidental voltado para o mundo e tencionado para a obtenção de conhecimentos objetivos, e como tais científicos. Precisamente porque esta oposição remete a uma irredutibilidade última, aquela da Verdade do Cristianismo a toda forma mundana de conhecimento e de ciência, ela se encontra formulada ela também com uma espécie de violência extrema e pelo Cristo ele mesmo: “Te louvo, ó Pai, (…) por ter ocultado isso àqueles que têm a ciência e o entendimento e por tê-la revelado aos “pequeninos”(Mt 11,25; Reino dos Pequeninos).
Roberto Pla: Evangelho de Tomé – Logion 9
A esta classe de “pequeninos” se refere o Salmo que recorda Cristo como primícias dos pequeninos inocentes: “Pela boca dos pequeninos, os que ainda mamam, afirmas tu tua fortaleza” (Sl 8,3; Mt 21, 16; vide Purificar Templo). Na interpretação “oculta” dada pelos evangelistas aos frutos segundo a parábola do semeador, este pequenino de “dois anos para baixo”, é figura da medida menor de tal fruto, valorizada em trinta por medida, em terço aproximado da plenitude do fruto que prognostica Lucas para aquele que “escuta” a Palavra. Tudo isto se relaciona com a “parábola da levedura” e também com a “parábola da medida” que inclui Marcos, pois esta última transmite até certo ponto a significação final das medidas de frutificação da semente divina no homem.
Estes cálculos numéricos servem provavelmente para “velar” algumas estruturas naturais do desenvolvimento espiritual do homem que muitos pensavam seguramente em seu tempo que não deviam ser reveladas inteiramente. Talvez estivessem certos. No mundo neotestamentário essa ocultação misteriosa aparece no entanto bastante mitigada se se compara com o segredo muito fechado dos oráculos do Antigo Testamento.
Evangelho de Tomé – Logion 39
Depois de sua revelação, Simão Pedro constitui-se enquanto pequenino evangélico, isto é, em “recém-nascido do alto”. O pequenino, a criança, é sempre, na linguagem de Jesus, o homem pneumático nascido à consciência do homem completo quando se cumpre no Adão, alma vivente, a grandiosa e mistérica aparição na consciência, do homem espiritual, o Ser real, cujo doce domínio de absoluta inteligência não pode ser descrito.
*O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. (Jo 3:8)
Com efeito, em uma tentativa de descrição desde a consciência vacilante, se pode dizer que chama-se como se quer, o recém-nascido do alto aparece como uma voz que fala de onde não há ninguém que fale; um mensageiro que chega sem forma nem substância; a semente última e profunda do Ser que se abriu à Vida.
Há que agregar a tudo isso que a congregação ou assembleia dos pequeninos constituem na unidade de seus membros designados no sexto dia, a comunidade ou igreja de Cristo, pois todos são um em Cristo seja oculto ou manifesto. Os membros desta comunidade do espírito são “já nascidos”, quando foi intuída pela consciência sua existência essencial, tal como ocorreu em Simão Pedro, ou ainda “non-natus” quando permanecem “enterrados”, “ocultos” sob as densas capas de consciência psíquica na espera de que se os conceda “nascer”, manifestar-se nela. Mas em todos os casos são são eles sempre a pedra, descartada pelos construtores, tal como ocorre todavia com a maior parte da humanidade, mas reconhecida logo indefectivelmente como Pedra Angular (vide Maus Lavradores).
Não os sucessores ocultos de Pedro, mas sim os manifestos se responsabilizaram logo de que o “povo” recebesse os fundamentos do conhecimento de salvação explicado por Jesus Cristo; mas tais sucessores restavam isentos da exigência de ser “pequeninos”. Daí que as chaves da ciência que foram entregues a Pedro para abrir as portas da Cidade de Deus somente as da vertente manifesta de Cristo foram utilizadas. Mas os homens da humanidade cristã precisam de todas as suas vias para lograr a formação do Espírito em seu interior e urge começar a esclarecer uma ciência de Deus que permita revelar o Filho do homem como “pequenino”, como recém-nascido do alto, tal como fez Pedro quando de sua revelação.
*Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. (Mt 16:16). O “fruto das entranhas” de Abraão (Gen 15,4) é, como o “fruto do seio” de Davi (Sal 132,11), o nascido do alto, o “pequenino no Reino de Deus” (Lc 7, 28), o qual não é nascido de mulher, senão fruto de varão, porque não vem de Psique, a esposa, senão do pneuma (Eros), o esposo.
Talvez é chegada a hora dos sucessores ocultos de Pedro, a hora dos “pequeninos” no Reino de Deus. Cada um destes, por ser “pequenino”, recebeu as chaves que servem para assentar os cimentos da ciência que leva às portas da Cidade sagrada, e todos sabem muito bem servir-se destas chaves porque Jesus o disse claramente: “Sede prudentes (sutis; vide sophrosyne) como as serpentes e simples (puros; vide katharotes) como as pombas” (Mt 10, 16).