O Rabi Simão foi um discípulo do Rabi ‘Aqiba b. Joseph. Segundo o Talmude, ter-se-ia escondido numa caverna no momento da perseguição, na companhia do seu filho Ele’azar. Aí teria passado treze anos, ocupando-se exclusivamente do estudo da Torá (Shab., 33 b). Essa permanência na caverna deu lugar a inúmeras lendas e fez nascer a ideia de que terá sido então que o Rabi Simão recebeu a iniciação mística. A tradição esotérica atribui-lhe, em todo o caso, a redação do Zohar e chama-lhe butsina qadish, a «lâmpada santa».
O túmulo do Rabi Simão em Méron, perto de Safed, é alvo de grande veneração, e a Hillulah, a cerimônia comemorativa que aí tem lugar todos os anos no Lag ba-‘Omer (ver primeira parte) atrai milhares de peregrinos. É principalmente por causa da proximidade do túmulo do Rabi Simão que os cabalistas do século XVI se fixaram em Safed, a qual se tornou deste modo uma das «quatro cidades santas» (juntamente com Hebron, Jerusalém e Tiberíades) do país de Israel. (CTJ)