Juliano Apóstata

Juliano Apóstata (332-363)

Flavius Claudius Iulianus foi imperador romano desde 361. Sobrinho de Constantino, foi educado no cristianismo para seguir depois neoplatonismo e iniciar-se nos mistérios de Elêusis. Em 355 foi apresentado como César, sendo aclamado imperador por suas tropas em 360.

A partir da morte de Constâncio II (361), atacou uma série de grandes reformas baseadas na restauração da cultura e religião gregas. Seu alvo foi o esmagamento do cristianismo e a promoção do paganismo por todos os meios que não fossem a perseguição aberta. Foi um escritor prolífico. Seu tratado Contra os Galileus podemos conhecê-lo somente em parte pela refutação que dele fez São Cirilo de Alexandria. Muitos dos argumentos formulados por Juliano contra os cristãos foram-se repetindo ao longo de toda a história da Igreja. Junto a Celso, Luciano e Porfírio, é um dos grandes inimigos do cristianismo. São também notáveis os dicursos II, IV, V, VIII, a Carta a Temistio e o Banquete ou a festa dos saturnais.

“Temperamento místico mais do que especulativo, não foi um filósofo autêntico. Seu paganismo foi uma expressão psicológica mais do que uma convicção profunda. Não chegou a compreender o que era o cristianismo, que nunca o entusiasmou. Seus escritos (panegíricos, discursos, cartas) são preponderantemente polêmicos, carentes de sistematização… Do cristianismo rejeitou, em particular, a exegese bíblica e a liturgia…” (Diccionario de filósofos).

BIBLIOGRAFIA: Obras: Contra los Galileos. Cartas y fragmentos. Testimonios. Leyes. Introduções, tradução e notas por J. Garcia Blanco e R Jimenez Gazapo. Gredos, Madrid; Id., Discursos. Introduções, tradução e notas de J. Garcia Blanco. Gredos, Madrid, 2 vols. (Santidrián)