Heinrich Suso — O Livro da Eterna Sabedoria
Jean Delumeau
O teólogo místico alemão Heinrich Seuse, cantor do abandono à vontade divina, redigiu por volta de 1328 um Livro da sabedoria eterna no qual a Sabedoria diz a seu “servidor”:
Agora, com os olhos de tua pura inteligência, vê também como os sublimes serafins e as almas amantes, que pertencem ao mesmo coro, são incessantemente abrasadas por mim de um amor ardente; como os luminosos querubins e seus companheiros recebem e refletem os luminosos eflúvios de minha inefável luz eterna; como os tronos sublimes e sua falange repousam docemente em mim, e eu neles. Contempla em seguida os três coros da segunda hierarquia, as dominações, as virtudes, as potestades, que realizam, segundo a ordem, a organização harmoniosa e eterna no conjunto da natureza. Vê também a terceira hierarquia dos espíritos angélicos, que executa minha sublime mensagem e minha lei nas diferentes partes do universo. Ah! Vê a ordem maravilhosa, admirável e variada que preside sua grande multidão — que belo espetáculo está ali!
Excertos e estudos:
- PRÓLOGO
- Estudo Faggin
Primeira Parte
- I Descrição da Eterna Sabedoria
- II Antes da crucificação
- III Jesus quer ser imitado em seus sofrimentos
- IV O Amor que sua paixão desperta
- V O pranto da alma ante a cruz
- O apego ao mundo e o amor a Deus
- IX Da presença divina
- X Os indícios da presença de Deus
- XI As queixas dos homens
- XII Misérias dos mundanos
- XIII A glória dos santos
- XIV As cruzes que agradam a Deus
- XV Utilidade de meditar nos sofrimentos divinos
- XVI A morte com Jesus Cristo
- XVII O caminho da cruz
- XVIII Propósitos de Cristo na cruz
- XIX A descida da cruz
- XX Normas da vida interior
Segunda Parte - XXI A morte inesperada
- XXII A vida interior
- XXIII Do Santíssimo Sacramento
- XXIV A preparação para comungar
- XXV A comunhão frequente
- XXVI As louvações divinas
Terceira Parte - XXVII Deus é uma essência simplíssima
- XXVIII O homem deve voltar a Deus
- XXIX A verdadeira renúncia de si mesmo
- XXX A união da alma com Deus
- XXXI A vida do que se abandona a Deus