Certos mestres particularmente eminentes, chefes de academias palestinianas, eram chamados Rabban, «nosso mestre», como, por exemplo, o Rabi Yohanon b. Zakkai (século I), fundador, depois de 70, da academia de Yabné.
Antigamente, existia uma ordenação rabínica (minui, «intuição», mais tarde semikhan, «imposição das mãos»), comportando uma imposição das mãos. Existiam vários graus de ordenação, direitos vários. A prática de ordenação foi abandonada após o encerramento das academias da Palestina (no século V). Na época do Talmude, o título usado na Babilônia era Rab.
A ordenação foi substituída, na época pós-talmúdica, pela Hattarat horaa (autorização de ensinar), conferida pelos chefes das academias babilônicas e, mais tarde, pelos chefes das Yeshivot (academias talmúdicas). Aquele que possui uma tal autorização tem o direito ao título honorífico de Morenu, «nosso mestre». Diplomas análogos são também entregues pelos seminários e pelas escolas rabínicas modernas, fundadas a partir do século XIX.
O Rabi («rabino») é, portanto, em primeiro lugar, um mestre do ensino tradicional, habilitado a interpretar a Torá e a resolver questões jurídicas. Nomeado nesta qualidade para a chefia de uma comunidade, torna-se Moreh di-atra, «mestre de lugar». Somente a seguir à emancipação cívica dos judeus no século XIX o rabino foi assimilado, pelas autoridades civis, aos outros «ministros» do culto», e certas comunidades aprovaram esta evolução.
Na tradição esotérica, a «iniciação» não permite nenhum título oficial particular. É somente no Hassidismo do século XVIII que o «Mestre», o Tsaddiq, será chamado familiarmente Rebbe (de «Rabi» em pronúncia judaico-alemã) e que se falará do «Apter Rebbe» (Rabi hassídico de Apta), do «Sadagorer Rebbe» (Rabi Hassídico de Sadagora, perto de Czernowitz), etc. [CTJ]