Franz von Baader: FERMENTA COGNITIONIS
O homem crê ordinariamente poder na oração se colocar ou se subordinar, ele enquanto sujeito, a seu Deus enquanto simples objeto, e coloca assim, fazendo Deus fora dele e ele fora de Deus, claramente em contradição com a Escritura segundo a qual só pode ser realizada em Deus a atividade que Ele começa Ele mesmo em nós. É esta mesma identidade que exprime também a demanda «seja feita vossa vontade», quer dizer, assim como a vontade é de ti, assim a realização também deve ser tua, e o sentido da verdadeira oração em geral é desde então aquele desta verdadeira prece em particular. É igualmente neste sentido que se deve interpretar a oração ingênua de Saint-Martin que pede a Deus de impedi-lo (ele que ora) de matá-lO (Ele Deus) nele! Pois o pecado impede a conjunção de Deus que propõe orações ao homem (que se busca nele) e que as atende (que se encontra nele): conjunção que os místicos franceses chamam «a celebração das santas bodas».