Simone Pétrement — Um Deus Separado
Primeira Parte — Conclusões (resumo)
I. Não é verdade que o gnosticismo não pode ser explicado com base na Cristandade. Vimos que os principais “mitos” gnósticos são explicados muito simplesmente e precisamente com base na Cristandade. Sempre encontramos ligações no Novo Testamento para as principais características do gnosticismo.
II. A Epístolas paulinas e os escritos joânicos têm um lugar proeminente entre os textos do Novo Testamento pelados pelos gnósticos e permitiu suas interpretações da Cristandade.
III. A ideia de graça — uma graça consistindo em revelação e liberação — parece ter sido uma ideia fundamental no gnosticismo. Isto explica sua cosmologia: a imagem de um mundo fechado no qual a humanidade, ignorante do verdadeiro bem, descobre a si mesma entregue a poderes inferiores que se apresentam como o único deus.
IV. Os gnósticos normalmente expressam sua teologia por meio de figuras simbólicas, algumas das quais são nada mais que figuras da teologia cristã sob diferentes nome, enquanto outras parecem ser personificações de conceitos que também são encontrados na Cristandade.
V. Nas ideias gnósticas e nos símbolos que usam há certamente elementos importantes derivando seja do judaísmo ou helenismo — sem mencionar elementos menos importantes que pode vir de outras tradições.