Páscoa — O Nascimento Novo
O nascimento novo
A fonte de vida, jorrando como torrente batismal, levanta os filhos dos homens à condição de filhos de Deus. Este nascimento novo prepara-se por lenta gestação no seio da Igreja, que dá à luz na noite pascal estes viventes da vida divina. O seu crescimento espiritual é designado, nas suas diversas fases, por termos técnicos: primeiro catechumeni (catecúmenos), depois competentes (candidatos), finalmente, depois de batizados e durante uma semana inteira, chamam-se oficialmente infantes (recém-nascidos).
Conquanto o batismo se possa conferir noutras circunstâncias, fica estreitamente ligado à celebração pascal, porque, de fato, na Páscoa é que se administrava o maior número de batismos, e, de direito, porque a iniciação cristã é apresentada como participação no mistério pascal. A pregação que principia na entrada da Quaresma, para terminar no domingo da Oitava, dirige-se portanto aos {idéies (fiéis), mas muito especialmente também, antes da Páscoa, aos que se vão batizar (baptizandi): os competentes; depois da Páscoa aos recém-batizados (modo baptizati): os infantes.
Os nossos textos dão poucos pormenores precisos dos ritos de iniciação, mas supõem-nos sabidos. É conveniente ajuntar aqui o que o resto da obra nos ensina a propósito deles. Lançaremos, pois, uma vista de olhos sucessivamente à penitência pré-batismal e aos ritos de iniciação: escrutínio, banho batismal, unção, eucaristia.
*PENITÊNCIA
*RITOS