Páscoa Lavagem dos Pés

PÁSCOA — RITOS
Lavagem dos pés
Os recém-batizados são então vestidos de túnicas brancas que deverão trazer toda a semana e cobrem a cabeça com um véu. É este, por ventura, o momento em que se procede ao lava-pés. Este rito pós-batismal, desconhecido nas liturgias orientais e romana, é atestado pela liturgia de Milão. Encontra-se na África depois de Agostinho; existiu em Espanha até ao Concilio de Elvira.

A carta a Januário que o menciona indica que o temor de o confundirem com o batismo propriamente dito 14 fez que certas igrejas o dilatassem até terça-feira, e mesmo até ao domingo da Oitava 15. Como quer que seja, tinha seu lugar em Hipona nos ritos da iniciação, ou na noite de Páscoa, ou terça-feira, ou no domingo da Oitava. Talvez se deva relacionar com o lava-pés um costume supersticioso, de que o bispo fala com reprovação mal contida, e consistia em que os recém-batizados evitavam cuidadosamente tocar o chão com os pés descalços durante os oito dias da Oitava. A própria existência de tal costume parece indicar que a lavagem dos pés se fazia na cidade de Hipona na noite de Páscoa.

Os sinais sacramentais do batismo (imersão, unção, vestiduras brancas, lava-pés com alusão a Jo 13, 10) constituem um conjunto coerente, e inspiram-se no uso profano do banho, tal qual se praticava na antiguidade.

*Lava Pés